A Metamorfose

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longo do tempo em que cuidavam do inseto, as esperanças de um futuro melhor para a família são depositadas na jovem, na expectativa principalmente de encontrar um marido.

O trecho abaixo demonstra as características da modernidade líquida de Bauman e como, mesmo naquele contexto social, já era possível identificar a influência da alienação do homem sobre suas relações sociais:

Oh, meu Deus, [...] que trabalho tão cansativo escolhi! Viajar, dia sim, dia não. É um trabalho muito mais irritante do que o trabalho do escritório propriamente dito, e ainda por cima há a maçada de andar sempre a viajar, preocupado com as ligações dos comboios, com a cama e com as refeições irregulares, com conhecimentos casuais, que são sempre novos e nunca se tornam amigos íntimos. Diabos levem tudo isto! (KAFKA, 2014, p. 10).

Atualmente essa rapidez e fragilidade são observadas com maior intensidade. Há uma maior desvalorização das relações sociais em relação ao trabalho, pois estamos inseridos em um contexto capitalista que faz com que cada vez mais indivíduos tenham que se metamorfosear em detrimento de cumprir as exigências dessa sociedade punitiva.

Considerações finais

O livro, lançado no começo do século XX, faz alusão a sociedade da época e ao alienamento que o trabalho exercia não apenas ao indivíduo, mas aos valores reproduzidos dentro das famílias. Gregor Samsa é a personificação do indivíduo alienado ao seu trabalho, que pouco se preocupa com sua individualidade, vivendo em uma família que o enxerga não como um filho, mas como o provedor do sustento da casa.

Kafka pretendia fazer uma crítica a esse modelo capitalista e ao egoísmo e hipocrisia social da época, que está presente na sociedade ainda nos dias de hoje. Ainda que o modelo capitalista e o trabalho tenham ganhado outras características atualmente, principalmente com o invento da internet, é possível observar que o valor dado a um indivíduo é pautado produtividade que ele pode fornecer socialmente.

(AQUI TINHA MAIS COISAS MAS EU COPIEI O ARQUIVO ERRADO E FICOU INCOMPLETO)

REFERÊNCIAS

KAFKA, F. A metamorfose. Tradução de J. A. Teixeira Aguillar. Santiago: Publicações Europa América, 1988.