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A VISITA A DOMICÍLIO. GENERALIDADES

Por:   •  28/8/2018  •  5.354 Palavras (22 Páginas)  •  281 Visualizações

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A visita a domicílio favorece um acompanhamento direto e contínuo dos cuidados prestados pela enfermeira e pelos familiares. A avaliação é contínua, dinâmica e se retroalimenta, e a partir dela pode-se medir a eficácia da intervenção dos profissionais e do cuidado que a família se dá a si mesma.

Dar continuidade aos cuidados prestados no domicílio supõe manter o apoio constante nos momentos críticos, e um segmento periódico como atividade puramente preventiva e de detecção precoce de novos problemas.

Os cuidados que se presta a própria família durante sua vida vêm precedidos de aprendizagem e assimilação de informações recebidas na própria família. na escola, nos centros de trabalho, etc. A enfermeira, por meio da educação para a saúde, ajuda a melhorar o nível de bem-estar.

A educação para a saúde deve ser realista, adequada ao seu nível sócio-cultural e econômico; a dificuldade de acesso aos serviços sócio-sanitários, assim como as características geográficas da zona em que vivem podem limitar os instrumentos que a enfermeira e a família têm para dar cuidados. Além disso a educação deve ser personalizada: um mesmo plano de cuidados não pode ser aplicado a diferentes pessoas ou famílias, ainda que partindo de um problema de saúde semelhante.

Através da educação para a saúde, a família pode por em andamento medidas de proteção. Para isto, a enfermeira deverá ser um “modelo de execução de cuidados que a família deve imitar”. Em muitos casos a educação para a saúde supõe modificações das relações interpessoais, a distribuição de papéis e o fomento da participação da família em atividades comunitárias e sociais que favoreçam à saúde.

A família: unidade básica de cuidados

Quando falamos de um conjunto de pessoas interdependentes, que estão em relação entre si e com o meio que os rodeia, estamos no referindo a família. Segundo Bozett ( 1985), a família se define como um grupo de pessoas a quem o próprio sujeito considera como tal.

O conjunto de seus membros, com funções específicas e características próprias, constituem um todo que satisfaz as necessidades biológicas, psicológicas e outras de índole social e cultural.

Os problemas pessoais afetam toda a família, sendo fatores de risco para esta. Igualmente, outros fatores externos influirão de forma positiva ou negativa no grupo familiar.

O conceito de saúde não deve ser referido a um indivíduo isolado, mas a este em relação com o grupo de convivência, que possibilita cuidados de forma imediata e continuada.

A família assume o papel de educadora de forma natural: é o princípio do auto-cuidado.

Em saúde, as mudanças quantitativas e qualitativas são difíceis de imaginar sem contar com o papel importante que a família desempenha; daí vem também a importância de considerá-la como unidade básica de cuidados. Em todas as culturas a família é o primeiro grupo de referência, sendo o núcleo mais importante de relação, comunicação e formação.

- O apoio da família pode determinar o grau de realização das atividades por parte dos pacientes.

- A família, em seu conjunto, necessita tanto apoio e orientação como o próprio paciente.

- A comunicação aberta e sincera, com a atenção devida, facilita uma vida familiar positiva.

A enfermeira e a equipe multiprofissional

O trabalho da enfermeira em atenção primária de saúde se realiza dentro de uma equipe multidisciplinar, direcionado a promoção da saúde da população, mediante a atenção de múltiplos fatores que intervêm nele. Dentro da equipe, a autonomia de cada profissional é reconhecida para poder desenvolver as tarefas que lhe são próprias, que, por sua vez, contribui com aportes individuais, exigindo responsabilidades a cada um dos profissionais no trabalho multiprofissional.

Os períodos de tempo que dedica à equipe para discutir os problemas de saúde, com seus tratamento e planos de cuidados de grupos familiares concretos, são indispensáveis para ações coordenadas e o acompanhamento dos problemas.

a prática de enfermagem tem seu ponto de partida nas respostas humanas diante um problema de saúde, as necessidades diagnosticadas, as dificuldades, as preocupações e os problemas dos usuários, que caem dentro da prática domiciliar da enfermeira.

Um segundo passo será aplicar a teoria para poder compreender estes problemas diagnosticados e, com base nela, determinar as ações de enfermagem mais úteis a implementar. Deste modo se poderá obter mais tarde um efeito benéfico na vida e na saúde do indivíduo, família ou comunidade.

Por fim, falar em avaliar os efeitos, é perguntar quais tem sido os resultados das ações de enfermagem com relação aos problemas diagnosticados.

Prática de enfermagem:[pic 2]

- avaliar

- diagnosticar[pic 3][pic 4]

- empreender ações

- avaliar

[pic 5]

[pic 6]

[pic 7][pic 8]

modificar condutas problemas de saúde[pic 9]

capacidade para cuidar-se [pic 10]

aumento do bem-estar respostas humanas

auto-responsabilidade[pic 11]

Relação comunidade-enfermeira

A relação enfermeira-família deve ser embasada na definição que a família faz de saúde, nos diferentes papéis que a enfermeira decide desempenhar, assim como o grau de aceitação da enfermeira por parte da própria família ou comunidade. A formação e a experiência profissional da enfermeira influi na sua compreensão da comunidade e em sua atuação nela.

Em relação ao exposto anteriormente a enfermeira que trabalha com a comunidade deve:

- conhecer os mecanismos psicológicos e patológicos que atuam no ser humano, assim como as técnicas que se utilizam no campo da sociologia e psicologia.

- Ter conhecimento de saúde comunitária.

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