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O ESTÁGIO DO PERSONALISMO: APROXIMAÇÕES TEÓRICAS NA OBSERVAÇÃO DE UM INFANTE

Por:   •  16/11/2017  •  1.136 Palavras (5 Páginas)  •  453 Visualizações

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Quando brincávamos de super-heróis, eu disse que seria o He-man, enquanto ele representava o homem-aranha, então eu disse: “Eu tenho a força!”. Nesse momento ele me olhou parado e disse: eu quero ser o He-man. Retirou a roupa de homem-aranha e buscou uma espada e gritou: Eu tenho a força, eu sou o mais forteeeee!!!. Mais forte do que eu, claro, a sua própria força individualizada.

A imitação, muito frequente nesse estágio, compareceu. A linguagem vai se construindo, ao mesmo tempo que a criança usa a imitação como instrumento de expressão diferenciada onde a fala passa a acompanhar a imitação com intuito de superá-la na construção da representação. A criança imita as pessoas que admira, procurando assim absorver as qualidades do outro que a atrai, mas ao mesmo tempo, nessa imitação, coloca seu próprio jeito de ser, eliminando assim o outro e transformando-se em si própria. O gesto que ultrapassou a si mesmo para terminar no signo constituindo as primeiras idéias.

Dessa forma, a criança amplia suas relações, tem contato com outros grupos além de seus familiares, por isso a escola ocupará um papel importante iniciado já nesta fase.

Ao final deste estágio, mais dona de si mesma, dos seus gestos, das suas ações, a criança vai voltar seu interesse para a investigação do mundo exterior, o que inaugura uma nova direção no seu processo de desenvolvimento, ao emergir o estágio categorial.

Conclusão

Embora tenhamos despendido de um tempo curto para a observação, não foi difícil perceber as características extremamente aparentes de gestos e ações descritas pelo teórico Henry Wallon, generalizadas para a idade da criança observada.

Foi possível identificar os fenômenos de oposição, sedução e imitação, fatores preponderantes deste estágio e que contribuem decisivamente para a individuação do sujeito. A completa diferenciação do “eu” e do “outro” vai se concretizando, através da afetividade que é simbólica, incorpora os recursos intelectuais (principalmente a linguagem) e se exprime por palavras e ideias.

Assim sendo, observamos também que, com o apoio da teoria walloniana é possível que se eduque e conheça crianças de forma confiável, respeitando as características e peculiaridades das mesmas, sempre observando cada estágio, levando em conta principalmente a relação que a criança mantém com as pessoas e com a realidade ao seu redor. Conclui-se assim que a teoria do desenvolvimento de Henri Wallon condiz com a realidade e fornece subsídios para um ensino eficaz e completo.

Referencias Bibliográficas

MAHONEY, Abigail A. e ALMEIDA, Laurinda R (orgs.) Henri Wallon – psicologia e educação. São Paulo: Loyola, 2006.

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