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O ESTUDO DOS GÊMEOS

Por:   •  2/12/2018  •  1.647 Palavras (7 Páginas)  •  305 Visualizações

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Gêmeos univitelinos (monozigóticos) apresentam o mesmo genoma (DNA), além de apresentar características físicas semelhantes ao outro também possuem digitais e personalidade totalmente diferentes. Se caso houver uma divisão do óvulo dos gêmeos monozigóticos haverá complicações pelo fato de os embriões se fundirem.

Os gêmeos Bivitelinos (dizigóticos) ou multivitelinos, também chamados de gêmeos fraternos ou falsos, nascem com semelhanças não distintas, porém são produzidos ovócitos e fecundados por dois espermatozoides formando dois embriões que podem ter o mesmo fator sanguíneo e apresentar sexos diferentes. Geralmente são dois irmãos comuns que tiverem gestações diferentes. Estes são formados a partir do mesmo zigoto, e desenvolve duas bolsas amnióticas e duas placentas em cerca de 50% entre a identificação de genomas. Mesmo dentro do útero de sua mãe gêmeos idênticos apresenta pequenas impressões digitais tornando-os sujeitos únicos.

1.2. DIFERENÇAS ENTRE GÊMEOS

Os gêmeos fraternos (bivitelinos), também conhecidos como dizigóticos (DZ), são resultantes da fecundação de vários óvulos liberados ao mesmo tempo pelos ovários, em que os irmãos possuem características diferentes; enquanto, os gêmeos idênticos (univitelinos), ou também chamados de monozigóticos (MZ), são resultantes da fecundação de apenas um óvulo, o zigoto, em que as células se separam dando origem a mais de um embrião, nesse caso, o irmãos são terminantemente semelhantes do ponto de vista genético, sendo ambos do mesmo sexo e com uma aparência física muito similar (praticamente idêntica), sendo difícil de diferenciá-los.

1.3. COMO ACONTECE O NASCIMENTO DOS GÊMEOS

Segundo Lima (1996), na gestação dos gêmeos dizigóticos (DZ), por possuírem origem biovular (liberação de mais de um óvulo e a fecundação dos mesmos por mais de um espermatozoide), os pares podem apresentar o mesmo sexo (serem ambos do sexo masculino ou feminino), e ainda, diferirem quanto ao sexo. Esses gêmeos, normalmente, não apresentam tanta similaridade genética, aparentando características diferenciadas.

Além disso, os gêmeos fraternos, nem sempre, exibem duas placentas distintas, devido à proximidade excessiva dos locais em que se encontram os embriões, podendo as placentas difundirem-se em uma só. Em casos em que as placentas se diferem, na maioria das vezes, não é possível discerni-las facilmente em razão da proximidade excedente entre elas. Quando a proximidade entre ambas é muito grande, a diferenciação só pode ser feita por meio da observação de uma região conhecida como “zona T”, sendo possível a visualização dos âmnios e córions (anexos embrionários, que protegem o embrião).

Devido a introdução de vários embriões no útero da mulher, a gestação de gêmeos dizigóticos é mais comum em tratamentos para infertilidade, pois, nesse caso, pode ocorrer a fixação e ao mesmo tempo o desenvolvimento de mais de um embrião.

Diferente dos gêmeos dizigóticos, os pares monozigóticos (MZ), são formados em um período de 14 dias depois da fertilização, quando um único zigoto sofre desenvolvimento irregular, porque as células se separam em vários grupos independentes, em que cada grupo origina um embrião completo, considerados iguais geneticamente, isto é, possuem o mesmo genoma, pois apresentam o mesmo patrimônio genético, uma vez que são provenientes de uma única célula-ovo (um óvulo é fecundado por um só espermatozoide).

Os gêmeos monozigóticos, são do mesmo sexo, e sucessivamente são também chamados de gêmeos idênticos, ainda que não seja necessariamente correta essa designação, uma vez que, a identidade, nesse caso, se refere ao genótipo e não ao fenótipo, podendo existir casos em que esses gêmeos possam apresentar características fenotípicas diferentes, como por exemplo as impressões digitais.

1.4. MÉTODO DOS GÊMEOS - APLICAÇÃO E EXEMPLO PRÁTICO

Segundo Beiguelman (1982), o método de Gêmeos, se caracteriza por ser uma série de pesquisas que estão sendo utilizadas em diferentes áreas de estudo da genética humana, com a finalidade de analisar as influências referentes do genótipo e do ambiente sobre a variação de características fenotípicas, ou seja, os gêmeos possuem um ótimo material para a investigação do ambiente e da herança biológica na definição das características humanas.

O método consiste em estudar se o organismo do ser-humano depende de fatores genéticos ou de fatores ambientais para a determinação de suas características físicas e psicológicas. No caso, por exemplo, de gêmeos monozigóticos (MZ) que cresceram separados, as características deles são a manifestação de um mesmo genótipo desenvolvido em ambientes diferentes. Sendo assim, a diferença entre os gêmeos que cresceram juntos e os gêmeos que cresceram separados, em condições diferentes, é determinada pela influência dos fatores externos (ambientais).

Para Lima (1996), por outro lado, nesse mesmo contexto, as características de gêmeos dizigóticos (DZ) criados juntos, comprovam a influência de um ambiente idêntico agindo sobre genótipos distintos.

Caso um caráter seja delimitado só por fatores genéticos, gêmeos monozigóticos serão concordantes (ou seja, idênticos) referente a esse caráter, mas, caso esses gêmeos analisados apresentem divergência serão considerados discordantes em relação ao mesmo, o que indicará que o ambiente foi a principal influência. Já com os gêmeos dizigóticos, por apresentarem em comum apenas a metade dos genes, esses seriam mais diferentes entre si do que os gêmeos monozigóticos.

O Método de Gêmeos, também possibilitou explicações sobre a vulnerabilidade de gêmeos monozigóticos a infecções e a carências nutricionais, indicando como possíveis causadores os fatores hereditários. Dessa forma, os diferentes tipos de genótipos podem designar a sensibilidade de uma pessoa a doenças ambientais como o sarampo, lepra, coqueluche e poliomielite, assim como fatores ambientais (juntamente com os fatores genéticos) podem determinar traços de personalidade como agressividade, depressão e ansiedade, e também o desenvolvimento de doenças cardiovasculares como, por exemplo, os níveis de colesterol.

Então, isso sugere que quando herdamos os genes que delimitam determinado aspecto, teremos maior suscetibilidade para desenvolvê-lo, e o ambiente será responsável (ou não) pela outra parte delimitadora do aspecto em questão.

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