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O trabalho com grupos de saúde

Por:   •  13/11/2018  •  1.594 Palavras (7 Páginas)  •  228 Visualizações

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- A figura do líder

- A organização do grupo

- As pressões contexto

O funcionamento democrático não pode funcionar somente em torno da figura do líder, mas depende também do amadurecimento do grupo, logo é preciso crescer em todas as direções.

Os processos de decisão nos sempre levantam questões sobre diferentes pontos de vista, crenças e desejos dos participantes. Portanto, é preciso percorrer um caminho, fazer um trabalho e mediação, de sistematização e apreciação das diferenças, de reflexão, de criação de alternativas e de escolhas em um consenso, ainda que provisório.

Grupo Operativo: É diferente de grupo de trabalho, para ser operativo, segundo Rivière, não basta que o grupo se coloque um objetivo ou que funcione como um grupo de trabalho, é preciso que se equilibre tarefas externas e internas, para que a comunicação flua, permitindo assim o pensamento e a criatividade.

Pichon-Rivière se baseou, em parte em Lewin, mas foi além, estudando outros fatores no grupo, como a questão emocional e inconsciente.

A ABORDAGEM DO GRUPO OPERATIVO: COMBINANDO FATORES OBJETIVOS E SUBJETIVOS NO PROCESSO DO GRUPO

Sempre no início de um grupo, tudo pode ser harmonioso, com ótimos propósitos e tudo mais, mas na pratica é diferente é um pouco mais complicado, há pessoas que desistem, que se implica ou que quer ir rápido demais, existem medos de mudanças atrelados a cultura, pois se pensarmos em cultura, por mais que o sujeito reclame de sua cultura e tente mudar ele fara escolhas baseadas em sua cultura, esses medos nem sempre são conscientes, mas geram resistências, dificuldades de comunicação e de aprendizagem.

O Coordenador deve ajudar a diminuir esses medos básicos, mas isso não se dá apenas através da conscientização, mas pelo fortalecimento do contrato do grupo , dos vínculos entre os participantes, dos seus objetivo e de sua identidade (ECRO):Esquema Conceitual e Operativo.

É importante que o grupo tenha um ponto de encontro, em que as próprias diferenças possam ser reconhecidas e conversas.

Existem diferenças individuais, mas elas não impedem que o grupo tenha seus acordos.

No grupo operativo procuramos a integração de duas dimensões:

- A verticalidade, que se refere a história de cada participante e que o leva a uma reatualização emocional no grupo e a um processo transferencial

- A horizontalidade, que se refere ao “campo grupal”, consciente e inconsciente, que vai sendo modificado pela ação e interação dos membros.

DEFESAS DOS GRUPOS

Bion estudou as defesas que os grupos podem adotar quando se veem angustiados ante um problema. Tais defesas podem acontecer a qualquer hora, indo e voltando no processo do grupo, na medida em que essas defesas surgem o grupo vai conhecendo mais sobre si mesmo.

- Dependência: o grupo busca proteção no líder, defesa contra sua própria angustia através da atitude de dependência. Fica, ao mesmo tempo, dócil e passivo, agindo apenas sob comando. Para trabalhar a dependência, a coordenação deve mostrar que o grupo é capaz de tomar suas próprias atitudes, evitar centralizar as decisões e soluções, podendo orientar e instigar a produtividade, apontando para o grupo alguns de seus medos, abrindo assim a oportunidade de repensa-los e enfrenta-los.

- Ataque e fuga: O grupo alterna movimentos de fuga e agressão, em relação ao coordenador ou aos seus próprios problemas. Nesse caso, alterna atitudes de aceitação e negação e sua condição, de obediência e agressividade ou omissão.

- Pareamento: O grupo reconhece sua condição, mas não consegue realizar seus propósitos, sente-se frustrado e culpado, sempre adiando as aptidões que poderiam criar alternativas para os problemas. O grupo deposita a sua esperança em “algo”, ou “alguém” que virá resolver a dificuldade. Muitas vezes, espera que a coordenação seja essa “figura salvadora”. A coordenação recusara esse papel de salvador do grupo, devera agradecer pelo carinho e devolver ao grupo a responsabilidade pelo seu próprio agir, o que pode ser feito de maneira carinhosa ou bem-humorada.

FASES DO PROCESSO GRUPAL:

- Formação inicial, com seus medos e desejos

- Aparecimento de conflitos, provocados pelas diferenças de interesses e pontos de vista;

- O processo de normatização que visa a regular esses conflitos e estabelecer acordos, em torno de objetivos comuns;

- O luto, sentimento de perda, gerado pelo fim do grupo, em que cada um desses momentos, a coordenação tem o importante papel de ajudar o grupo a entender seu processo, facilitar sua elaboração e a passagem para outro momento.

Quando se trata do fim do grupo, é preciso facilitar a avaliação de perdas e ganhos, a compreensão do sentimento de perda e sistematizar o que valeu a pena na experiencia vivida.

O PAPEL DO COODENADOR

Os coordenadores são humanos e ficam também ansiosos com os resultados do grupo. Se você se sentir ansioso, não pense que isto o impedira de ser um bom coordenador. Com a pratica, você aprenderá a separar seu desejo do desejo do grupo e aprendera a administrar melhor essa ansiedade para não atropelar o grupo com ela.

O coordenador

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