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  Treinamento resistido em indivíduos que possuem diabetes mellitus tipo 2  

Por:   •  16/10/2018  •  2.032 Palavras (9 Páginas)  •  445 Visualizações

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sobretudo à obesidade visceral. O aumento de massa de tecido gorduroso acarreta uma resistência à insulina, a qual por sua vez encontra-se em quantidades adequadas no organismo. No entanto, alguns diabéticos tipo 2 podem necessitar de insulina injetável ou de uma medicação oral que estimule o pâncreas a produzir insulina adicional (Powers e Howley, 2010).   Fatores de risco Segundo McArdle e Katch, 2003, afirmam que, o Diabetes do tipo 2 está relacionado a três fatores: a incapacidade do corpo para responder de maneira adequada as funções da insulina, uma secreção anormal de insulina e altas concentrações plasmáticas de insulina O diabetes apresenta uma serie de complicações ao portador, essas complicações entende-se como fatores de risco da doença, dentre as principais, as mais comuns são hiperglicemia que seria o acumulo excessivo de glicose no sangue, com a hiperglicemia prolongada trará ao portador de diabetes mellitus, tanto tipo 1 quanto tipo 2 complicações macroangiopatias e microangiopatias O indivíduo que possui Diabetes do tipo 2 pode vir a ter algumas complicações crônicas como: macroangiopatias (grande inflamação nos vasos sanguíneos), retinopatia (afecção da retina), nefropatia (afecção dos rins) e neuropatias (afecção do sistema nervoso, central e periférico). A morbidade e a mortalidade do Diabetes do tipo 2 decorrem principalmente das macroangiopatias e suas manifestações como doenças coronarianas, acidente vascular cerebral e insuficiência vascular cerebral (Gomes e colaboradores, 2009). O surgimento destas complicações está diretamente relacionado com o controle glicêmico inadequado. Além da hiperglicemia um outro fator de risco que merece muita atenção é a cetose diabética, que resulta na produção excessiva de corpos cetônicos que são ácidos graxos de cadeia curta solúveis em água, fáceis de serem absorvidos pelo organismo. Quando a velocidade de formação dos corpos cetônicos é maior que a velocidade de sua utilização, suas concentrações começam a se elevar no sangue resultando em uma acidose severa que diminuirá o ph sanguíneo podendo levar ao coma e até a morte. Outros fatores além da hiperglicemia e da cetose poderão exercer influência significativa e estar intimamente ligados ao diabetes mellitus, tais fatores são a obesidade, o sedentarismo, o tabagismo e a depressão.     Tipos de Treinamento Anaeróbio para Portadores de Diabetes Mellitus Os tipos de treinamento anaeróbio foram adotados na pesquisa do diabetes mellitus tipo 2(DMNID), nesta pesquisa são baseados em duas propostas, que são: o treinamento de resistência e o treinamento de força. Treinamento de resistido A força muscular empregada para mover um peso ou para desenvolver um trabalho contra cargas que oferecem resistência é dado o nome de treinamento resistido. O treinamento resistido gera reais benefícios em indivíduos portadores de diabetes tipo 2, como melhora da força muscular, ganho de flexibilidade, melhora da sensibilidade à insulina e tolerância à glicose. Desta forma atua no melhoramento da composição corporal e diminui os fatores de risco cardiovasculares (ACSM, 2000). Os benefícios adquiridos com o treinamento resistido, como melhora da tolerância à glicose e aumento da sensibilidade à insulina em portadores de diabetes mellitus e indivíduos normais, fornecem evidências diretas que o treinamento de resistência com intensidade moderada e alto volume desenvolvido por um período de 4 a 6 semanas melhora em 48% à sensibilidade à insulina nos indivíduos com DMNID destreinados e não obesos. Por outro lado há evidências de que o exercício agudo de resistência têm sido associado com elevação extrema das pressões sistólicas (fase de contração do coração) e diastólicas (fase de relaxamento do coração), com aumento da pressão arterial e freqüência cardíaca. Portanto deve-se ter cautela com indivíduos que apresentam complicações avançadas de retina e cardiovasculares (American Diabetes Association, 1995). O treinamento resistido inclui também atividades calistênicas que usam o peso do corpo como resistência e utilizam vários recursos como molas, tiras de elástico ou tubos elásticos, assim como os pesos livres com halteres e aparelhos de musculação que promovem resistência por polias, correntes, cilindros hidráulicos ou eletromagnéticos (American Diabetes Association, 1995). Segundo o ACSM (2000), os exercícios de curta duração e alta intensidade devem ser executados com precauções, pois induzem ao aumento da glicose sanguínea em obesos e indivíduos com DMNID que apresentam hiperinsulinemia. Treinamento de força Estudos recentes sugerem que o treino de força diminui o risco de doença arterial coronariana em indivíduos com DMNID, proporcionam a manutenção ou ganho da massa magra, consequentemente aumentam o estoque de glicogênio muscular, fator importante para a homeostase da glicose (Pauli e colaboradores, 2006). Os exercícios de força com intensidade moderada à levemente intensa podem ser praticados por portadores de diabetes mellitus tipo 2 ,jovens com a doença bem controlada. Segundo a  American College Medicine of Sports (ACMS) e a American Association Diabetes (AAD) a recomendação seria que para idosos e indivíduos com longo histórico da doença, o treinamento de força seja realizado com pesos leves desenvolvendo várias repetições (American Diabetes Association, 2002) . A recomendação é de 1 série de 10-15 repetições com 8-10 exercícios, 2 vezes por semana, progredindo para 3 séries de 8-10 repetições, 3 vezes por semana. De uma forma geral, o treinamento de força parece ser benéfico para os portadores de diabetes mellitus 2, porém com cargas moderadas devido à fragilidade vascular que esses indivíduos apresentam (Ghorayeb, 1999).Uma revisão sistemática mostra que o treinamento de força e o treinamento aeróbio realizado em longo prazo resultaram em melhorias similares do controle glicêmico. Portanto, alguns pesquisadores sugerem que o treinamento de força intenso pode ser melhor tolerado quando comparado ao exercício aeróbio intenso (Gomes, 2009). Conclusão Que ao analisar os efeitos dos exercícios anaeróbios em portadores de Diabetes Mellitus tipo 2 (DMNID), a partir dos exercícios resistidos realizados na musculação baseados no treinamento de resistência e no treinamento de força, conclui-se que ambos poderão trazer riscos e benefícios aos diabéticos. Dentre os benefícios pode-se destacar o aumento da massa muscular e a melhor utilização da glicose na melhora do quadro geral do diabetes, assim como a melhora do metabolismo basal desses indivíduos, à diminuição da resistência a ação da insulina, melhora do perfil lipídico, diminuição da gordura corporal, previne o desenvolvimento e progressão de doenças coronarianas. Porém tem que

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