AS CARACTERÍSTICAS RACIAS LARGE WHITE E PIAU- DENTIÇÃO E MORFOLOGIA EXTREMA DOS SUÍNOS
Por: Salezio.Francisco • 23/12/2018 • 4.560 Palavras (19 Páginas) • 454 Visualizações
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Função dos dentes..............................................................................................................................18
Desenvolvimento dentário de um suíno.............................................................................................19
Conclusão...........................................................................................................................................22
Referências.........................................................................................................................................23
Anexos...............................................................................................................................................24
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INTRODUÇÃO
Os porcos são criados em todo o território brasileiro e também em quase todo o mundo. É uma importante fonte de alimentação, sua carne é uma das mais consumidas e de várias formas, a gordura retirada é chama de banha e seus pelos duros, servem como cerdas de escova e da sua pele é feito couro.
Este trabalho tem como finalidade apresentar as características morfológicas dos porcos, falando um pouco sobre a história do porcos, como foi sua chegada ao Brasil e suas evoluções de características através dos cruzamentos de raças.
Descrevo também as características que diferenciam duas das raças mais conhecidas e utilizadas no Brasil, a raça estrangeira Large White e a raça de origem brasileira Piau.
Finalizo o trabalho apresentando as dentições dos porcos, descrevendo de forma detalhada e em ordem qual o surgimento dos dentes e suas utilidades.
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HISTÓRIA DOS SUÍNOS
O Javali Europeu é um animal que tem o nome cientifico de Sus Scrofa. Ele é um paquiderme (ordem de mamíferos) que é oriundo dos continentes africano e asiático, sendo considerado o pai dos porcos domésticos, tão conhecidos por todos nós. Apesar de serem animais originados da Ásia e da África, os Javalis estão distribuídos por todo o mundo, porém devido a alguns danos que eles podem causas (principalmente as plantações), eles estão extintos em alguns países. (FAGANELLO, 2009)
Segundo COSTA (2011) no Brasil os primeiros animais chegaram em 1534 em São Vicente com Martim Afonso de Souza. Os rebanhos por aqui evoluíram bastante e já em 1580, viajantes e cronistas descreviam a quantidade de porcos que viam nas diversas regiões. No Brasil, como em quase todo o mundo, até a década de 1950, o porco além da carne era o fornecedor da banha para a cozinha.
Na década de 1950 também houve a introdução de raças europeias especializadas na produção de carne e começou a criação industrial sendo que os estados da região sul se destacaram nesta atividade. (COSTA, 2011)
O porco selvagem possuía 70% de massa anterior e 30% de posterior, o que é o inverso do que acontece com as melhores raças de suínos criados na atualidade. No javali e outros animais selvagens, a parte anterior, onde as carnes são de menores valores, é que era a mais rica, enquanto a parte posterior, com a domesticação, o javali não necessitava mais procurar sua alimentação e não possuía mais inimigos dos quais necessitava fugir, com exceção do criador que o abatia mais tarde. A transformação do porco selvagem começou quando ele passou a viver ao redor das habitações dos homens e depois em chiqueiros fechados, recebendo toda a alimentação que necessitava. Dessa maneira o suíno foi adquirindo uma nova forma. Foi tomando o formato de um paralelepípedo, de comprimento pequeno ou médio, com uma grande papada na cabeça e quartos traseiros mais amplos do que tinham os seus ascendentes selvagens. O perímetro torácico foi sendo reduzido com a vida sedentária e o coração e os pulmões foram envoltos em uma grossa camada de gordura. Assim, a criação do suíno se expandiu, porque era o animal ideal para o homem, já que lhe fornecia grande quantidade de gordura, além de carne. Foi esse o período do porco tipo banha, que se estendeu desde o início do século XX. A massa de carne e gordura do suíno se dividia entre 50% na parte anterior e 50% na posterior. (Ags, 2015)
De acordo com Costa, Leopoldo (2011) antes o porco vivia solto nas fazendas fuçando os terrenos úmidos ou confinado em um rústico chiqueiro. Comiam restos das refeições que ficassem nos pratos ou estragasse, a ‘lavagem’, alguns tubérculos e raízes e um pouco de milho em espiga. Levava-se até 9 meses para atingir o peso de abate de 100 kg, apresentando apenas 45% de carne na carcaça. Consumia cerca de 4 quilos de alimentos para produzir 1 quilo de carne. A espessura da camada de toucinho atingia de 5 a 6 centímetros. Atualmente, com a criação industrial, os animais crescem confinados em condições higiênicas, alimenta-se com rações balanceadas à base de milho, farelo de trigo e soja. Atingem em 150 dias o peso de 100 kg e a taxa de conversão é de 2 kg de ração para 1 kg de carne. Podendo ser obtido entre 58% a 62% de carne por carcaça, sendo a camada de toucinho entre 1,5 cm e 1 cm. A carne suína tornou-se mais saudável, baixando o seu nível de colesterol. Apresenta um nível de gordura intramuscular entre 1,1% e 2,4%, semelhante ao da carne de aves sem pele e bem abaixo da taxa média de 2,5% da carne bovina e da taxa de 6,5% da carne ovina.
No cenário atual a carne suína no Brasil é produzida com alta tecnologia, manejo e também possui certificação sanitária. A produção, hoje, ocorre em propriedades pequenas, médias e integradas a grandes processadores. A produção integrada compreende o fornecimento por parte da indústria processadora de insumos e tecnologia, bem como métodos e procedimentos de trabalho. O sistema integrado tem o objetivo de produzir de acordo com as normas e fornecer o produto com qualidade e características solicitadas pela indústria, que por sua vez, é responsável por processar e distribuir aos pontos de venda e finalmente promover o produto para o mercado consumidor com ações de marketing. A carne animal é considerada forma básica de alimentação. Neste sentido, estudiosos defendem que consumo de proteína animal pode ter propiciado o desenvolvimento de forma acelerada do cérebro e consequentemente a inteligência do ser humano. Finalmente na carne encontra-se um grande número de
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