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TRABALHO DE PARASITO

Por:   •  15/8/2018  •  2.064 Palavras (9 Páginas)  •  339 Visualizações

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Figura 1. Macho e fêmea de S. Mansoni

Fonte: www.google.com

2.3 OVO

O ovo mede cerca de 150 de comprimento por 65 µm de largura, sem opérculo e assim ao entrar em contato com a água, o miracídio sai por uma fenda oblíqua, aberta por ele próprio na casca. Apresenta um formato oval, e na parte mais larga possui um espículo voltado para trás. O que caracteriza o ovo maduro é a presença de um miracídio formado, visível pela transparência da casca. O ovo maduro é a forma usualmente encontrada nas fezes.

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Figura 1. Ovo de S. mansoni

Fonte: www.google.com

2.4 MIRACÍDIO

É recoberta por cílios e enquanto está dentro do ovo pode ser visto movimentando-se no seu interior. Mantém um aspecto piriforme, com o ‘’cone de penetração’’ localizado na porção apical e mais larga da larva. Assim que alcança a água, o miracídio alonga-se e passa a nadar ativamente em círculos, buscando o molusco para penetrar e completar seu ciclo. O miracídio mede aproximadamente 180 µm de comprimento por 60 de largura, tem uma longevidade muito curta, pode variar cerca de 8 a 10 horas, porém só é capaz de penetrar no molusco nas primeiras 3 ou 4 horas depois que saiu do ovo.

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Figura 2. Miracídio de S. mansoni

Fonte: Livro de Parasitologia Dinâmica

2.5 ESPOROCISTO

Nas primeiras horas após a penetração do miracídio nas partes moles do molusco, ele perde suas estruturas externas, imobiliza-se e as células germinativas entram em um processo de remodelação e de reorganização, tomando um aspecto de um saco. Em um período de 6 a 8 dias, as células germinativas passam a se reproduzir, formando o esporocisto primário. Depois de poucos dias formam-se cerca de 20 a 40 esporocistos filhos no interior do esporocisto primário, que são liberados após o seu rompimento. Eles migram para a região do ovotestis e do hepatopâncreas do molusco, onde amadurecem. O esporocisto maduro aparece cerca de um mês após a penetração do miracídio, medindo cerca de 1,5 mm de comprimento. Possui parede espessa e um poro, por onde as cercárias sairão.

2.6 CERCÁRIA

Em geral, cerca de um mês depois que o miracídio penetrou no molusco, tem início a eliminação de cercarias que, como o miracídio, não é capaz de se alimentar, razão pela qual apresenta uma longevidade muito curta em torno de 8 a 12 horas e sua capacidade de penetração é mais acentuada nas primeiras 3 a 4 horas. O aspecto da cercária é característico, formando um corpo e uma cauda, que por terminar em uma bifurcação lhe dá o nome de ‘’furcocercária’’. Mede cerca 500 µm (0,5 milímetro) : o corpo possui 0,2 mm de comprimento e a cauda 0,3 mm de comprimento. No corpo dela podem ser observadas uma ventosa oral, onde se abrem as glândulas de penetração e tem início o rudimento do aparelho digestivo; e uma ventosa ventral ou acetábulo, que é maior, mais proeminente e mais musculosa. É com essa ventosa ventral que a cercária fixa-se na pele do hospedeiro para iniciar a penetração.

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Figura 3. Cercária

Fonte: Alan Lane de Melo- UFMG (2008)

2.7 ESQUISTOSSÔMULO

Essa é a forma intermediária entre a cercária que acabou de penetrar no paciente e o verme adulto irá se instalar no sistema porta humano. É, portando, uma forma capaz de migrar pelos tecidos e vasos do paciente, com capacidade imunogênica e também alvo das defesas específicas produzidas. Apresenta morfologia e fisiologia bastante diferentes da fase que lhe precedeu e da que lhe sucederá. Possui um aspecto vermiforme, com tegumento heptalaminar, apresentando ventosa oral, ventosa ventral e aparelho digestivo rudimentar, não sendo ainda possível distinguir os sexos.

3. HOSPEDEIROS

O principal hospedeiro e reservatório do parasita é o homem, sendo a partir de suas excretas (fezes e urina) que os ovos são disseminados na natureza.

O hospedeiro intermediário são os caramujos do gênero Biomphalaria, a espécie é Biomphalaria glabrata.

4. CICLO DE VIDA

O ciclo biológico de S. mansoni apresenta uma alternância de gerações entre o hospedeiro intermediário, moluscos do gênero Biomphalaria spp., e os hospedeiros definitivos vertebrados, dentre eles o homem. O ciclo de vida de S. mansoni inicia-se quando as fezes de indivíduos contaminados, contendo ovos do parasito, entram em contato com a água doce. Os ovos, em contato com a água, eclodem, liberando miracídios, que são a forma infectante do hospedeiro invertebrado.

Os miracídios infectam novos caramujos e cada miracídio se transforma em esporocisto I. Cada esporocisto I, por poliembrionia, origina 150 a 200 esporocistos II, que migram para as glândulas digestivas e ovoteste do caramujo, originando as cercárias que serão liberadas na água. A cercária, forma infectante do hospedeiro vertebrado, infecta o homem por penetração ativa na pele. Ao penetrar na pele, as cercárias perdem a cauda, transformando-se em esquistossômulos. Os esquistossômulos migram para os pulmões cerca de 7 dias após a penetração e, posteriormente, para o sistema porta hepático. Após a maturação, aproximadamente 45 dias após a infecção, os vermes adultos se alojam no plexo mesentérico e vivem por vários anos, podendo viver até 20 anos, no hospedeiro definitivo (Coelho 1970).

O ciclo se completa com a postura de ovos pela fêmea, aproximadamente 300 ovos por dia (Pellegrino & Coelho 1978; Valadares et al., 1981). A grande parte dos ovos é eliminada junto às fezes. Contudo, alguns ainda ficam retidos na mucosa intestinal e nos capilares do sistema porta do hospedeiro, onde desencadeiam uma reação inflamatória granulomatosa. A reação granulomatosa que se forma ao redor dos ovos é a principal causa da patogenia da esquistossomose. A reação granulomatosa resulta em fibrose do tecido. A fibrose dos órgãos e a obstrução do plexo venoso podem levar à hipertensão portal, hepatomegalia, esplenomegalia, ascite

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