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HUMANIZAÇÃO E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA EXPULSÃO CONCEPTUAL

Por:   •  20/3/2018  •  3.760 Palavras (16 Páginas)  •  357 Visualizações

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O parto considerado normal ou transvaginal é aquele que ocorre com a passagem do feto pela luz vaginal, processo no qual rompe-se a membrana placentária e o feto então sofre a expulsão do corpo da gestante, para que isso ocorre é necessário que se haja uma interação de harmonia entre três fatores determinantes: o canal do parto; a força de contração uterina; e o tamanho do feto (SILVA; LIMA; NEPPELENBROEK, 2010).

Com o avanço medico-cientifico-tecnológico surgem as definições e especialidades medicas e de enfermagem em obstetrícia, a palavra deriva do latim do verbo obstare, cujo significado é ficar “lado a lado” ou em “face de”. Estar lado a lado ou em face da mulher parturiente representa assisti-la durante o trabalho de parto e o parto, sendo estes o cerne da profissão (REZENDE, 2013).

Neste contexto percebe-se que a gestação é um momento mágico na vida de muitas mulheres e no ato de parir todas as habilidades cabíveis podem ser utilizadas pelas enfermeiras, pois neste caso o profissional se torna uma fonte confiável de amparo, por isso, esse estudo traz a seguinte pergunta: “De que maneira o profissional enfermeiro pode atuar na obstetrícia para melhorar a expulsão conceptual?”.

Este artigo é justificado pela afirmativa do PNH de que o cuidar é necessário durante todo o processo de gestação e parto para o desenvolvimento da assistência do parto humanizado e equânime.

2 OBJETIVO

Descrever a importância do conhecimento cientifico em obstetrícia para o desenvolvimento da assistência de Enfermagem no trabalho de parto.

3 METODOLOGIA

Este trabalho baseia-se em pesquisa revisional tendo como critérios de inclusão publicações cientificas com a temática relacionada a discussão deste. Com abordagem qualitativa e método descritivo (LUDKE & ANDRÉ, 1986).

Para a formulação do trabalho seguiu-se a etapa de estabelecimento de uma questão norteadora, como sugerem Lakatos e Marconi (2005), que permite por meio de uma problemática criar uma tese e solucionar o problema por meio da experimentação.

4 REFERENCIAL TEORICO

O exercício profissional de Enfermagem está em vigor sob o Decreto Nº 94.406 de 08 de junho de 1987, no qual regulamenta o exercício da profissão e dá outras providencias, dentre as atribuições no Art. 8, cabe privativamente ao enfermeiro “execução e assistência obstétrica em situação de emergência e execução do parto sem distocia”; e também no Art. 9: “identificação das distocias obstétricas e tomada de providência até a chegada do médico”, além de supervisionar as atividades de enfermagem em obstetrícia (BRASIL, 1987).

Segundo a Organização Mundial de Saúde, parto natural é definido como aquele cujo início é espontâneo e sem riscos identificados no início do trabalho, assim permanecendo até o parto. A criança nasce de forma espontaneamente, em posição de vertes entre 37 e 42 semanas completas de gestação (OMS, 1996).

A expulsão conceptual natural é o ato de dar à luz sem auxílio de anestesias, indução ou qualquer outro método semelhante. Como o próprio nome diz este processo é natural onde o ritmo e o tempo da mãe e o do bebê são respeitados e com liberdade a gestante se movimenta fazendo o que no momento o seu corpo lhe pede. O período de expulsão não deverá ser maior que 30 minutos nas primigestas e 20 minutos nas multíparas, as condutas obstétricas em enfermagem compreendem o preenchimento do partograma, onde incluí verificar a contratilidade uterina e os BCFs durante este período (REZENDE, 2013, VIGGIANO, 1987).

A hora do parto é um momento na vida da mulher em que a liberdade de escolha se faz decisivo, mas muita das vezes essa escolha é influenciada por parentes, amigos ou por histórias que ouvem sobre parto. A decisão correta a ser tomada pelas parturientes vai depender de todo o processo durante o pré-natal, pois é neste momento que a gestante conhece as vantagens e desvantagens de cada tipo de parto (BENATTI, 2010)

No entanto, quando os mecanismos tão elaborados como a do parto normal não se encontram harmônicos ocorrem as distócias, do grego (dis = dificuldade, tokos = parto), ou seja, dificuldades encontradas na evolução do trabalho de parto relacionadas a eventos de desproporção. A distócia conhecida como desproporção cefalopélvica pode ocorrer devido à uma pelve pequena e estreita, ou por um feto de proporções aumentadas (SILVA; LIMA; NEPPELENBROEK, 2010).

Quando na ocorrência de distócia o mais indicado é o parto cesariano, embora muitas distócias de progressão possam ser corrigidas para se obter o parto normal em todos os casos que seja diagnostico desproporção cefalopélvica, seja por pelvimetria antecipada à gestação ou pelvigrafia na elaboração do partograma, ou ainda pela observância de um feto macrossomico em ultrassonografia a realização de cessaria é o indicado. No Brasil, as taxas de cesárea variam bastante entre as regiões, principalmente quando se compara a assistência realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com a assistência privada (AMORIM; SOUZA; PORTO, 2010).

Embora o parto cesariano seja indicado somente nestes casos que foram citados acima de acordo com dados do Ministério da Saúde, 52% das gestantes optam pela cesariana no Brasil, sendo que 82% são realizados na rede privada e 37% na rede pública. Frozza (2009) em entrevista realizada com médicos obstetras para revista online Saúde do site Terra, esclarece que “alguns desses casos acontecem por ordem médica, mas há também as mães que desconsideram o parto normal por medo da dor ou em busca de um processo mais rápido”. De acordo com alguns dos especialistas consultados o parto normal é mais indicado porque:

Além de evitar problemas respiratórios para o bebe, esse procedimento também traz benefícios para a mãe. A quantidade de sangramento num parto normal é muito menor que a cesariana, o que diminui as chances de infecção, a recuperação é mais rápida, o que deixa a mulher mais independente para levantar e cuidar do bebê. Também é importante lembrar que o parto normal acontece na hora certa e todo o processo tem um efeito muito interessante que mexe com o psicológico e emocional da mãe, tornando-a, mas preparada para a nova fase. (FROZZA, 2009)

Em muitos países em desenvolvimento, o parto passou de um processo natural para a um procedimento controlado, ou seja, do nascimento á domicilio para o hospital, porém o parto domiciliar não deixa de ser uma opção.

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