FARMACOGNOSIA II PRÁTICA ANÁLISE DO ÓLEO DE COPAÍBA
Por: SonSolimar • 4/12/2018 • 1.135 Palavras (5 Páginas) • 418 Visualizações
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Pesou-se 2g de óleo em um Erlenmeyer, adicionou-se 5ml de álcool etílico e agitou-se. Logo após colocou 2 gotas de solução alcoólica de fenolftaleína 1%. E titulou-se a solução com hidróxido de sódio até que a coloração se tornasse rosa. Em seguida, adicionou-se 20 ml de hidróxido de potássio com a bureta. Logo após o Erlenmeyer foi adicionado a um condensador de refluxo, onde foi aquecido em banho maria por 30 minutos. Após resfriado adicionou-se 2 gotas de fenolftaleína e titulou-se com HCL 0,5 N até a mudança da coloração para incolor.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
- Cálculo de densidade
Peso picnômetro (H2O) = 21,177g
Peso picnômetro (óleo) = 21,071g
Peso picnômetro (óleo) = 21,071 = 0,994 g/mL
Peso picnômetro (H20) 21,177
- Índice de acidez
IA = V x N x 56,1
m
IA = 16,6 x 0,1 x 56,1 = 46,563
2
Onde:
V: volume de solução de NaOH gasto na titulação
N: normalidade da solução de NaOH
M: massa da amostra em g
- Índice de éster
- Diferença do valor de HCL
VHCl = Vamostra - Vbranco
VHCl = 21,9 – 21,7 = 0,2 mL
IA = V x N x 56,1
m
IA = 0,2 x 0,5 x 56,1 = 2,805
2
Onde:
V: representa a diferença entre os volumes de solução de HCl gastos na titulação da amostra e do branco, em mL
N: normalidade da solução de HCl
M: massa da amostra de óleo em g
Realizado o estudo farmacognóstico, pode-se observar que o óleo de copaíba apresenta cor âmbar, é líquido e viscoso, com odor característico e sabor amargo.
Em relação ao teste de solubilidade, nos tubos que continham clorofórmio, éter de petróleo, álcool absoluto e álcool amílico houve solubilização do óleo, porém no tubo que se adicionou água formou-se duas fases, devido sua baixa solubilidade em água (Sigrist, 2015), caracterizando o composto em análise como uma espécie química apolar.
No sexto tubo, onde foi adicionado uma maior quantidade de éter de petróleo, houve formação de precipitado branco no fundo do tubo, devido a presença de outros componentes do óleo (ceras e parafinas, por exemplo) que também reagem com o solvente citado.
Segundo Emfal (ficha de informação técnica), a análise de densidade do óleo de copaíba foi satisfatória, apresentado valor de 0,994 g.cm-3, estando dentro dos padrões estabelecidos de 0,940 g.cm-3 a 0,995 g.cm-3 a 25°C.
Realizando os cálculos dos índices de acidez (46,563) e éster(2,805), foi constatado que o valor de IA foi menor que 80 mg KOH/g e o IE menor que 23 mg KOH/g, indicando assim, amostra adulterada com óleo mineral ou etanol.
CONCLUSÃO
A caracterização organoléptica apresentou propriedades do óleo previamente estabelecidas na literatura, bem como a análise da densidade, a qual correspondeu aos padrões estabelecidos pela Emfal. No entanto, ensaios de pureza envolvendo índice de acidez e índice de ésteres revelaram um material adulterado, provavelmente com minerais ou etanol.
Apesar do óleo de copaíba apresentar odor pronunciado, mesmo após diluição, seu rendimento é baixo, o que torna o preço do produto elevado, favorecendo falsificações e adulterações com óleo de soja e até mesmo óleo diesel.
A estratégia de reduzir o preço de determinado produto ou mesmo manter o preço elevado, ainda que a mercadoria esteja adulterada ou falsificada reforça a necessidade em manter os ensaios do controle de qualidade, para que sobretudo o consumidor adquira um produto seguro e eficaz, que cumpram os requisitos estabelecidos pelo órgão regulamentador do país.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FALCONI, Armando. Óleo de Copaíba. Disponível em: https://orienteocidente.wordpress.com/2016/02/20/oleo-de-copaiba-2/. Acesso em 31 de maio 2017.
Biavatti, M. W.; Dossin, D.; Deschamps, F. C.; Lima, M. P. Análise de óleos-resinas de copaíba: contribuição para o seu controle de qualidade. Rev. bras. farmacogn. vol.16 no.2 João Pessoa, 2006. Disponível em: >. Acesso em: 31 de maio 2017.
Sigrist S. Copaíba, óleo-de-pau. Medicinais-aromáticas-condimentares.
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