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O Reuso de Água em Residências

Por:   •  4/10/2018  •  2.437 Palavras (10 Páginas)  •  253 Visualizações

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Este projeto de estudo, que tem como tema, reuso de água em residências, tem como objetivo esclarecer e tangibilizar algo que pode ser de grande ajuda neste processo preservação do recurso mais nobre do planeta e que está se tornando cada vez mais escasso.

O estudo e conhecimento do tema em questão são importantes para que se verifique, que em uma ação aparentemente pequena e sem importância, pode ter enormes impactos positivos, se forem cada vez mais difundidos entre a população, quantos mais de nós nos engajarmos em ações de preservação, mesmo que pequenas, os resultados no todo podem ser muito grandes, pois a prevenção é a melhor maneira de manter nossas fontes de recursos, não só hídricos, mas todas as demais nos servindo de forma contínua e inesgotável.

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4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Os últimos anos trouxeram a consciência de que a água, mesmo em lugares onde há grande disponibilidade deste recurso, deve ser tratada como um recurso esgotável. A gestão hídrica deve ser uma preocupação de toda a sociedade e não apenas daqueles envolvidos diretamente nos setores responsáveis pelo abastecimento de água. Este trabalho trata da limitada disponibilidade de água potável na Terra, além de apresentar os desafios da gestão destes recursos pelas partes envolvidas.

Em 1990 a OMS (Organização Mundial da Saúde) estimou que 1,23 bilhões de pessoas não tinham acesso à água em boas condições para beber. Em 2000, este número aumentou em 900 milhões de pessoas. Soma-se a isto uma demanda per capita cada vez maior por água. Somente na Inglaterra e País de Gales o uso de água deve aumentar de 10 a 20% entre 1990 e 2021, desconsiderando o fator agravante do aquecimento global (ROAF et al., 2007, p. 244).

A população mundial cresce a uma taxa de aproximadamente 80 milhões de pessoas por ano, gerando uma demanda de água potável de 64 bilhões de metros cúbicos. Como agravante, das 3 bilhões de pessoas que serão acrescentadas à população mundial até 2050, 90% estarão em países em desenvolvimento, os quais têm problemas com oferta de água (UNITED NATIONS, 2009, p. 29).

O Brasil tem recursos hídricos bastante abundantes. Porém, apesar do País deter 12% da água doce do mundo, a distribuição desta água ocorre de maneira desigual. Enquanto na região Nordeste a disponibilidade de água é bastante precária, no Norte do Brasil, a região menos populosa do País, existe água em abundância (TOMAZ, 2001, apud MAY, 2009, p. 1).

A região Norte do Brasil, apesar da grande disponibilidade de recursos hídricos, é a região com o menor percentual de abastecimento de água tratada. Segundo Leuck (2008, p. 1), no Brasil “[...] os impactos sobre a oferta de água são, na maioria das regiões, qualitativos, devido à precariedade dos sistemas de coleta e tratamento de esgoto sanitário, falta de planejamento e falta de fiscalização dos tratamentos industriais.”.

Conforme a United Nations (2009, p. 4), a forma como a água é utilizada não depende apenas dos profissionais diretamente envolvidos em recursos hídricos, mas sim de toda a sociedade. As decisões tomadas por políticos, empresas e a sociedade como um todo afetam o uso da água. Gestores de recursos hídricos decidem o uso que é dado à água, atendendo às demandas. Porém, muitas vezes a atuação destes profissionais não atinge os objetivos requeridos, devido à escassez dos recursos hídricos, financeiros ou humanos.

É necessária uma abordagem multidisciplinar para o abastecimento hídrico. Agra (2001 apud MANO, 2004, p. 28) indica que grande parte dos problemas ambientais é causada pela carência no processo de tomada de decisões relativas ao uso dos recursos naturais.

A crescente demanda por recursos hídricos e a degradação dos mananciais que constituem a principal oferta destes recursos, tornam a água um fator limitante para o desenvolvimento agrícola, urbano e industrial. Por isso, práticas de conservação, reúso e redução de perdas são essenciais para a gestão dos recursos hídricos e redução da poluição (SAUTCHUK et al., 2005, p. 10).

A drenagem urbana gera alguns dos principais problemas das grandes cidades brasileiras. A área do solo urbanizada, que antes absorvia a água da chuva, passa a escoar à jusante grande parte do volume precipitado. Este escoamento gera inundações, causando prejuízos materiais e problemas de saúde pública.

A figura 2 mostra a vazão causada por uma precipitação na área urbanizada comparada com a área não urbanizada. O hidrograma da área urbanizada apresenta um pico de vazão elevado. Isto ocorre porque a área urbanizada é muito pouco permeável, gerando um escoamento quase instantâneo. Por outro lado, a área não urbanizada absorve grande parte das chuvas e o escoamento desta água se dá em um intervalo de tempo maior.

Figura 1: hidrograma da área urbanizada e da área não urbanizada

Fonte: TUCCI et al., 1995 apud MANO, 2004, p. 35.[pic 8]

A captação da água da chuva cria uma vantagem na diminuição da demanda por estruturas de drenagem urbana nas cidades. Quando uma edificação tem um sistema de captação e armazenagem de água da chuva, parte da água que antes iria ser drenada pela infraestrutura urbana, agora fica retida na edificação.

Conforme Mano (2004, p. 122) existe um grande potencial de que sistemas domésticos de captação e armazenagem de água da chuva contribuam para a drenagem urbana. O autor sugere a realização de estudos sobre a viabilidade de incentivos financeiros por parte do governo para a construção de sistemas domésticos de aproveitamento pluvial. Neste caso, o governo precisaria investir menos em obras de infraestrutura urbana.

Porém, Mano (2004, p. 114) salienta que existe um conflito de interesses entre o armazenamento de água para posterior consumo e o armazenamento para mitigar o problema de drenagem urbana. No caso da drenagem urbana, é necessário que o reservatório esteja sempre vazio, para absorver o máximo volume de água de uma chuva forte, enquanto que o armazenamento para consumo é dimensionado para que sempre haja água armazenada.

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5 METODOLOGIA

Para a elaboração do presente trabalho foram definidas as seguintes diretrizes que determinaram o seu desenvolvimento:

A

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