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APLICAÇÃO DA ENGENHARIA DE MÉTODOS E PROCESSOS EM UMA PADARIA EM MOSSORÓ-RN

Por:   •  10/7/2018  •  3.941 Palavras (16 Páginas)  •  313 Visualizações

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2.3. Cronoanálise

A cronoanálise é considerada o método utilizado para cronometrar e realizar análises do tempo que um operador leva para realizar uma tarefa no fluxo produtivo, permitindo um tempo de tolerância para as necessidades fisiológicas, possíveis quebras de maquinários, e etc. Além disso, o profissional que realiza este método é o cronoanalista que orienta e otimiza a sequência operacional analisando o melhor procedimento a ser realizado para determinadas atividades.(OLIVEIRA, 2009)

Para Oliveira (2009), a cronometragem é uma ferramenta que exige pontos importantes para uma amostragem de tempos, tais como:

- Real capacidade do operador para a cronometragem;

- Número de medições realizadas para uma análise confiável;

- Avaliação de tolerância em porcentagem para cada operação.

A Cronometragem como qualquer outra técnica ou ciência, possui uma terminologia especial. Portanto convém definir alguns dos termos especiais empregados na cronometragem ou estudo de tempos. Algumas definições aqui apresentadas foram extraídas e traduzidas da padronização A.S.M.E. (American Society of Mechanical Engineers), sendo estas: Elemento, Ciclo, Tempo normal, Avaliação de ritmo, Tempo padrão e Tolerâncias (TOLEDO, 2004).

A definição de elemento, conforme Silva e Coimbra (1980), consiste em uma subdivisão de um ciclo ou operação de trabalho que tenha início e fim definidos, permitindo descrevê-lo e medi-lo com precisão. Dividir a operação em elementos é fundamental para garantir a visualização do processo como um todo e fazer sua análise, considerando os principais elementos a serem tratados e os elementos desnecessários que não agregam valor.

Peinado e Graeml (2007) afirmam que é necessário serem realizadas várias tomadas de tempo para obter uma média aritmética entre eles. O ciclo é a realização completa pelo operário de todos os elementos de uma operação, com início e fim definidos.

O número de ciclos a serem cronometrados é obtido por meio da Equação 1:

[pic 1][pic 2] (Equação 1)

Em que:

N = numero de ciclos a serem cronometrados;

Z = Coeficiente de distribuição normal para uma probabilidade determinada;

R = Amplitude da amostra;

Er = Erro relativo da medida;

d2 = coeficiente em função do numero de cronometragens realizadas preliminarmente;

x = média dos valores das observações.

Tempo normal é o tempo médio, selecionado e ajustado por avaliação de ritmo, ou outro método de ajustagem, que representa o tempo requerido de um operário qualificado para realizar um elemento de uma operação.

O tempo normal é obtido através da Equação 2:

[pic 3][pic 4] (Equação 2)

Em que:

TN = Tempo normal;

X = Média dos tempos cronometrados;

FR = fator de ritmo.

Avaliação de ritmo é um método que compara a rapidez e a precisão com que o operário realiza os movimentos necessários para executar uma operação com o conceito que o observador tem de tempo normal. (TOLEDO, 2004)

Slack, Chambers e Johnston (2002) definem a avaliação do ritmo dos tempos como um processo de análise da velocidade de trabalho realizada pelo operador, considerando um desempenho padrão. O observador leva em consideração um ou mais fatores considerados importantes na realização da tarefa, como a velocidade de movimento, esforço, destreza e consistência.

Como já foi citado, o tempo normal da operação é o tempo que o operador precisa para realizar a operação trabalhando em ritmo normal. As tolerâncias são acréscimos de tempo incluídos no tempo normal de uma operação, a fim de compensar o operário pela produção interrompida para descanso, necessidades pessoais ou outros motivos. Essas interrupções classificam-se como: tolerância para fadiga, tolerância para pessoal ou tolerância de espera (BARNES, 1977).

Tempo padrão é o tempo necessário para um operário qualificado trabalhando num ritmo normal e sujeito a demoras e a fadigas normais, executar uma quantidade definida de trabalho, seguindo um método preestabelecido. É o tempo normal acrescido das tolerâncias para fadigas, tolerâncias para pessoal e tolerâncias de espera.

Para Barnes (1977), a Equação 3 deve ser utilizada para determinar o tempo padrão.

[pic 5][pic 6](Equação 3)

Conforme mostra a Equação 3, para determinar o tempo padrão (TP), é necessário apenas adicionar ao tempo normal as tolerâncias definidas para a operação.

2.4. Fluxograma

De acordo com Peinado e Graeml (2007) fluxogramas são formas de representar por meio de símbolos gráficos, a sequência de passos de um trabalho para facilitar sua análise. Essa ferramenta é um recurso visual utilizado para analisar sistemas produtivos de maneira que facilite o entendimento dos passos que compõem os processos, buscando identificar oportunidades de melhorar a eficiência dos processos.

Para processos industriais normalmente são utilizados cinco símbolos para descrever os processos existentes em um fluxograma. Os símbolos utilizados em processos industriais normalmente são simples, para possibilitar o fácil entendimento de quem o vê. As atividades distintas são representadas no modelo por símbolos gráficos. A Figura01 mostra os símbolos usados com mais frequência.

Figura 01 – Simbologia do Fluxograma.

[pic 7]

Fonte: PEINADO, GRAEML, 2007.

Analisar um procedimento, apenas descrevendo seus passos um a um, não permite visualização rápida do processo como um todo, o fluxograma permite rápida visualização e entendimento.

2.5. Gráfico homem-máquina

Segundo Moreira (2004), o diagrama homem-máquina é uma representação gráfica

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