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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PERÍODO PÓS-OPERATÓRIO – METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO

Por:   •  19/8/2018  •  3.592 Palavras (15 Páginas)  •  259 Visualizações

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OBSERVAÇÃO DA REALIDADE

No dia 09 de setembro de 2016, foi realizada uma visita técnica no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Goiânia-GO (SCMG), em período matutino, com as componentes do grupo desse trabalho, acompanhas da professora orientadora. Essa visita foi essencial para realização da primeira etapa do Arco de Maguerez, observação da realidade, que será apresentado na disciplina de Atividade Integradora VI, do curso de Enfermagem, da PUC-GO.

O Hospital SCMG é uma unidade filantrópica, onde recebe pacientes pelo SUS, e alguns planos de saúde e atende também pelo privado. Segundo pesquisas, 51% da população brasileira é tratada em unidades filantrópicas como as Santas Casas.

A SCMG foi fundada em 1936, em Goiânia, no setor Central. Na década de 1980 foi realizada a construção de um novo prédio, devido às más condições do primeiro, em um novo local, no setor Vila Americano. Atualmente, também, é vinculada à Sociedade Goiana de Cultura, e se tornou um hospital de referência na assistência à saúde, ensino e pesquisa na região, sendo um hospital escola.

Sua estrutura é constituída por 230 leitos de internação, 12 salas de cirurgia, e 20 leitos de unidade de terapia intensiva (adulto). São realizadas em torno de 45 cirurgias, e 2 mil atendimentos na unidade por dia. Seu corpo físico, atualmente, é formado por 700 profissionais. Cada enfermeiro (a) é responsável por dois postos, ambos contendo 3 enfermarias, com 6 leitos, cada uma, e um isolamento. E para cada enfermaria há um técnico de enfermagem responsável.

Esta visita técnica foi realizada nas enfermarias de urologia e clínica cirúrgica. O foco foi observar e investigar como ocorria o pré-operatório dos pacientes. Na urologia havia apenas 6 pacientes, sendo um em isolamento (leito 3041, paciente com doença de base (DB) de câncer (CA) de bexiga), e outro já de alta (leito 3053), e nas enfermarias: leito 3043, paciente de neurologia, aguardando cirurgia, já em jejum (traumatismo crânioencefálico (TCE) a 4 anos, evoluindo para hidrocefalia); leito 3048, paciente com DB de adenocarcinoma de reto médio, em pós operatório tardio (POT) de retossgmatectomia e ileostomia; leito 3054, paciente com dorsalgia; leito 3056, paciente com doença arterial obstrutiva periférica e presença de necrose em MMII (membros inferiores), aguardando confirmação de cirurgia. Na clínica cirúrgica haviam 11 leitos ocupados de enfermaria e 1 leito de isolamento ocupado, porém no dia da visita houve 5 pacientes de alta, permanecendo apenas 6 pacientes nas enfermarias, sendo os seguintes leitos: leito 3062, paciente com mega cólon chagásico com presença de fecaloma, aguardando confirmação de cirurgia; leito 3064, paciente com mega esôfago chagásico e em 6° dia de pós-operatório (PO) de Serra Dória; leito 3068, paciente em pós-operatório imediato (POI) de toracostomia com drenagem fechada; leito 3070, paciente com necrose de 5° podáctico, aguardando confirmação de cirurgia; leito 3073, paciente em pós-operatório mediato (POM) de Sinustomia maxiloetmoidal bilateral; leito 3076, paciente em POI de drenagem torácica fechada à direita e toracostomia; Isolamento, leito 3079, paciente em PO de esofagectomia, esofagostomia e gastrostomia, toractomia e decorticação pulmonar, em nutrição parenteral, com traqueostomia, faz hemodiálise (insuficiência renal aguda).

Durante a visita foram analisados 13 pacientes, com base nos prontuários e pessoalmente com o próprio paciente e/ou acompanhante. Foi achado apenas 1 paciente que estava em pré-operatório (com indicação de cirurgia), leito 3043. O paciente já se encontrava em jejum, aguardando o parecer do médico cirurgião para real confirmação do procedimento naquele mesmo dia, ou seja, o paciente já se encontrava em pré-operatório imediato. Até o momento, da visita, a acompanhante não havia recebido outras orientações além do jejum de oito horas.

PONTOS-CHAVE

Perante a observação da realidade, foram levantados os seguintes pontos-chave:

- Segurança do paciente (protocolo de cirurgia segura) – justificativa: deficiência da orientação aos pacientes quanto à cirurgia;

- Sistematização da assistência de enfermagem no período perioperatório – justificativa: deficiência de um método científico e planejado para assistência do paciente.

De acordo com oque foi observado, e após diversas discursões em grupo, foi escolhido apenas um ponto para ser teorizado: Sistematização da assistência de enfermagem no período perioperatório.

TEORIZAÇÃO

A enfermagem não tem o foco da sua atuação na patologia em si, mas no processo saúde doença como um todo. Se observarmos a história natural da doença, percebemos que há uma pirâmide, que deve ser fechada para a instalação de uma patologia, ou, alteração do bem estar de saúde como um todo. Para ocorrer essa alteração são envolvidos três fatores: agente etiológico, meio ambiente e indivíduo. Cada um desses fatores tem um universo de determinantes (ROQUAYROL, GOLDBAUM; 2003).

Para o indivíduo os determinantes mais importantes seriam os psicológicos, socioeconômicos e culturais. Para o ambiente já há diversos determinantes como condições estruturais da unidade de saúde, pessoas e objetos (mobílias, equipamentos, PPS – Produtos para saúde) daquele local, condições sanitárias e de moradia do paciente. Já os determinantes para o agente etiológico também são múltiplos, sendo os mais importantes: porta de entrada (se está relacionada à assistência de enfermagem ou da equipe multiprofissional), como a CCIH (Comissão de controle de infecção hospitalar) está trabalhando a educação continuada com os profissionais como um todo, se a unidade está seguindo o protocolo de segurança do paciente (ROQUAYROL, GOLDBAUM; 2003).

A enfermagem tem uma visão ampliada, buscando achar os problemas, planejar como resolvê-los, melhorando o bem-estar e a saúde do paciente (SILVA, SANTOS; 2009).

Pensando em planejamento da assistência de enfermagem, uma das principais formas de planejar e organizar a assistência faz-se por meio da Sistematização da Assistência de Enfermagem que, segundo Silva et al (2011, p. 1381) “[...] é um modo de exercer a profissão com autonomia baseada nos conhecimentos técnicos-científicos no qual a categoria vem se desenvolvendo nas últimas décadas”.

A SAE busca promover uma assistência holística, individualizada e mais qualificada ao paciente consolidando o

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