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RITMO E COORDENAÇÃO

Por:   •  4/10/2018  •  3.800 Palavras (16 Páginas)  •  386 Visualizações

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Diante disso, o trabalho tem por objetivo apontar conceitos sobre coordenação motora e ritmo, bem como suas classificações, sua importância e como podem ser exercitados e trabalhados nas aulas de ginástica. Prosseguindo ao longo do mesmo, dispõe dois planos de aula, abordando atividades para trabalhar a coordenação motora e o ritmo em crianças ou adolescentes. No momento final, será apresentado uma retrospectiva do trabalho proposto.

2 COORDENAÇÃO MOTORA

A palavra coordenação deriva do latim, cum ordo, e significa com ordem, ou seja, coordenação é aquilo que ocorre de forma ordenada. Segundo Starosta (1990), a coordenação é a capacidade do ser humano de realizar movimentos complexos de forma rápida e exata, em diferentes condições ambientais e sob pressões contextuais adversas. Ou seja, é uma capacidade de assegurar uma adequada combinação de movimentos na qual se desenrolam em sucessão ou ao mesmo tempo.

O termo coordenação motora, é definido como a ativação de várias partes do corpo para a produção de movimentos em uma determinada ordem, amplitude e velocidade (Pellegrini et al., 2005).

A coordenação motora é a capacidade do cérebro de equilibrar os movimentos do corpo, mais especificamente dos músculos e das articulações, a mesma pode ser analisada em crianças e se constatada sua deficiência pode-se recorrer a práticas que estimule sua melhoria, como é o caso das atividades físicas que faz com que a criança estimule o cérebro para que este equilibre seus movimentos. É de particular importância no início da infância a coordenação motora, bem como o equilíbrio, neste período a criança começa a ter algum controle das suas habilidades motoras fundamentais. Os fatores de produção de força tornam-se mais importantes após a criança controlar os seus movimentos fundamentais, transitando assim para a fase motora especializada (GALLAHUE; OZMUN, 2001).

Ainda, direcionando o conceito de coordenação motora mediante autores, Rocha e Caldas (1981, p. 42) salientam que a coordenação motora é a qualidade de sinergia que permite combinar a ação dos diversos grupos musculares para a realização de uma série de movimentos com o máximo de eficiência e economia. Estes autores ainda consideram a coordenação como a base do aprendizado e do aperfeiçoamento técnico cujo objetivo é a obtenção do gesto específico visando a ação mais fácil e produtiva.

A coordenação de movimentos decorrente da integração entre comando central (Cérebro) e unidades motoras (neurônio e conjunto de fibras musculares inervadas) dos músculos e articulações. Ela é uma qualidade considerada primordial para execução de qualquer tarefa, portanto é a mais trabalhada na atividade física durante o crescimento e desenvolvimento. A coordenação motora pode ser observada desde a infância, quando a criança deve ser estimulada a desenvolver sua coordenação. Mas não é somente em crianças que se desenvolve a coordenação motora. Em idosos ou pessoas que tenham limitações físicas, é importante estimular a coordenação motora como parte do programa de condicionamento físico.

Diante disso, a coordenação motora é um movimento coordenado, no qual implica em uma ação conjunta e harmoniosa entre nervos, músculos e órgãos com o fim de produzir ações cinéticas equilibradas, precisas e reações adaptadas à situação.

2.1 CLASSIFICAÇÃO DA COORDENAÇÃO MOTORA

Coordenação motora grossa ou geral: visa utilizar os grandes músculos (esqueléticos) de forma mais eficaz tornando, o espaço mais tolerável à dominação do corpo e não exigindo tanto a precisão nos movimentos, ou seja, tem maior controle aos movimentos mais rudes, como por exemplo, andar, caminhar, pular, rastejar, correr, saltitar, subir e descer escadas, etc.

Coordenação motora fina: é a capacidade de usar de forma eficiente e precisa os pequenos músculos, produzindo assim, movimentos delicados e específicos. Este tipo de coordenação permite dominar o ambiente, propiciando manuseio de objetos, como por exemplo, recortar, lançar em um alvo, costurar, escrever, digitar, pintar as unhas, desenhar, encaixar, empilhar, escovar os dentes, abotoar camisa.

3 RITMO

Ritmo, do grego rythmós, significa, etimologicamente, movimento regular de ondas, movimento das vagas; designa aquilo que flui, que se move, movimento regulado. Para Saur, o ritmo é a resultante das relações entre fenômenos de velocidade, duração, intensidade e coesão, relações essas que são prodigiosamente variáveis. Pallarés (1981, p.4), por sua vez, firma que o ritmo é a essência do movimento livre e espontâneo, sua força expressiva, criadora e individual.

O ritmo faz parte do cotidiano, da vida e da natureza. Nenhum elemento vivo existe sem sua presença. Podemos citar como exemplo os batimentos cardíacos, o crescimento das plantas, o caminhar dos animais, a respiração, a alimentação, o sono. Tudo se faz por meio do ritmo. Os primeiros contatos com o ritmo acontecem durante a gestação, no útero materno, por meio das pulsações do coração da mãe. Quando queremos colocar uma criança para dormir, basta colocá-la deitada no peito, perto do coração: o ritmo do coração ajuda a criança a adormecer. Logo, outros ritmos são estimulados, como a respiração, fala, piscar dos olhos.

O ser humano necessita desenvolver o ritmo, pois ele está presente em grande parte do seu dia-a-dia, como, por exemplo, lavar a louça ou a roupa, datilografar, cortar, ler, escrever, correr, andar de bicicleta, dirigir, andar, falar, entre outras. É uma capacidade na qual é estabelecida de forma individual, ou seja, um ritmo próprio; grupal, que é caracterizado pela dança, o nado sincronizado, etc.; disciplinado, o qual é um condicionamento de um ritmo predeterminado; natural, que tange o ritmo biológico e o espontâneo que é o ritmo realizado livremente.

Para Nanni (2003) o indivíduo movimenta-se, age, sente e reage de maneiras diferentes, e seus objetivos se renovam a cada instante, com mudanças dinâmicas, assim, as reações oriundas destas mudanças e o recrutamento de várias partes do corpo estão relacionadas a imagem corporal, fazendo com que a autoimagem não se torne estado ideal ou estática, pelo simples fato de esta submetida a mudanças rítmicas.

Arribas (2002, p.168) diz que não existe um ritmo comum a todos. Isso pode ser comprovado ao observar, por exemplo, a simples marcha de crianças nos primeiros anos, ou até mesmo o simples bater das palmas, percebendo assim os diferentes ritmos pessoais, presentes

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