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DARWIN E HARARI – Uma análise comparativa dos conceitos de seleção natural e cooperação flexível

Por:   •  12/5/2021  •  Trabalho acadêmico  •  6.988 Palavras (28 Páginas)  •  566 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI

CURSO DE PSICOLOGIA

BRUNA MELO DO NASCIMENTO – R.A. 21370050

IZABELA PAVIN – R.A. 21378965

JANAÍNA LEITE FRANÇA – R.A. 21421134

JOELMA SANTOS E SILVA – R.A. 21345785

MARIANA LUPI LUNGUINHO – R.A. 21263345

SARAH ROCHA ANDREOLLA – R.A. 10973500

DARWIN E HARARI –

Uma análise comparativa dos conceitos

de seleção natural e cooperação flexível

São Paulo
2020

SUMÁRIO

  1. INTRODUÇÃO...............................................................................................................3
  2.  “O GÊNIO DE CHARLES DARWIN”..................................................................4
  3.  “A ORIGEM DAS ESPÉCIES”............................................................................7
  4. “21 Lições para o Século 21”.............................................................................10
  5. PERGUNTAS................................................................................................................12

5.1. Analise e explique a evolução das espécies

Darwiniana e o seu impacto no século XIX até

os dias atuais. ............................................................................................................12

5.2 Estabeleça uma relação da teoria de

Darwin com a proposta de Flexibilidade

apresentada por Yuval Harari. ................................................................................. 16

           5.3.Explique qual a relação da teoria de

 Darwin e a proposta de Harari com o

campo profissional da Psicologia. ............................................................................ 18

  1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ……………………………………………………… 23


1. INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho é analisar a importância da Teoria da Evolução das Espécies, proposta no século XIX pelo naturalista inglês Charles Darwin, relacionando-a, de maneira crítica, ao chamado “darwinismo social”. Para tanto, foi utilizado o documentário “O Gênio de Charles Darwin”, escrito e apresentado pelo biólogo britânico Richard Dawkins.

Há ainda a pretensão de estabelecer um diálogo entre o conteúdo do referido documentário, que detalha a vida de Darwin e suas conclusões científicas, com proposições feitas pelo historiador israelense Yuval Noah Harari, um dos escritores de maior sucesso na atualidade. A obra de Harari aqui utilizada como base é o livro “21 Lições para o Século 21”, lançado em 2018.

Por fim, esta análise busca relacionar o conteúdo mencionado com o campo profissional de Psicologia.


2. “O GÊNIO DE CHARLES DARWIN”

O documentário “O Gênio de Darwin”, vencedor do “British Broadcast Awards”, foi ao ar em agosto 2008, graças ao esforço de um cientista famoso e polêmico: o biólogo Richard Dawkins. Professor emérito de Oxford, uma das mais prestigiadas Universidades do mundo, Dawkins encarregou-se de roteirizar e apresentar o programa sobre Darwin e suas ideias, responsáveis por mudar radicalmente a História.

A produção foi dividida em três episódios e teve como objetivo contar a trajetória de Charles Darwin e enfatizar as principais teorias contidas em sua obra seminal, “A Origem das Espécies – por meio da Seleção Natural ou A preservação de Raças Favorecidas na Luta pela Vida”, de 1859.

Ateu militante, Dawkins confrontou as teorias darwinistas com versões cristãs da criação do mundo, demonstrando a dificuldade encontrada pelos cientistas contemporâneos de superar a narrativa religiosa, reverenciada ao longo de milhares de anos como a versão oficial do surgimento do planeta e dos humanos.

Dawkins, autor de vários livros, inclusive o best-seller “O Gene Egoísta” (1976), aproveitou a série também para refutar a ideia de que a seleção natural é uma justificativa aceitável para o chamado “darwinismo social”, ou seja, que a ciência possa ser usada para acobertar sociedades e economias regidas, de maneira distorcida, pela lei do mais forte (ou mais rico) sobre o mais fraco (ou mais pobre).

Ao longo da série, Dawkins advoga que a Teoria da Evolução das Espécies é a explicação absoluta sobre nossa existência. “Tudo o que sabemos sobre a vida é explicado por esta teoria”, diz ele no primeiro episódio. Em outro momento do documentário, o biólogo de Oxford repete a ideia que escrevera em “O Gene Egoísta”: os homens não passam de máquinas de sobrevivência.

“Nós somos veículos para os genes que pegam carona em nosso corpo. Veículos que são jogados fora após passarmos adiante nossos preciosos códigos de informação a gerações, através da reprodução. Os genes são copiados de uma geração para outra e assim sucessivamente. Assim eles, e somente eles, são imortais.” (Dawkins, 2008)

A contundência de Dawkins e sua luta ferrenha contra as religiões tornaram-no um cientista renomado mesmo fora dos meios acadêmicos. Seus partidários o felicitam pelo trabalho de divulgação científica incessante e agradecem o fato de ser possível observar ecos de sua influência até em livros de ficção.

“No fim das contas, os seres humanos não passam de portadores – vias – para os genes. Eles avançam montados em nós até nos exaurir, como seus cavalos de corrida, de geração a geração.” (MURAKAMI, 2012)

Os detratores de Dawkins, em contrapartida, escrevem livros inteiros para refutar o professor ateu. É o caso do teólogo e professor Alister McGrath, colega do biólogo em Oxford, autor de “O Delírio de Dawkins”. “Em vez de reduzir o fundamentalismo, Dawkins está piorando as coisas”. (McGRATH, 2007)

        Neste século XXI, os holofotes recaem fortemente sobre Richard Dawkins, mas a raiz de toda a polêmica que ele incorpora nasce de uma polêmica mais antiga: a ousadia do naturalista Charles Darwin, em 1859, de substituir a narrativa da criação metafísica e divinizada do homem pela teoria da seleção natural, uma ideia materialista e passível de verificação.    

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