Fundamentos em Psicanálise
Por: eduardamaia17 • 27/2/2018 • 1.526 Palavras (7 Páginas) • 529 Visualizações
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Em 1920, Freud cria as duas pulsões: de vida e de morte. Na de vida, visa à ligação e à unidade. Na de morte, à divisão, À destruição, à restauração do estado inorgânico.
Como objetivo de vida, o ser humano valoriza a construção ideativa da felicidade, buscando através de uma negativa que é evitar o desprazer. Porém, Freud diz que não há como ser alcançada nem no microcosmo, nem no macrocosmo. Fazendo assim necessárias alternativas para disfarçar o desprazer da não satisfação direta das pulsões.
As construções da civilização veio para ajudar na organização dessas alternativas, oferecendo outras formas de satisfação adequadas ao projeto de cultura. Como as possibilidades de felicidade são restringidas por sua própria constituição, o sentimento de infelicidade parece ser mais comum, e nos ameaça a partir de três direções: do nosso corpo, do mundo externo e de nossos relacionamentos com os outros homens. E o princípio da realidade vem nos auxiliar para lidar com essas adversidades.
A maior causa de infelicidade destacada por Freud, é a dificuldade do relacionamento entre os homens, que mostra o nosso fracasso do projeto social. Pelo homem não ser naturalmente orientado, algo é sentido como perdido, mesmo não tendo sido alcançado. A cultura configura o problema que não pode ser superado, mas ela é convocada frequentemente para apresentar respostas. Essas respostas insuficientes e provisórias, variam de acordo com o tempo e espaço, porém o mal-estar continua.
“A sociedade humana no sentimento de culpa do grupo, colocando o mal-estar no coração de qualquer organização humana. Desse modo, coloca-se para qualquer projeto de cultura a delicada tarefa de regular e modelar a satisfação, oferecendo satisfação substitutivas no lugar daquela a que constitutivamente os homens renunciaram.”
Freud tratou o sofrimento neurótico considerando que era causado pela rigidez das normas sociais em relação à sexualidade, principalmente a feminina. O fim do sofrimento psíquico não é acarretado pelas boas normas sociais. Mesmo considerando suas mudanças, Freud continua chamando a nossa atenção para à persistência do mal-estar na cultura. Para civilizar-se, o homem modelou a exigência de satisfação (sexuais e agressivas), em troca a cultura lhe oferecia satisfações substitutas, assim percebemos que a cultura seria proveniente de falhas na cultura, mas é essa civilização que ampara o homem no impossível de viver. Freud deixa de lado o conceito de pulsão de morte. A maior fonte de sofrimento é as regras que agiriam em especial regulando as relações entre os homens.
Na atualidade, segundo Bauman (1998), o homem contemporâneo trocou uma quota de segurança por um quinhão de felicidade, isso é o que traz o mal-estar. Nesse momento social o que é essencial é a satisfação individual, porém exige mudanças constantes gerando insegurança. Na contemporaneidade, o homem tem que:
Mostrar-se capaz de ser seduzido pela infinita possibilidade e constante renovação promovida pelo mercado consumidor, de se regozijar com a sorte de vestir e despir identidades, de passar a vida na caça interminável de cada vez mais intensas sensações e cada vez mais inebriante experiência (Bauman, 1998, p.23).
Para Bauman, por causa da ordem de fluidez, o homem tem que estar hábeis para mudanças constantemente, impedindo que sua identidade se fixe. Causando insegurança. Nessa lógica, toda demora, é uma demora de satisfação, o homem pós-moderno pode e deve se satisfazer. Hoje em dia, é dito que a cultura não oferece mais possíveis contornos ao desamparo.
Atualmente, há um manejo singular do que de outras épocas, e esse manejo tem consequências singulares. Concluímos que não é nesse ponto de formulação dos problemas que o espaço para a discussão dos impasses clínicos atuais deva ser buscado. Mesmo que haja avanços, o mal-estar é inerente à civilização. O papel da civilização então, seria de buscar formas de amenizar esse mal-estar, mesmo sabendo que no final o projeto estará incompleto.
No contexto de mal-estar na cultura, Freud trata de uma condição inerente ao homem enquanto ser de cultura, mesmo que as mudanças que ocorram trazem diferentes formas de expressão do mal-estar.
Freud explica que há dois vieses: a impossibilidade de contornar o desamparo inerente à construção humana e a impossibilidade de abandonar seus esforços nessa direção, que é a impossibilidade estrutural de satisfação. Em sua época, exigia a fixidez, agora é exigido a fluidez. Porém novas formas de expressão do mal-estar são inerentes ao movimento da cultura e têm consequências para o trabalho clínico, que opera no sujeito inconsciente configurado pelo mal-estar.
APRECIAÇÃO CRÍTICA:
É um texto de difícil entendimento, já teria que saber algumas teorias, como as de pulsões para ter uma melhor compreensão. Porém é essencial que um futuro psicólogo saiba de tais teorias, e como na atualidade a teoria de Freud ainda é utilizada, ainda há mal-estar, apesar de ser de forma diferente e estar sempre em mudança, e com consequências diferentes também.
Mesmo que o homem
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