Doenças sexualmente transmissiveis

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Para muitas adolescentes, um dos argumentos mais convincentes contra o comportamento sexual de risco é o perigo de que uma gravidez vai arruinar suas vidas. As adolescentes respondem melhor quando o conselho vem de outras garotas com idades próximas às delas.

Gravidez e maternidade na adolescência

O índice de gravidez entre adolescentes de 10 a 14 anos, relacionado às condições socioeconômicas e culturais, tende a ser maior nas situações em que há exploração sexual de adolescentes e jovens.

Nas quatro ultimas décadas, assistiu-se a um decréscimo acentuado na taxa de fecundidade das mulheres brasileiras. Identificou-se o aumento em 25% da taxa de fecundidade entre meninas de 15 a 19 anos, durante os anos 90. Dados mais recentes indicam que a taxa de adolescentes gravidas entre 15 e 19 anos vem diminuindo desde1999 e chegou, em 2003, a patamares menores do que os verificados no inicio da década passada.

As mães adolescentes não casadas e suas respectivas famílias provavelmente de dificuldade financeiras. As leis de apoio a infância são postas em pratica de maneira não uniforme, os pagamentos de pensões alimentícias determinados por tribunais frequentemente são inadequadas e muitos pais jovens não tem condições de cumpri-los. No passado, muitas mães adolescentes procuravam serviços públicos de assistência social, mas com a reforma da lei federal de previdência social em 1996 esse tipo de assistência foi severamente limitado. Adolescentes não casados menores de dezoito anos agora somente têm direito se morarem com os e frequentarem a escola.

Mães adolescentes tem a probabilidade de abandonar a escola e terem repetidas ocorrências de gravidez. Elas e seus parceiros podem não ter suficiente maturidade, uma profissão e apoio sociais para serem bons pais. Seus filhos, por sua vez, tem a probabilidade de abandonar a escola, de se tornarem deprimidos, de enfrentarem problemas com a lei e de e tornarem, eles próprios, pais adolescentes.

Cabe ressaltar, entretanto, que a queda na taxa de gravidez na adolescência não diminui a responsabilidade da sociedade e do poder publico em relação a essa questão, já que as taxas brasileiras ainda são altas e revelam as grandes diferenças entre as classes sociais.