POLO GASTRONÔMICO NA CIDADE DE SANTOS/SP – ESTUDO DE CASO NA RUA DR. TOLENTINO FILGUEIRAS.

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3) Metodologia 21

3.1 Amostragem 21

3.2 Coleta e analise de dados 22

4 – Resultados 23

5 – CONCLUSÃO 27

6 – DISCUSSÃO 28

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 29

APÊNDICE A 33

APÊNDICE B 34

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INTRODUÇÃO

Este trabalho apresenta um estudo sobre a Rua Tolentino Filgueiras em Santos, com enfoque na concentração de bares e restaurantes existentes nessa via, considerando a hipótese dessa aglomeração formar um cluster de gastronomia na cidade, e como esse cluster é percebido pelos proprietários e gerentes dos estabelecimentos.

A Rua Tolentino Filgueiras está localizada no bairro do Gonzaga, próxima dos maiores centros comerciais da cidade de Santos/SP e de uma área residencial nobre, popularmente conhecida como Vila Rica. Essa localização favorece o acesso ao tipo de clientela que esses empreendimentos alimentícios pretendem atingir. Devido à grande concentração de bares e restaurantes nessa região, podemos identificar o mesmo fenômeno que ocorre em outras cidades, porém o interesse do projeto é analisar o evento nessa região da cidade de Santos/SP.

Santos é a 10ª maior cidade do Estado de São Paulo, e a maior do litoral paulista. Tem como principal atividade econômica o Porto de Santos, o maior da América Latina. Ao lado das atividades relacionadas ao complexo portuário, que movimentam grande parte da economia local, a cidade possui vocação turística, com os sete quilômetros de praia, ladeados pelos jardins da praia, considerados o maior jardim de orla do mundo. Tem também como atrativo o Centro Histórico, que conserva a arquitetura da época áurea do comércio de café, no início do século XX.

A cidade foi fundada em 1554, e foi se urbanizando a partir do porto e do centro histórico, em direção às praias. Sob a administração do Prefeito Aristides Bastos Machado, um dos prefeitos mais urbanistas até então, foi entregue à população o primeiro trecho da orla urbanizada, os jardins da praia, entre o Hotel Internacional e o Canal 2 e no trecho Gonzaga-Boqueirão. No ano seguinte são inaugurados o Hotel Parque Balneário e o Atlântico Hotel, no Bairro do Gonzaga, em 1936. Desde então, a região da orla não parou de se desenvolver. O comércio e serviços ligados à gastronomia e hospitalidade se concentram principalmente nessa região de Santos, além de intensa atividade de lazer e cultura. Nessa efervescente região, foram surgindo os mais tradicionais restaurantes da cidade, os shoppings e suas praças de alimentação, e a partir da década de 90, os estabelecimentos gastronômicos começaram a se agrupar na Rua Tolentino Filgueiras, com a instalação da Cantina di Lucca, iniciando o polo gastronômico objeto deste estudo, seguindo uma tendência contemporânea de se articular sob a forma de clusters, no intento de obterem vantagens competitivas junto ao mercado.

JUSTIFICATIVA: A importância do presente estudo reside em analisar o funcionamento dos empreendimentos de Alimentos e Bebidas nessa rua, com o objetivo de comprovar a existência de um ‘cluster de gastronomia na região, as vantagens competitivas desse arranjo, e os desafios ainda enfrentados pelos empresários, para atender de forma ao menos satisfatória a expectativa de aumento populacional/flutuante, expandindo o mercado de trabalho, favorecendo o empreendedorismo e criando espaço para novos profissionais, assim como consultoria técnica especializada a essa demanda crescente.

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1) Objetivos Gerais

Constatar a existência de um APL de gastronomia na cidade de Santos –SP.

1.1) Objetivos Específicos

Polos gastronômicos é a denominação pela qual é conhecida uma aglomeração de bares, restaurantes e lanchonetes numa mesma rua ou região da cidade, que passa a ser uma referência de bons estabelecimentos gastronômicos, atraindo frequentadores nativos ou turistas. Essa concentração de restaurantes e bares o ocorre em Santos, na Rua Tolentino Filgueiras, estrategicamente localizada no bairro nobre do Gonzaga, em Santos/SP. Essa rua pode ou não caracterizar um APL, o que será observado no presente estudo.

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2) REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 - Empreendimentos gastronômicos: surgimento e evolução

Gastronomia pode ser definida como o estudo da relação do homem com o alimento e seu ambiente, e os diversos componentes culturais da alimentação humana.

A alimentação é uma necessidade biológica essencial para a existência, tão importante quanto respirar e tomar água, levando-se em conta que a ausência do alimento leva à morte. Comer é um ato pela vida, que todo ser, animal ou vegetal, tem que cometer para se manter vivo. No dizer de Cascudo ¹, “o estômago é dominador, imperioso, inadiável.”.

Nos primórdios da Humanidade, o homem não se diferenciava dos animais quanto à alimentação. A fome era uma necessidade fisiológica que tinha que ser satisfeita para a manutenção da vida e nada mais. À medida que o homem foi dominando a Natureza, foi deixando de ser nômade para se tornar sedentário e começou a dominar a técnica de cultivar e produzir alimentos desenvolveu uma relação diferente com a comida, que deixou de ser apenas uma necessidade física, para se tornar principalmente uma identidade social e cultural.

“... o primeiro elemento que distingue o homem civilizado das feras e dos bárbaros (...) é a comensalidade: o homem civilizado come não somente (e menos) por fome, para satisfazer uma necessidade elementar do corpo, mas também (e, sobretudo) para transformar a essa ocasião em momento de sociabilidade, em um ato carregado de forte conteúdo social e de grande poder de comunicação: ‘Nós não nos sentamos à mesa para comer – lemos em Plutarco – mas para comer junto.” (p.108) (FLANDRIN e MONTANARO, 2008).

Assim, vemos que um traço marcante