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O Trabalho de Parasitologia

Por:   •  15/10/2018  •  3.634 Palavras (15 Páginas)  •  339 Visualizações

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A maioria dos ácaros parasita é de ectoparasitas de animais tanto vertebrados como invertebrados, mas existem outras formas de parasitismo. Alguns ácaros se tornaram parasitas internos através de uma invasão das vias aéreas de passagem dos vertebrados e dos sistemas traqueais dos artrópodos.

Muitos ácaros só são parasitas como larvas. Por exemplo, os estágios larvais dos ácaros de água doce são parasitas de insetos aquáticos e mariscos. Os estágios juvenis dos ácaros-de-colheita comuns (Trombiculidae) parasitam a pele dos vertebrados.

Porém, muitos ácaros são parasitas durante seu ciclo de vida inteiro, se prendendo ao hospedeiro apenas durante os períodos de alimentação, como é o caso dos carrapatos, discutido mais a frente.

Existem também os ácaros que passam o seu ciclo de vida completo presos ao hospedeiro, como o ácaro-da-sarna (Psoroptidae e Sarcoptidae) dos mamíferos. O ácaro-da-sarna humana (Sarcoptes scabieil) escava a epiderme, causando irritação pelas secreções que o mesmo elimina. A fêmea deposita seus ovos nos túneis por um período de 2 meses, após o qual ela morre. Ela põe até 25 ovos a cada dois ou três dias. Os ovos eclodem em poucos dias e podem passar para outro hospedeiro pelo contato com as áreas infectadas da pele.

- Morfologia e Fisiologia Interna Geral

- Sistema Excretor

Um a quatro pares de glândulas coxais e/ou um par de túbulos de Malpighi.

- Sistema Circulatório

Reduzido, consistindo, normalmente, em uma rede de seios. A circulação resulta da contração dos músculos corporais.

- Sistema Respiratório

Em alguns ácaros os órgãos de troca gasosa desapareceram totalmente, mas a maioria tem tranqueias. Os espiráculos variam de 1 a 4 pares, localizados na metade anterior do corpo.

- Órgãos Sensoriais

Possuem cerdas sensoriais, que possivelmente detectam as correntes de vento, para que o ácaro se mova mais para baixo no interior do húmus de folhas (adaptação contra dessecação). Muitos ácaros são cegos, porém alguns possuem olhos simples.

- Sistema Reprodutor

Sistema Reprodutor Masculino: Um par de testículos lobados, um vaso deferente, gonóporo mediano ou pênis quitinoso e orifício genital.

Sistema Reprodutor Feminino: Um único ovário de tamanho variável, oviduto, orifício genital, receptáculo seminal e glândulas acessórias.

Assim como em outros aracnídeos, o esperma é transmitido indiretamente na maior parte dos ácaros. Pode-se depositar um espermáforo no substrato e depois uma fêmea pode apanhá-lo, ou as quelíceras masculinas podem transportá-lo ou, no caso de ácaros aquáticos, o terceiro par de pernas pode transportá-lo. Alguns ácaros injetam o esperma pelas quelíceras no interior de aberturas especiais na fêmea. Ainda pode ser transmitido diretamente para o interior da fêmea através do pênis nos Actinotrichida.

Após um período de incubação de 2 a 6 semanas, uma “larva” de seis pernas eclode do ovo. O indivíduo jovem tem estruturas diferentes das que os adultos possuem, como o quarto par de pernas, que é adquirido após uma muda, quando a larva se transforma em uma protoninfa. Depois de mais algumas mudas se transformam em deutoninfa, em seguida em tritoninfa e finalmente em adultos.

- Ordens Ascarinas

Se diferenciam dos outros aracnídeos por terem um gnatossomo e um estágio de desenvolvimento de seis pernas.

- Ordem Opilioacarida (Nostostigmata)

Grandes ácaros primitivos coriáceos. Apresentam abdômen segmentado. Têm coloração roxa a azul-esverdeada e lembram os opilões. Onívoros ou predadores, vivem em restos de folhas e por baixo de pedras. Subtropicais e tropicais.

- Ordem Holothyrida (Tetrastigmata)

Grandes ácaros predadores da Austrália, da Nova Zelândia e dos trópicos americanos. Seu corpo é recoberto por um escudo convexo, e existem dois pares de espiráculos: um junto às terceiras coxas e outro por trás das quartas coxas.

- Ordem Gamasida (Mesostigmata)

Um grande grupo de ácaros com um par de espiráculos traqueais opostos às segundas e quartas coxas ou entre as terceiras e quartas coxas. Quelíceras recobertas por uma extensão dorsal do gnatossomo. A superfície corporal dorsal pode ser recoberta com placas, que vão variar em número e posição. Espécies de vida livre e parasitas.

Nessa subordem interessam em medicina as famílias Macronyssidae e Dermanyssidae, cujos representantes são conhecidos entre nós como "piolhinhos" de ninhos de galinhas. Os Dermanyssoidea incluem parasitas economicamente importantes de aves (ácaros-vermelhos) e mamíferos.

- Família Macronyssidae

Quelíceras alongadas, escudo dorsal simples ou duplo e uma placa estemal. Patas longas e carunculadas. Nesta família, estão incluídas as seguintes espécies de importância em parasitologia: Ornithonys susbursa e Ornithonys sussilviarum. Os adultos têm o corpo ovalado e medem 1 mm de comprimento. São encontrados nos ninhos e nas aves. Podem parasitar os humanos, sugando sangue e provocando uma dermatite, muitas vezes com prurido intenso. Seu controle tem sido feito atualmente com inseticidas piretróides.

- Ordem Ixodida (Metastigmata)

Os ixodideos, mais comumente conhecidos como carrapatos, são acarinos de porte relativamente grande, ectoparasitos sugadores de sangue de vertebrados. Boca com dentes recurvados e modificados para perfuração. Um espiráculo traqueal localizado em frente ou atrás do terceiro ou quarto par de coxas. Têm grande resistência ao jejum e podem transmitir vários patógenos (protozoários, bactérias, espiroquetas, riquétsias, vírus e filárias). Alguns destes patógenos podem ser transmitidos transovarianamente a sua progênie, funcionando simultaneamente como vetores e reservatórios. Deve ser salientado que os ixodídeos superam todos os outros artrópodes em número e variedade de doenças que transmitem aos animais domésticos e são, depois dos mosquitos, os mais importantes vetores de doenças humanas. Além da espoliação

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