ANALISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS WISC-III

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- Habilidades de Execução sub-testes: Completar Figuras, Códigos, Arranjo de Figuras, Cubos, Armar Objetos.

Completar Figuras: Avalia Percepção e atenção a detalhes. Ponto ponderado (11) taxa enquadrada na média do desenvolvimento padrão.

Códigos: Avalia velocidade do processamento da informação visual, destreza viso-motora, coordenação viso-motora, memória à curto prazo e atenção. Ponto ponderado (6) demonstra um estado limítrofe desta capacidade.

Arranjo de Figuras: Avalia raciocínio lógico temporal. Ponto ponderado (11) taxa enquadrada na média do desenvolvimento padrão.

Cubos: Avalia percepção visual, processamento viso-espacial, análise e síntese de estímulos visuais abstratos. Ponto ponderado (14) valor considerado superior a média do desenvolvimento padrão.

Armar Objetos: Avalia percepção visual, capacidades viso-construtivo, percepção (antecipação) do todo através de partes. Ponto ponderado (12) taxa considerada média superior no desenvolvimento padrão.

Procurar Símbolos: Avalia a velocidade de processamento visual e atenção. Desconsidera-se da avaliação da habilidade Execução. Utilizada na medida da escala de Velocidade do processamento. Ponto ponderado (10) enquadrado na média do desenvolvimento padrão.

- Escalas: As escalas são divididas em Compreensão Verbal, Organização Perceptual, Resistência à Distração, Velocidade do Processamento.

Compreensão Verbal: Engloba sub-testes como Compreensão, Vocabulário, Semelhanças, Informação. O índice QI do mesmo é (125) classificado como superior ao desenvolvimento padrão.

Organização Perceptual: Engloba sub-testes como Armar Objetos, Cubos, Arranjo de Figuras, Completar Figuras. O índice QI do mesmo é (112) classificado como média superior ao desenvolvimento padrão.

Resistência à Distração: Engloba sub-testes como Dígitos e Aritmética. O índice QI do mesmo é (102) caracterizado na média quanto ao desenvolvimento padrão.

Velocidade do Processamento: Engloba sub-testes como Procurar Símbolos, Códigos. O índice QI do mesmo é (87) classificado como médio-inferior ao desenvolvimento padrão.

- Conclusão

Através dos dados analisados na Avaliação Psicológica não foram verificados indícios de Déficits Mentais, ou de alguma ordem fisiológica, porém, uma leve discrepância quanto às outras informações advindo da velocidade do processamento classificada como média-inferior, onde um dos sub-testes (procurar símbolos) avalia uma característica principal sobre a queixa, a atenção, juntamente com o outro (códigos) avaliando dentre outros memória à curto prazo e atenção. Tais resultados demonstram e justificam as ações relatadas quanto às queixas advindas desse sujeito quanto sua atenção deferida as atividades, vemos também que estes sub-testes medem algumas outras características ligadas a questão visual de espaço e a velocidade deste processamento, vemos que em outros testes que medem tais questões o individuo foi muito bem avaliado, apenas deixando de pontuar na escala de Velocidade do Processamento onde a atenção é priorizada, podemos analisar por conseqüência que em outras atividades esta criança adquiriu em média uma classificação médio-Superior, mesmo em índices que o sujeito precisava de percepção aguçada e boa destreza, contudo quanto às questões que demandam uma atenção superior juntamente a um esforço vimos que a mesma decai quanto aos resultados. Podemos inferir isto as condições advindas do seu meio social, do qual desde cedo lhe foi conferido tudo o que queria sem se esforçar ao mesmo, a questão do próprio individuo classificar os não afazeres como “preguiça” demonstra que esta falta de interesse pelo que demanda suas atividades relacionadas a exercícios que precisem de sua atenção justifica o índice limítrofe adquirido pelos sub-testes já citados.

Desta forma vemos que a dificuldade de atenção relatada, tanto quanto a desorganização deste, vem das relações anteriores e da falta de cobrança e estímulos para este, porém não é um déficit grave, podendo ser revertida esta situação.

O encaminhamento deve ser voltado a um acompanhamento psicoterapêutico para a avaliação dos comportamentos emitidos por ambos, para que sejam analisados e modificados, pois possivelmente as características, ontológicas, sociais e afetivas estão claramente afetando o comportamento normativo do sujeito reforçando assim as condições da queixa. Para a criança o tratamento desta disfunção de sua atenção voluntaria dirigida, fazendo com que os estímulos certos possam desabrochar esta vontade do mesmo. Aconselho um encaminhamento para a mãe, onde se faz necessário