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Importância de Elementos Quimícos na Nutrição Animal

Por:   •  12/4/2018  •  4.535 Palavras (19 Páginas)  •  293 Visualizações

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Esse processo é chamado de digestão, e só é possível graças aos elementos químicos presentes no organismo, como o ácido clorídrico (HCl) que mantém a acidez estomacal, dando condição favorável ao trabalho das enzimas presentes no suco digestivo para que elas possam decompor os alimentos em partículas menores.

Durante o processo digestivo, as substâncias alimentícias sofrem uma degradação que as transformam em produtos de peso molecular mais baixo, perdendo assim suas características específicas originais, com a finalidade de deixar à disposição do organismo os nutrientes que as compõem. A digestão constitui uma função vital composta por processos físicos e químicos, intimamente relacionados os sistemas nervoso e humoral. O aparelho digestivo é constituído, essencialmente, de reservatórios que se comunicam por tubos diversamente contornados e de calibre irregular, que se podem isolar mais ou menos completamente graças à existência de esfíncteres e de órgãos anexos, que intervêm seja na preensão dos alimentos tais como lábios, língua e dentes; seja na digestão propriamente dita – glândulas anexas. Ainda que os processos digestivos sejam comparáveis em todos os animais superiores, as disposições anatômicas e suas manifestações funcionais são muito diferentes nas várias espécies.

Podemos fazer a separação, considerando os pontos de vista anatômico e de regime alimentar, de cinco tipos de aparelho digestivo nas espécies de interesse econômico ou doméstico:

- Herbívoros de estômago composto (Ruminantes);

- Herbívoros de estômago simples (Equinos);

- Carnívoros (Cão e Gato);

- Onívoros (Suínos);

- Aves

Os alimentos uma vez no esôfago são transportados ao estômago por contração (peristaltismo) da musculatura do esôfago. A primeira secreção digestiva que atua sobre os alimentos é a saliva, secreção mista formada pelos produtos das glândulas parótidas, submaxilares, sublinguais e bucais. A segunda é o suco gástrico, secretado na mucosa do estômago por glândulas secretoras constituídas por diferentes células (mucoides, pépticas e parietais ou ácidas).

O suco gástrico é constituído por um composto químico, o HCl, secretado por glândulas parietais existentes principalmente no colo e tubo glandular. O ácido clorídrico tem uma concentração variável conforme o tipo de alimento ingerido pelo animal, grau de concentração deste alimento ingerido e quantidade de saliva presente no estômago. A solubilização de minerais e a ativação da pepsina (secretada na forma de pepsinogênio) são feitas pelo HCl, que determina também a secreção de secretina, responsável pela secreção do suco pancreático (mensagem hormonal). O HCl ainda exerce uma potente ação antisséptica sobre os microrganismos ingeridos acidentalmente junto com os alimentos.

O problema da alimentação é de importância capital na prática da criação de animais domésticos, em razão das repercussões econômicas das soluções que lhe são dadas. Dentre os fatores que condicionam o rendimento das produções animais, a alimentação, que fornece ao organismo as matérias necessárias à elaboração das produções, representa o meio mais eficaz de que dispomos atualmente.

Os alimentos são constituídos por Água e Matéria Seca (Matéria orgânica + Matéria mineral). Na matéria orgânica dos alimentos encontramos quatro grupos de substâncias diferenciadas por suas propriedades químicas, físico-químicas e biológicas que são os carboidratos, os lipídios, as proteínas e as vitaminas.

Na matéria mineral, por sua vez, encontram-se todos os elementos minerais conhecidos, mas em quantidade e formas variáveis. São denominados Sais Minerais e são divididos em: Macroelementos e Microelementos.

Os macroelementos incluem cálcio, magnésio, sódio, potássio, fósforo, enxofre e cloro. São necessários em quantidades relativamente grandes, da ordem de gramas por dia. Geralmente exercem mais de uma função. Habitam em maior quantidade no nosso organismo. No entanto, é conjuntamente com os microelementos que asseguram a construção e a reparação dos tecidos, intervindo diretamente na regulação do metabolismo celular.

Os microelementos são necessários em quantidades muito pequenas, mas que são responsáveis pelo desenrolar de numerosos processos metabólicos, onde se associam, muitas vezes, a certas vitaminas. Dentre os vários microelementos, 15 são considerados essenciais, por participarem diretamente nas funções das enzimas. São eles ferro, iodo, cobre, manganês, zinco, cobalto, molibdênio, selênio, vanádio, níquel, cromo, estanho, flúor, silício e arsênio. São exigidos na ordem de miligramas ou microgramas.

Veremos a importância dos principais elementos químicos presentes no organismo animal e suas características se forem encontradas em excesso ou déficit no animal.

- CÁLCIO E FÓSFORO

- Cálcio

É o elemento natural mais abundante no organismo animal. O teor no organismo fica em torno de 1,5 e 2%. Forma 90% do esqueleto e se apresenta em pouca quantidade nos tecidos moles. No que diz respeito à produção se encontra principalmente combinado com caseína, que é uma proteína presente no leite, rica em fósforo, capaz de ligar íons de cálcio e fundamental para a nutrição de lactentes.

O cálcio exerce funções como:

- Contribui para a sua ossificação

- Exerce um poder tampão (correspondente a uma necessidade de equilíbrio do pH do rúmen, por exemplo)

- Entra na constituição dos líquidos internos (sangue)

- Entra na constituição das secreções (hormonas, leite)

Essas funções são divididas em plásticas e dinâmicas. A função plástica se apresenta na formação de tecido ósseo (ossificação). A ossificação consiste na transformação de tevido mole em tecido ósseo pel deposição de minerais, o cálcio participa com cerca de 34% no resíduo de mineral. O tecido ósseo também funciona como uma reserva de cálcio para o corpo.

As funções dinâmicas do cálcio são para manter a permeabilidade normal das células ajudando no controle da pressão osmótica.

A deficiência de cálcio pode

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