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Parasitologia Clamydia

Por:   •  13/9/2018  •  2.615 Palavras (11 Páginas)  •  296 Visualizações

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SINAIS E SINTOMAS

A enfermidade causa dor durante a micção e pode ter como consequência a infertilidade. Em torno de 75% das mulheres e 50% dos homens infectados não apresentam sintomas. Caso os sintomas apareçam, eles geralmente se manifestam entre 1-3 semanas depois da contaminação através do sexo.

Nas mulheres a bactéria inicialmente infecta o cérvix ou a uretra. Mulheres que apresentam sintomas podem ter secreções vaginais anormais e sensação de queimação ao urinar. Quando a infecção se espalha do cérvix às trompas de Falópio, algumas mulheres ainda podem não apresentar nenhum sintoma, outras têm dores no abdômen inferior e na parte de baixo das costas, náusea, febre, dor durante o sexo e sangramento entre os ciclos menstruais. Infecção por Chlamydia no cérvix pode se espalhar para o reto.

Mulher infectada pela Chlamyda trachomatis durante a gestação está mais sujeita a partos prematuros e a abortos. Nos casos de transmissão vertical na hora do parto, o recém-nascido corre o risco de desenvolver um tipo de conjuntivite (oftalmia neonatal) e pneumonia.

Homens com sintomas podem ter secreções no pênis ou sensação de queimação ao urinar. Homens também podem ter coceira ao redor da abertura do pênis. Dor e inchaço nos testículos são incomuns.

Homens ou mulheres que tiveram intercurso anal receptivo podem adquirir infecção de clamídia no reto, o que pode causar dor na região, secreções ou sangramento. A Chlamydia também pode infctar a garganta de homens e mulheres que tiveram sexo oral com parceiros infectados.

Por se tratar de uma doença sexualmente transmissível, o uso de camisinha (mesmo em sexo anal ou oral) e higiene pós-coito são medidas extremamente necessárias.

DIAGNOSTÍCO

A infecção por Chlamydia pode ser facilmente diagnosticada através de um simples exame de urina, uma vez diagnosticada pode ser tratada com antibióticos. A Chlamydia não diagnosticada pode levar a problemas mais sérios de saúde á longo prazo e infertilidade.

O exame de urina, da secreção uretral e do material obtido por esfregaço na uretra (nas mulheres, também o material colhido no colo do útero) e o exame para detectar os anticorpos anticlamídia (IgM) são de extrema importância.

TRATAMENTO

A Chlamydia pode ser facilmente tratada e curada com antibióticos. Todos os parceiros sexuais devem ser avaliados, testados e tratados. Pessoas com Chlamydia devem abster-se de intercurso sexual até que elas e seus parceiros sexuais estejam completamente curados, do contrário a infecção pode ocorrer novamente. Ter múltiplas infecções por Chlamydia pode colocar a mulher sob alto risco de complicações reprodutivas, incluindo infertilidade nas mulheres.

Não existe vacina contra a Chlamydia. A única forma de prevenir a transmissão da bactéria é o sexo seguro com o uso de preservativos.

Uma vez instalada a infecção, o tratamento consiste no uso de antibióticos específicos (azitromicina, doxiciclina, eritromicina, minociclina, por exemplo) e deve incluir o/a parceiro/a para evitar a reinfecção. É recomendável suspender as relações sexuais nesse período.

CONTROLE

Pratique sexo seguro;

Procure o médico, assim que manifestar algum sintoma que possa sugerir uma doença sexualmente transmissível. Chlamydia e gonorreia são infecções que, com frequência, estão associadas;

Evite o contato sexual com múltiplos parceiros; Siga criteriosamente a orientação do médico sobre a duração do tratamento e as doses dos medicamentos.

ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E FISIOPATOLÓGICOS

A Chlamydia tem afinidade por células do epitélio glandular, podendo infectar as mais diferentes estruturas que possuam esse tipo de epitélio, razão pela qual suas manifestações se fazem não somente nos órgãos genitais, mas também nos pulmões, conjuntivas e outras estruturas.

As uretrites e a doenças inflamatórias pélvicas causadas pela Chlamydia trachomatis têm sido predominantes nos dias atuais, sendo mais freqüente que a etiologia gonocócica. A associação da Chlamydia com Neisseria gonorrhoeae ocorre em cerca de 20% a 40% dos homens infectados e em 40% a 60% das mulheres. Contudo, está comprovado que a transmissão da Chlamydia do homem infectado para a mulher é mais frequente do que a Neisseria.

A endocervicite causada por Chlamydia ocorre em cifras que oscilam de 10% na população geral até 40% na população de risco. Deve-se salientar qual grupo é considerado de risco e, segundo a literatura, pertencem ao mesmo, pessoas com as seguintes características: multiplicidade de parceiros sexuais, mulheres com lesões do colo do útero, portadores de outras doenças sexuais, adolescentes e adultos jovens, imuno deprimidos e nível socioeconômico mais baixo. Aspecto a destacar é que com freqüência detectam-se portadores assintomáticos. Em levantamento no Setor de Doenças Sexualmente Transmissíveis do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, encontrou-se cerca de 12% de mulheres assintomáticas, mas infectada por essa bactéria.

As mulheres grávidas portadoras dessa infecção, com sintomas ou não, constituem um grupo especial, pois podem apresentar complicações como: endometrite e ou salpingite em 10% a 20% dos casos, e os recém- nascidos dessas mulheres apresentam conjuntivite em 15% a 25% e pneumonia em 3 a 16%.

A presença assintomática de Chlamydia tanto em mulheres como em homens não tem explicação plena, mas provavelmente decorre da competência imunológica do hospedeiro. Está bem demonstrado que na forma infectante dessa bactéria, o corpúsculo elementar liga-se à célula hospedeira do epitélio colunar por meio de receptores específicos. Nesse processo, ocorre fagocitose incorporando a bactéria ao citoplasma celular, posteriormente à mesma diferencia-se em corpúsculo reticular que é a forma metabolicamente ativa. A própria Chlamydia deve secretar alguma substância que impede a sua destruição pelos lisossomos. Trabalhos experimentais demonstraram que para ocorrer o ciclo vital completo, deve haver divisão binária dos corpúsculos reticulares, até que todo o ATP e os aminoácidos das células hospedeiras sejam consumidos. Nessa etapa, os corpúsculos reticulares recém – formados sofrem nova metamorfose formando corpúsculos elementares e com a lise da célula hospedeira,

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