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Citologia Esfoliativa

Por:   •  26/3/2018  •  1.892 Palavras (8 Páginas)  •  541 Visualizações

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CLASSIFICAÇÃO DAS INFLAMAÇÕES: - Qto ao tempo de evolução – aguda ou crônica.- Qto ao local - vaginite, cervicite, vulvite e endometrite.EXPRESSÕES CLÍNICAS

- mucosas: áreas avermelhadas, pontilhados avermelhados (aspecto de framboesa),- glândulas mucíparas: hipersecretoras – muco espresso- lesões: ulcerações/perda total do tecido, erosões/parcial- secreções: branca, amarela, viscosa, sanguinolenta, em grumos...- odor: sem cheiro ou fétido

OBS: Durante a colheita, em casos de lesões, não mexer, sugerir colposcopia. CÉLULAS QUE ACOMPANHAM O ESFREGAÇO CERVICOVAGINAL EM PROCESSOS INFLAMATÓRIOS:

- leucócitos polimorfonucleares (neutrófilos): numerosos, isolados ou em aglomerados – infiltrado leucocitário,

- linfócitos: aparecem em lesões crônicas em todas suas formas de evolução, desde o pequeno linfócito até o linfoblasto,

- plasmócitos: são raros,

- macrófagos: mononucleados ou multinucleados, contém fragmentos celulares (fagocitose), é comum em infecções crônicas,

- hemácias: podem aparecer bem conservadas ou lisadas, são comuns nos esfregaços inflamatórios, pois as mucosas atróficas sangram mais facilmente. As hemácias podem mascarar as células epiteliais e tornar a leitura do esfregaço difícil ou impossível,pequena quantidade de células parabasais (depende do grau de erosão do epitélio),

- muco: abundante, espesso e de aspecto poluído (leucócitos, histiócitos, eritrócitos...),

- bacilos de Döederlein: podem estar presentes em abundância ou em quantidade menores quando a resistência local está diminuída.- CÉLULAS DO EPITÉLIO EM PROCESSO INFLAMATÓRIO: o processo inflamatório modifica o tipo celular predominante no esfregaço, assim em mulheres jovens, ulcerações da mucosa provocam apareci/o de células parabasais; e em mulheres na menopausa, a proliferação celular sugere falso estímulo estrogênico.ESTUDO DAS MODIFICAÇÕES CELULARES

A) Em relação ao citoplasma: Perda das bordas citoplasmáticas, Rarefação do citoplasma, Condensação do citoplasma, Citoplasma esgarçado, Borda citoplasmática dobrada, Grânulos citoplasmáticos, Vacuolização do citoplasma, Halo perinuclear, Formas aberrantes ou bizarras, Depósitos de glicogênio, Citoplasma fragmentado , Células fantasmas, Pseudoeosinofilia, Metacromasia .

Em relação ao núcleo: Cariopicnose, Retração do núcleo, Espaçamento uniforme da membrana nuclear, Rarefação do núcleo, Cariomegalia , Vacúolos nucleares, Cariorrexe, Rotura da membrana nuclear, Carioclase , Bissecção do núcleo, Multinucleação.

INFECÇÕES BACTERIANAS - FATORES PREDISPONENTES (germes saprófitas – patogênicos)

- clima hormonal (gravidez e menopausa);

- fatores locais (variações pH vaginal, cirurgia, traumas - DIU);

- doenças (distúrbios imunitários, diabete); fatores iatrogênicos (quimioterapia e radioterapiaLactobacilos (bacilos de Döederlein): bacilos Gram positivos, imóveis; comprimento variável, às vezes em formas curtas e outras em bastonetes filamentosos e largos; não há evidências que possam causar vaginites, no entanto, são responsáveis por corrimento vaginal quando a citólise é pronunciada; O nº de lactobacilos varia com o ciclo hormonal, são menos frequentes antes da puberdade e após a menopausa; - Gardnerella vaginalis (Haemophilus vaginalis): Gardner e Dukes – 1959

- é encontrada em cerca de 10 % de mulheres normais;

- bacilo Gram negativo (bastonete) ou Gram variável;

- coloração de Papanicolaou: numerosos bastonetes azuis que recobrem parcial/e ou total/e as células malpighianas, pois aderem à superfície celular;

- aspecto do esfregaço: célula-indicadora, célula-chave, célula-alvo ou “clue cell” – 90% dos casos com cultura positiva;

quadro clínico: ocasiona ardor pós-coito, corrimento vaginal acinzentado, fino e homogêneo, com pH ³ 4,5, que exala odor de peixe quando adicionado a uma solução de KOH 10% (produção de aminas) - teste “whiff”;

- a abundância desta flora bacilar, não determina o apareci/o de inúmeros leucócitos, o esfregaço mantém aspecto relativa/e limpo. Os leucócitos são raros (termo usado: vaginose bacteriana e não vaginite); células malpighianas atingidas assumem coloração violeta ou eosinófila (tonalidade variável de acordo com a densidade do acúmulo bacteriano);Flora cocóide - Cocos Gram positivos: espécies mais comuns de cocos observados nos esfregaços cervicovaginais são estafilococos e estrepetococos; se necessário, identificar a espécie através de cultura de secreção vaginal.

- espécies de estafilococos estão associadas ao uso de tampões vaginais, às vezes, podem causar choque grave (Shands, 1980).- morfologia: esfregaços inflamatórios com presença de colônias bacterianas dispostas em aglutinados ou em correntes.- coloração de Papanicolaou: coloração azul escuro.

- os esfregaços mostram com frequência uma pseudoeosinofilia, pois poucas vezes se observa um índice elevado de cariopicnose. - flora bacteriana mista: presença de cocos e bacilos juntos nos esfregaços cervicovaginais.

Neisseria gonorrhoeae (Cocos Gram negativos): a blenorragia é ocasionada pelo gonococo, diplococo Gram negativo, sendo a mais freqüente das moléstias venéreas.

- corrimento vaginal purulento, podendo ocasional/e ser assintomático, porém, posterior/e, instala-se um quadro de cervicite, bartolinite ou peritonite.

- pode ocorrer transmissão vertical, a mãe infecta o RN, instalando-se um quadro de conjuntivite e posterior cegueira.

- esfregaço citológico: os diplococos, difíceis de visualizar devido esfregaço com exsudato inflamatório, aparecem em meio a leucócitos polinucleares e dentro ou em cima das células malpighianas e células metaplásicas do colo.

- para evitar confusão com restos celulares fagocitados ou outras espécies de cocos, confirmar diagnóstico através de bacterioscopia pelo método de Gram ou cultura.

Chlamydia trachomatis: bactéria obrigatoriamente intracelular, pois vive parasitando a célula que infecta.

- doença sexualmente transmissível.

- responsável por diversas infecções: tracoma, conjuntivite e uretrite...

- junção escamo colunar (JEC) e endocérvice

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