PDTA - UNIP (Abordagem Construtivista)
Por: Kleber.Oliveira • 8/3/2018 • 3.133 Palavras (13 Páginas) • 295 Visualizações
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Desta forma encontram-se maneiras diferentes dos seres humanos viverem juntos, por exemplo: anarquia, tirania, e sendo a mais desenvolvida a democracia. Além disso, no nosso desenvolvimento ontogênico, existem fases caracterizadas por anomia, heteronomia, até chegar à autonomia.
Segundo essa abordagem a personalidade consistirá numa forma de consciência intelectual que é definida por autonomia, adaptando-se a reciprocidade. A moral é uma construção gradual que vai desde as regras impostas até o contrato social, onde as populações abria mão de suas vontades individuais em prol do bem comum. Além disso, a democracia também é uma conquista gradual e deve ser praticada desde a infância. Acredita-se que a democracia não é um produto final, mas uma tentativa constante de conciliação.
Por fim nessa abordagem não se tem um modelo de sociedade ideal como sendo um produto final da evolução humana. O acredita-se que temos uma tendência geral, ou seja, a otimização do comportamento individual e do comportamento coletivo.
Conhecimento
A passagem de um estado de desenvolvimento para o seguinte é sempre caracterizada por formação de novas estruturas que não existiam anteriormente no indivíduo. Para Piaget o conhecimento resultaria de interpretações que se produzem a meio caminho entre os dois (sujeito e objeto), dependendo, portanto, dos dois ao mesmo tempo, mas em decorrência de uma indiferenciação completa e não de intercâmbio entre formas distintas. De outro lado, e, por conseguinte, se não há, no início, nem sujeito no sentido epistemológico do termo, nem objetos concebidos como tais, o problema inicial do conhecimento será, pois elaborar tais mediadores. Para Piaget a aquisição do conhecimento consiste em duas fases:
Fase exógena: fase da constatação, da cópia, da repetição. Fase endógena: fase da compreensão das relações, das combinações.
- O verdadeiro conhecimento, no entanto, implica no aspecto endógeno, pois pressupõe uma abstração. Essa abstração para o Autor pode ser reflexiva ou empírica. As estruturas mentais ou as estruturas orgânicas que constituem a inteligência não são para Piaget nem inatas nem determinadas pelo meio, mas são o produto de uma construção, devido as perturbações do meio e á capacidade do organismo de ser perturbado e de responder a essa perturbação. É através das ações do indivíduo, a partir dos esquemas motores que se dá a compensação a essas perturbações, ou seja, a troca do organismo com o meio, graças a um processo de adaptação progressiva no sentido de uma constante equilibração que permite a construção de estruturas específicas para o ato de conhecer.
Considerando o construtivismo interacionista característico dessa abordagem, é importante mencionar que para Piaget não há um começo absoluto, pois a teoria da assimilação que supõe que o que é assimilado a um esquema anterior, de forma que, na realidade, não se aprende nada de realmente novo.
Existem múltiplos determinantes do desenvolvimento humano, o que implica igualmente em diferentes formas de aprendizado. O desenvolvimento humano é determinado por:
1- a maturação interna do organismo, complixificação biológica ligada à maturação do sistema nervoso;
2- Pelas aquisições vinculadas à experiência, que podem ser de três tipos:
a)devidas ao exercício, resultado na consolidação e coordenação de reflexos hereditários; b)devido á experiência física, que comporta ações diferenciadas em funções dos objetos; c)devido á experiência lógico-matemática: implica em ação sobre os objetos de forma a descobrir propriedades que são abstraídas das próprias ações do sujeito. Consiste em conhecimentos retirados das ações sobre os objetos.
3-pela estimulação ou imposição do meio externo social relativas a:
a)imposição do nível operatório de regras e valores da sociedade em que o indivíduo se desenvolve;
b) interações realizadas entre os indivíduos que compõe o grupo social.
Estas aquisições são em função do meio social, sendo distintas da aprendizagem, estas estão atribuídas à indução. São processos de pensamento que tendem a organizar os dados da observação e da experiência. A básica entre o desenvolvimento e aprendizagem é que, num dado momento do desenvolvimento do indivíduo os processos indutivos poderão tornar-se “formas de pensamento” aplicadas no mundo físico.
Portanto, para Piaget, o indivíduo passa por processos de equilíbrio e desequilíbrio para construir seu conhecimento.
Educação
O processo educacional, a teoria de desenvolvimento e conhecimento, tem um papel importante, ao provocar situações que sejam desequilibradas ao aluno, fazendo com que este desenvolva as noções e operações ao mesmo tempo em que a criança vive intensamente cada etapa de seu desenvolvimento.
A educação é um todo indissociável, considerando dois elementos fundamentais: o intelectual e o moral.
O objetivo da educação não constituíra na transmissão de verdades, informações, demonstrações, modelos, etc., mas sim em que o aluno aprenda por si próprio, a conquistar essas verdades, mesmo que tenha de realizar todos os tateios pressupostos por qualquer atividade real. Se pararmos para pensar na Educação Infantil, por exemplo, temos essa percepção. As professoras, chamadas de “tias”, incentivam o imaginário infantil e a criação de personagens do dia a dia.
“A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe.” (Jean Piaget)
“O professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança descobrir. Cria situações-problemas.” (Jean Piaget)
Escola
Segundo Piaget, a escola deveria começar ensinando a criança a observar. Deve-se dar ao aluno a possibilidade de aprender por si próprio, possibilidades de investigação individual, tentativas, tateios, ensaios. A escola deve possibilitar ao aluno
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