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AVALIAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE DOENÇAS FUNGICAS EM FEIJOEIRO SOB TRATAMENTO DE SEMENTES

Por:   •  18/6/2018  •  1.748 Palavras (7 Páginas)  •  339 Visualizações

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REFERENCIAL TEÓRICO

O feijoeiro é cultivado durante todo o ano numa grande diversidade de ecossistemas, situação que expõe as plantas a muitos fatores que lhe são desfavoráveis, entre eles, destacam-se as doenças (BARBOSA; GONZAGA, 2012). O quadro 1 mostra as principais doenças que acometem a cultura do feijão.

DOENÇA

AGENTE CAUSADOR

Antracnose

Colletotrichum lindemuthianum

Ferrugem

Uromyces appendiculatus

Mancha angular

Pseudocercospora griseola

Mancha de alternária

Alternaria spp.

Oídio

Erysiphe polygoni

Mela

Thanatephorus cucumeris

Mofo branco

Sclerotinia sclerotiorum

Murcha de fusário

Fusarium oxysporum f. sp. Phaseoli

Podridão do colo

Sclerotium rolfsi

Quadro 1: Doenças e agentes causais das principais doenças do feijoeiro (BARBOSA; GONZAGA, 2012). Adaptado.

O feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) está sujeito inúmeras doenças incitadas por fungos, sendo que grande parte delas podem ter seus agentes causais transmitidos por sementes (RICHARDSON, 1979). As doenças estão entre os fatores que mais reduzem a produtividade, e ocorrem de acordo com a distribuição de temperaturas e umidade mais favoráveis aos patógenos, estas condições ambientais, aliadas à patogenicidade dos agentes causais e à suscetibilidade das cultivares, têm favorecido a ocorrência de doenças na cultura do feijão nas diversas regiões produtoras do Brasil, ocasionando perdas elevadas, o que justifica a adoção de medidas apropriadas e econômicas de controle das mesmas (MANOS, OLIVEIRA e MARTINS, 2013).

O tratamento de sementes, com objetivo de controlar seus patógenos e dar proteção contra os do solo, é considerado como um dos métodos de baixo custo; representa de 0,1 % a 0,5 % do custo total da produção; é aplicado de forma localizada e em pouco volume. É de fácil aplicação, além de ser pouco poluente

e; causa menor impacto ao ambiente, se comparado com pulverizações da parte aérea (ITO et al., 2003).

Segundo Couto et al. (2011), o estande inicial e final pode ser influenciado significativamente pelos tratamento químico de sementes. A pesquisa deles conclui que produtos à base de Thiamethoxan e Fipronil apresentam melhores efeitos agronômicos nas plantas na germinação, altura, área foliar, acúmulo de matéria seca e produtividade, quando comparados à parcelas testemunhas.

O ministério da agricultura (MAPA) apresenta atualmente registro para 37 defensivos para tratamento de sementes de feijão.

MATERIAIS E MÉTODOS

O experimento foi instalado na área experimental da Faculdade Integrado de Campo Mourão, em uma área total de 75 m². Foi utilizada a espécie Phaseolus vulgaris L. cultivar Pérola, de ciclo médio 90 dias, grupo comercial Carioca.

A adubação realizou-se conforme análise de solo, e a semeadura foi realizada no dia 25 de setembro de 2016, com espaçamento de 0,50 metro entre linhas e 5 plantas por metro linear, somando um total de 100.000 plantas ha¹.

O delineamento experimental usado foi em blocos ao acaso, com 2 tratamentos sem repetições, cada bloco terá 15 metros de comprimento e 5 metros de largura. As médias serão comparadas pelo teste de Tukey, em nível de 5% de probabilidade de erro. Os 2 tratamentos a serem comparados serão o tratamento de sementes com o uso do insetisida e fungicida Standak Top®, produto que tem como ingredientes ativos metalaxil-M, tiabendazol, fludioxonil e tiametoxan, as dosagens a serem usada é de 200 e 400 mL do produto para 100 kg de sementes, no tratamento 1 e tratamento 2, respectivamente.

Não serão realizadas aplicações de defensivos químicos durante o decorrer do experimento, visto que um dos objetivos e quantificar os possíveis ataques de organismos fitopatogênicos.

Será analisada a seguinte variável: incidência de doenças presentes na área, com auxílio de escala diagramática, que deverá ser realizado no final do estádio vegetativo da cultura. As figuras 1 e 2 mostram exemplos de escalas diagramáticas a serem usadas no processo de quantificação da doença.

[pic 1]

Figura 1. Escala diagramática de severidade (porcentagem de área foliar afetada) da antracnose (Colletotrichum lindemuthianum). (Carneiro Et. al,) Adaptado.

[pic 2]

Figura 2. Escala diagramática de severidade da ferrugem do feijoeiro (Uromyces appendiculatus). 1-imune; 2-manchas necróticas sem esporulação; 3-pústulas esporulando com diâmetro 800μm. (CIAT, Cali, Colombia, 1989) Adaptado.

RESULTADOS ESPERADOS

Com a conclusão do experimento, espera-se que os resultados mostrem viabilidade para o tratamento de sementes, corroborando com a literatura publicada, além de que, os resultados poderão consolidar uma alternativa ao produtor de feijão da região.

Os princípios ativos do defensivo a ser usado estão regulamentados no MAPA, e podem ser usados em todo o território brasileiro.

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REFERÊNCIAS

AMBROSANO, E.J.; WUTKE, G. M. B.; AMBROSANO, E. A. et al. Efeito do nitrogênio no cultivo de feijão irrigado no inverno. Scientia agricola. Piracicaba – SP. vol. 53 n. 2-3, 1996.

BARBOSA, F. R.; GONZAGA, A. C. O.; Informações técnicas para o cultivo do feijoeiro-comum na Região Central-Brasileira: 2012-2014. Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, 2012. 247 p.

CARNEIRO, S.M.T.P.G. Raças fisiológicas de Colletotrichum

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