A IMUNOLOGIA DOS TUMORES

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Devido ao crescimento policlonal regulado e não maligno, uma célula pode se transformar e produzir células-filhas, nas quais são capazes de se ploriferar independentemente de sinais reguladores. A partir destas células transformadas de origem monoclonal, está a base para as doenças malignas que, além de sofrerem metástase para órgãos distantes e crescerem, provocam um crescimento desenfreado de células tumorais que invadem o tecido normal, desenvolvendo o câncer.

Uma célula normal possui várias maneiras de se transformar em uma célula maligna, que pode decorrer de diferentes causas, onde a natureza particular ajuda a determinar se o sistema imunológico do hospedeiro é capaz de se mostrar eficiente ao crescimento das celulas tumorais. Essas transformações ocorrem durante a divisão celular, através de mutações ou rearranjos gênicos aleatórios e também podem ser induzidos de modo alternativo por carcinógenos químicos, físicos ou virais.

Mecanismos efetores da imunidade humoral e da imunidade adquirida destroem células tumorais e aprimoram-se por meio de estrategias específicas para cada tipo de tumor. Respostas imunológicas naturais tem a capacidade de destruir celulas tumorais cultivadas, onde incluem-se as celulas NKs, que destroem diversos tipos de celulas tumorais, especialmente aquelas que tem a expressão de moléculas do MHC classe I induzida a expressão de ligantes para receptores ativadores das células NKs. Encontram-se também os macrófagos, que são capazes de inibir e de promover. o crescimento e disseminação de cânceres, dependendo do seu estado de ativação.

Respostas imunológicas adquiridas são compostas por células T, que são os principais mediadores da imunidade anti-tumoral, tendo como principal mecanismo a destruição das células tumorais por CTL CD8. As respostas pelas células T CD8 específicas contra antígenos tumorais podem exigir a apresentação dos mesmos por células dendríticas.

Diversos cânceres desenvolvem mecanismos que os auxiliam e evitam respostas imunológicas anti tumorais, podendo ser divididos entre intrínsecos às células tumorais e aqueles que são mediados por outras células conforme a figura 1.

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FIGURA 1- Mecanismos pelos quais os tumores escapam de defesas imunológicas. A imunidade antitumoral se desenvolve quando células T reconhecem antígenos tumorais e são ativadas. Células tumorais podem escapar de respostas imunológicas perdendo a expressão de antígenos ou de moléculas do MHC ou pela produção de citocinas imunossupres

As células são dirigidas a peptideos ligados ao MHC, derivados de antígenos mutáveis, expressos inapropriadamente nas células tumorais. Os indivíduos com deficiência de células T, no entanto, não desenvolvem mais tumores que os indivíduos normais. Isso ocorre provavelmente por que a maioria dos tumores não produz as proteínas antigênicas distintas e não expressam as moléculas co - estimuladoras necessárias para iniciar uma resposta imune adaptativa. Os tumores possuem outros modos de evitar ou suprimir as respostas imunes, como inibir a expressão de moléculas MHC de classe I ou produzir citocinas imunossupressoras.

4. CONCLUSÃO

Portanto, com base no conteúdo estudado, nota-se que um dos principais focos da imunologia de tumores é compreender seus mecanismos de desenvolvimento, com esperança de que as intervenções para a prevenção da evasão imunológica aumentem a imunogenicidade dos tumores para que possam maximizar as respostas do hospedeiro.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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JANEWAY, Charles A. Imunobiologia: o sistema imune na saúde e na doença \ Charles A. Janeway, Paul Travers, Mark Walport e Mark Shlomchik; trad. Cristina Bonorino… [et al.]. - 5.ed.- Porto Alegre : Artmed, 2002.

ABBAS, Abul K. Imunologia Celular e Molecular \ Abul K. Abbas, Andrew H. Lichtman, Shiv Pillai; [tradução de Cláudia Reali e outros]. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.