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Odontologia Molecular dos Odontoblastos

Por:   •  5/6/2018  •  2.565 Palavras (11 Páginas)  •  405 Visualizações

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polpa-dentina e concentrados nos cornos pulpares. Trinta a setenta porcento dos processos celulares odontoblasticos estão em contato com terminações nervosas, por isso são localizados em um lugar estratégico no complexo dentina-polpa e matem uma relação estreita com a parte vital dentaria, mais especificamente com terminações nervosas e capilares sanguineos.

A vitalidade do complexo dentina-polpa, tanto em condições normais como após injurias, depende da atividade celular da polpa e de processos sinalizadores que regulam o comportamento dessas células. Pesquisas mais recentes tem conduzido uma melhor compreensão do controle molecular do comportamento celular. Os fatores de crescimento desempenham um papel fundamental na sinalização de eventos de formação e reparo tecidual do complexo dentina-polpa.

O presente estudo tem por objetivo discorrer sobre a fisiologia dos odontoblastos em condições normais e patológicas apresentando principais fenômenos ocorridos em cada uma de suas etapas .

⦁ OBJETIVOS

⦁ Geral

Analisar a Biologia Molecular dos Odontoblastos através de uma revisão sistemática da literatura.

⦁ Específicos

Discutir a produção cientifica referente a biologia molecular dos odontoblastos produzidas em português;

Verificar como ocorre a diferenciação dos odontoblastos nos tecidos dentários.

⦁ JUSTIFICATIVA

Os odontoblastos são células especializadas pulpares pós-mitóticas, organizadas numa camada linear de células em paliçada ao longo da interface polpa-dentina, com 3 a 5 camadas celulares, cujos prolongamentos penetram na pré dentina. Constituem a camada odontoblástica da polpa que representa uma barreira natural entre os tecidos mineralizados (esmalte e dentina) e o tecido vivo do dente, a polpa (BOTELHO, 2015 pg. 25).

Além disso, essas células surgem a partir da interação entre as células epiteliais do esmalte e as células mesenquimais da papila dentária , durante o desenvolvimento dentário. São capazes de produzir matriz mineralizada especializada como a dentina. Em resposta a mecanismos erosivos, os dentes erupcionados formam dentina secundária ou reparadora a partir de odontoblastos que se diferenciam a partir de populações precursoras presentes no tecido pulpar (RIBEIRO, 2014).

Este trabalho se justifica pela importância do tema em questão as ciências médicas e odontologicas, ao crescimento acadêmico referente as questões aqui expostas, e pela necessidade de conhecer as estruturas dentarias para que possamos ter uma graduação de qualidade e ter condições de assistir de forma integral as pessoas que necessitam de tratamento odontológico com qualidade e livre de iatrogenias.

⦁ REFERENCIAL TEÓRICO

⦁ Histologia dentária

A formação do dente ocorre em várias fases, contudo, na sexta fase, ou na fase de formação da coroa é que começam a surgir os odontoblastos, uma vez que estas surgem após a diferenciação de outras células.

Na formação da Coroa, após a formação do epitélio interno do esmalte no órgão do esmalte, as células do órgão do esmalte crescem, adquirindo uma forma colunar ou alongada, e sofrem repolarização, diferenciando-se em pré-ameloblastos. Após a formação dos Pré-ameloblastos, as células exteriores da papila dentária são induzidas pelos pré-ameloblastos a diferenciar-se em odontoblastos, com um processo de repolarização adjacente também a este tipo celular. Os odontoblastos iniciam a dentinogênese, ou seja, a aposição da matriz de dentina, ou pré-dentina, no seu lado da membrana basal. Portanto, os odontoblastos iniciam a sua atividade secretória antes da produção de esmalte ter início (MARIZ, 2012).

Ainda segundo este autor, com a formação dos odontoblastos, a membrana basal entre os pré-ameloblastos e os odontoblastos desintegra-se, permitindo o contacto dos pré-ameloblastos com a pré-dentina, induzindo a diferenciação destas células em ameloblastos.

4.1.1 Formação da Dentina na Raiz

A formação da dentina ocorre quando as células externas da papila dentária na área da raiz são induzidas a sofrer diferenciação, tornando-se odontoblastos, de forma semelhante ao que ocorre na coroa e sob a influência do epitélio interno do esmalte e a bainha radicular de Hertwig. Uma vez que não existe retículo estrelado ou estrato intermédio nesta área, embora ocorra a formação de odontoblastos, não há formação de ameloblastos, o que explica a ausência de esmalte na raiz.

Após a formação da dentina, por ação dos odontoblastos, a membrana basal entre o epitélio interno do esmalte da bainha radicular e os odontoblastos desintegra-se, tal como toda a bainha radicular de Hertwig, levando à formação dos restos epiteliais de Malassez (MARIZ, 2012).

⦁ Biologia molecular dos Odontoblastos

4.2.1 O mecanismo indutor

Com o aparecimento do estrato intermédio, através de fatores de crescimento, as células do epitélio interno do órgão do esmalte, que são naturalmente cúbicas, passam a ser induzidas a se tornarem cilíndricas, aumentando de tamanho. Esse fato biológico é o que marca o início de um processo denominado inversão polar, onde o seu núcleo, anteriormente localizado próximo à membrana basal, migrará até atingir o pólo contrário da célula, ficando mais próximo do estrato intermédio (ARANA e KATCHBURIAN, 2004).

Com essa migração celular, estruturas como o complexo golgiense e o retículo endoplasmático rugoso são também induzidos a acompanhar essa troca de posição, visto que a rede de microtúbulos, quando sofre algum tipo de remodelação, altera o posicionamento das organelas que são fixas a essa estrutura e também do arcabouço externo da célula, como aconteceu no evento citado acima. A partir do momento que a inversão se completa, essas células se tornam pré-ameloblastos, uma fase antecessora das células secretoras da matriz orgânica do esmalte (ARANA e KATCHBURIAN, 2004).

Nas estruturas celulares ectomesenquimais da papila dentária que se localizam logo abaixo dos pré-ameloblastos, uma inversão polar também pode ser observada, tornando essas células, pré-odontoblastos. Esses começam a secretar a primeira camada de dentina do elemento dentário, denominada dentina do manto, um tecido pouco mineralizado e rico em vesículas da

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