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Sistema digestório

Por:   •  15/1/2018  •  1.873 Palavras (8 Páginas)  •  275 Visualizações

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1.4. Estômago

O estômago armazena temporariamente o bolo alimentar deglutido, que ali é misturado com secreções (ou suco gástrico) produzidas por glândulas da parede do estômago. O bolo alimentar, após sofrer a ação dessas reações, transforma-se em uma pasta semilíquida, o quimo (LAURENCE, 2005, p. 544).

O peristaltismo também ocorre no estômago: suas paredes sofrem contrações lentas após a entrada do bolo alimentar, o que ajuda a misturá-lo com o suco gástrico. Além disso, os movimentos peristálticos conduzem lentamente o quimo para o intestino delgado (LAURENCE, 2005, p. 544).

A principal enzima presente no suco gástrico é a pepsina, que atua sobre as proteínas, quebrando-as em peptídeos, por hidrólise. A pepsina apresenta pH ótimo fortemente ácido; em valores de pH acima de 5, a pepsina se torna inativa. A secreção de ácido clorídrico (HCI) pelas glândulas da parede do estômago deixa o suco gástrico com pH=2, garantindo a digestão das proteínas (LAURENCE, 2005, p. 544).

A parede do estômago não é corroída pelo ácido porque existe uma espessa camada de muco, secretado pelas glândulas que revestem internamente o estômago (LAURENCE, 2005, p. 544).

As proteínas do bife e do feijão começam a ser digeridas; os outros componentes do alimento – carboidratos, lipídeos e nucleotídeos – não sofrem digestão no estômago (LAURENCE, 2005, p. 544).

1.5. Intestino delgado e Glândulas anexas

A região inicial do intestino delgado, que se comunica com o estômago, é o duodeno, onde ocorre a digestão de todos os componentes do alimento que ainda não foram digeridos ou que tiveram sua digestão iniciada na boca, caso do amido, ou no estômago, caso das proteínas. A extensão do duodeno é de cerca de 25cm no adulto. A outra região do intestino delgado, que possui cerca de 6 metros de comprimento no adulto, é responsável pela absorção dos nutrientes (monossacarídeos, aminoácidos, nucleotídeos, ácidos graxos, vitaminas e sais minerais). Essa região do intestino delgado apresenta duas porções: o jejuno, que se comunica com o duodeno, e o íleo, que termina na região de comunicação com o intestino grosso (LAURENCE, 2005, p. 545).

O duodeno recebe secreções produzidas pelo fígado e pelo pâncreas. Além disso, as células que o revestem internamente também produzem enzimas digestivas, que são secretadas diretamente sobre o quimo (LAURENCE, 2005, p. 545).

No fígado, as células hepáticas produzem a bile, que não contém enzimas digestivas e é liberada no duodeno por meio do canal colédoco. A bile pode ser armazenada na vesícula biliar até o momento da liberação. Os sais biliares exercem ação emulsificante sobre a gordura do alimento. Isso significa que as gotículas de gordura podem ser separadas atingindo pequenas dimensões, aumentando-se a superfície de contato entre os lipídeos e as lípases, produzidas pelo pâncreas e pelas células do duodeno. Além disso, a bile garante a absorção dos produtos da quebra dos lipídeos no intestino delgado (LAURENCE, 2005, p. 545).

O pâncreas, que se situa abaixo do estômago, é uma glândula mista: produz hormônios que são lançados na corrente sanguínea e produz o suco pancreático, conduzido pelo canal pancreático até o duodeno. O suco pancreático contém enzimas para a digestão de carboidratos, proteínas, gorduras e ácidos nucleicos, além de bicarbonato de sódio (pH = 8), que neutraliza o pH ácido do quimo que acabou se sair do estômago (LAURENCE, 2005, p. 545).

Ao deixar o duodeno, o alimento está digerido compondo um líquido rico em nutrientes chamado quilo. Os nutrientes são absorvidos pelas células da parede do intestino delgado e passam para a circulação. Esse revestimento interno do intestino apresenta dobras (vilosidades) que aumentam a superfície de absorção. Além disso, as próprias células também possuem dobras (microvilosidades) nas membranas (LAURENCE, 2005, p. 546).

As vitaminas são moléculas orgânicas pequenas que, assim como as substâncias inorgânicas, a água e os sais minerais, são diretamente absorvidas pelas células da parede do intestino, caindo na circulação sanguínea para serem levadas ao fígado e de lá para todas as partes do corpo (LAURENCE, 2005, p. 546).

1.6. Intestino Grosso

Após a absorção no intestino delgado, chegam ao intestino grosso água, íons e substâncias não digeridas. Os íons e a água são amplamente absorvidos, restando uma pequena quantidade de líquido que será eliminada nas fezes. Ácidos graxos e vitaminas, como A, D, E e K, também são absorvidas pelas células que revestem o intestino grosso (LAURENCE, 2005, p. 546)

No interior do intestino grosso são encontradas numerosas bactérias. Elas são capazes de degradar algumas substâncias e produzir vitaminas K e B¹² e gases. As vitaminas são absorvidas e contribuem para a nutrição do organismo (LAURENCE, 2005, p. 546).

Após a absorção de água, íons e vitaminas, formam-se as fezes, constituídas de bactérias mortas, substâncias inorgânicas e materiais não digeridos (LAURENCE, 2005, p. 546).

1.7. Controle da ação digestiva

A atividade sincronizada dos diversos órgãos envolvidos na digestão dos alimentos deve-se aos controles nervoso e hormonal. As fibras parassimpáticas de nervos do sistema nervoso autônomo enviam estímulos que determinam desde o aumento na liberação de saliva até o peristaltismo do esôfago, do estômago e dos intestinos (LAURENCE, 2005, p. 547).

Com exceção das glândulas salivares, cujo o controle é apenas nervoso, as outras estruturas sofrem também controle por hormônios secretados pelos próprios órgãos digestivos. No estômago, por exemplo, ocorre a síntese do hormônio gastrina, liberado com a entrada do bolo alimentar. A gastrina é absorvida pelo sangue e age estimulando as glândulas estomacais a secretarem suco gástrico. Ao contrário do controle nervoso, que gera efeito praticamente imediato, a ação da gastrina pode durar algumas horas. Quando o pH se torna bastante ácido, a secreção de gastrina é inibida. As enterogastrinas são um conjunto de hormônios produzidos por células do duodeno que atuam inibindo o peristaltismo do estômago e estimulando a liberação da bile e do suco pancreático (LAURENCE, 2005, p. 547).

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