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Trabalho de Estruturalismo – Edward Bradford Titchener

Por:   •  24/6/2018  •  1.289 Palavras (6 Páginas)  •  1.664 Visualizações

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Para Titchiner, esse tipo de experiência consciente é o único enfoque adequado para a pesquisa psicológica.

No estudo da experiência consciente, Titchener fez um alerta a respeito de se cometer o que chamou de erro de estímulo, que gera uma confusão entre o processo mental e o objeto da observação. Por exemplo: o observador que vê uma maçã e a descreve apenas como a fruta maçã em vez de descrever elementos com a cor, o brilho e a forma que está percebendo, comete o erro de estímulo. O objeto da observação não deve ser descrito na linguagem, mas em termos do conteúdo consciente elementar da experiência.

Titchener definia a consciência como a soma das experiências acumuladas ao longo do tempo. A consciência e a mente são semelhantes, apenas com a diferença de que a consciência envolve os processos mentais que ocorrem em determinado momento, e a mente, o total desses processos.

A psicologia experimental, na visão de Titchener, era uma ciência pura. Ele não se preocupava com a aplicação do conhecimento psicológico. A psicologia, afirmava, não se propor a curar mentes doentias nem a reformar a sociedade. O único propósito legítimo da psicologia é descobrir os fatos estruturais da mente. Ele acredita que os psicólogos deviam manter-se distantes das especulações sobre o valor prático do seu trabalho. Por isso posicionou-se contra o desenvolvimento da psicologia infantil, animal e outras áreas incompatíveis com a psicologia experimental do conteúdo da experiência consciente.

Introspecção

Titchener empregava a introspecção, ou auto-observação, com base em observadores rigorosamente treinados para descrever os elementos no seu estado consciente, em vez de relatar o estímulo observado ou percebido, utilizando apenas nomes conhecidos. Percebeu que todos aprendemos a descrever a experiência em termos de estímulo, por exemplo, chamar o objeto vermelho, redondo e brilhante de maçã, o que é suficiente e útil para o cotidiano. Todavia, no seu laboratório de psicologia, essa prática teve de ser desaprendida.

Titchener adotou a definição de Kulpe para descrever o seu método, introspecção experimental sistemática. Como Kulpe, ele utilizava relatos detalhados, subjetivos e qualitativos das atividades mentais dos indivíduos durante o ato de introspecção. Ele se opunha à abordagem de Wundt, cujo foco eram as mensurações quantitativas e objetivas, porque acreditava não serem úteis na análise das sensações e imagens elementares da consciência.

Em outras palavras, Titchiner divergia de Wundt porque estava interessado em analisar a experiência consciente complexa a partir das partes componentes, e não a síntese Wundt, ao todo. O objetivo de Titchener era descobrir os chamados átomos da mente.

Seu conceito de introspecção aparentemente já se havia formado antes de ele estudar com Wundt, e Leipzing. Um historiador disse que, quando ele ainda frequentava a Oxford,fora influenciado pelos trabalhos de James Mill.

A proposta de Titchener consistia na abordagem experimental para a observação introspectiva na psicologia. Ele obedecia rigorosamente às normas da experimentação científica, afirmando que: “Um experimento é uma observação que pode ser repetida, isolada e variada. Quanto maior a quantidade de repetições das observações, maior a probabilidade de clareza na percepção e de precisão na descrição do objeto observado.”

A introspecção realixada pelos reagentes ou observadores do laboratório de Titchener era baseada em vários estímulos, proporcionando observações extensas e detalhadas dos elementos de suas experiências. Era uma tarefa séria e os estudante que serviam como observadores dedicavam-se ao máximo à sua realização. Cora Friedline, aluna de Titchener, lembrou-se da pesquisa a respeito da sensibilidade orgânica. Pela manhã, os observadores tinham de engolir um tubo que seguia até o estômago e mantê-lo durante todo dia, seguindo a rotina normal. No início, vários alunos vomitaram, mas aos poucos acabaram se acostumando. Durante o dia, eles se apresentavam no laboratório nos horários fixados, onde se derramava água quente no tubo e eles faziam a gelada. Em outra pesquisa, os estudantes andavam munidos de blocos de anotações para registrar suas sensações e sentimentos quando urinavam e defecavam.

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