Fundamentos de taxonomia e sistemática filogenética
Por: eduardamaia17 • 4/5/2018 • 8.577 Palavras (35 Páginas) • 341 Visualizações
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- Desenvolvimento
- Taxonomia
- Etimologia ou origem da palavra
O termo Taxonomia se origina de duas palavras gregas: taxis e nomos, e significa “dispor segundo uma lei, ou princípio”. Esta ciência que integra o ramo da Botânica está sempre em constante evolução, pois convergem as informações provenientes de outros ramos da Botânica e até mesmo de outras ciências afins que tratam da classificação lógica e científica dos seres vivos, fruto do trabalho do médico e botânico sueco Carolus Linnaeus, em sua obra: Biologia Sistemática.
21.2. Definição
A taxonomia é o ramo ou parte da Biologia que identifica, nomeia e classifica os seres vivos de acordo com o seu grau de parentesco; é a prática da classificação, identificação e designação dos organismos. Ela organiza os seres vivos em categorias hierárquicas ou táxons.
É ricamente baseada em informações da filogenia, mas são metodologicamente distintas. Os campos da filogenia com sobreposição na taxonomia forma a Sistemática Filogenética – sendo que a área que estuda a biodiversidade e busca compreender a origem e o parentesco evolutivo é a SISTEMÁTICA - uma metodologia cladística com características derivadas (sinapomorfias) usadas para encontrar o ancestral descendente na árvore (cladogramas) e delimitam o taxon (clados). Na sistemática biológica as análises filogenéticas tornaram-se essenciais na pesquisa da árvore evolucionária.
2.1.3. Conceito
A taxonomia inclui não somente um sistema de classificação como também a teoria e os métodos utilizados para construir um sistema de classificação.
Não existe uma taxonomia certa ou errada, o que existe é uma taxonomia organizada a partir de um determinado ponto de vista, uma forma classificatória de entendimento de uma dada realidade, atendendo a diferentes propósitos, ou seja, as taxonomias não são neutras, são construídas a partir das características que melhor servirem a um determinado propósito.
2.1.4. Condições
O desenvolvimento de uma taxonomia deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar, contando com especialistas de diversas áreas; o que importa é que os resultados sejam Consistentes, Relevantes e Pertinentes.
2.1.5. Sistemas de Classificação (Há 2 tipos)
► O Sistema Artificial: é aquele em que o taxonomista se baseia em poucos caracteres, escolhidos arbitrariamente para classificar um determinado organismo. Não se baseiam em relações de parentesco evolutivo entre os grupos de seres vivos
► O Sistema Natural: é aquele que se baseia na morfologia e fisiologia dos organismos adultos; no desenvolvimento embrionário dos indivíduos; no cariótipo de cada espécie; na sua distribuição geográfica; e, notadamente, nas relações dos seres com o processo evolutivo.
2.1.6. Histórico da taxonomia
Aristóteles, aluno de Platão, foi o primeiro a construir um conjunto organizado de vegetais. Naquela época Aristóteles, Teofrasto e Plínio, dividiram o reino vegetal em 3 grandes grupos: Árvores, Arbustos e Ervas, divisão que foi aceita, praticamente sem alterações ou progressos durante a maior parte da Idade Média. Hoje em dia julgamos esta classificação (classificação artificial) primitiva e insuficiente para a finalidade atual de conhecimento da flora; pois observam apenas um critério escolhido arbitrariamente.
Nos séculos XV e XVI, com as grandes descobertas e principalmente com os novos conhecimentos trazidos pelos exploradores, tornou-se indispensável a modernização das ciências. Na Botânica surgiram os “livros das ervas”, que eram organizados, para trazer conhecimentos sobre as plantas medicinais. Seguindo a intuição, os pesquisadores chegavam a formar grupos sistemáticos de plantas, hoje denominados musgos, cogumelos, etc., que na verdade são grupos naturais.
O primeiro Sistema com definições claras e exatas foi publicado em Pisa - Itália, por Andréa Caesalpino (1519-1603). Este sistema dividia as plantas segundo a constituição dos frutos e sementes. Mais tarde surgiram vários outros Sistemas, denominados Sistemas Artificiais, por serem organizados unicamente sob o ponto de vista prático, para facilitar a classificação das plantas.
Um Sistema Artificial básico é o Sistema de Lineu - que possui este nome porque quem o desenvolveu foi um pesquisador chamado Carl Von Linné (1707-1778) - que prestou ótimos serviços práticos, e talvez por isso, se conservou em uso escolar até o fim do século passado. O Sistema de Lineu considera apenas a constituição da flor e o número de estames e pistilos. O próprio Lineu notou o defeito em seu Sistema; às vezes plantas de morfologia e anatomia totalmente diferentes eram inclusas na mesma família, por possuírem na flor, casualmente, o mesmo número de estames. Foi Lineu quem primeiro apontou a necessidade de se organizar um sistema natural.
Os Sistemas Naturais são baseados na afinidade natural das plantas. O primeiro Sistema Natural foi o de Jussieu, que procurou ordenar as Plantas considerando o número de cotilédones, a estrutura das sementes, e uma soma de caracteres vegetativos e reprodutivos.
O primeiro sistema de classificação foi o de Aristóteles no século IV a.C., que ordenou os animais pelo tipo de reprodução e por terem ou não sangue vermelho. O seu discípulo Teofrasto classificou as plantas por seu uso e forma de cultivo.
Nos séculos XVII e XVIII os botânicos e zoólogos começaram a delinear o atual sistema de categorias, ainda baseados em características anatômicas superficiais. No entanto, como a ancestralidade comum pode ser a causa de tais semelhanças, este sistema demonstrou aproximar-se da natureza, e continua sendo a base da classificação atual. Lineu fez o primeiro trabalho extenso de categorização, em 1758, criando a hierarquia atual.
A partir de Darwin a evolução passou a ser consideradas como paradigma central da Biologia, e com isso evidências da paleontologia sobre formas ancestrais, e da embriologia sobre semelhanças nos primeiros estágios de vida. No século XX, a genética e a fisiologia tornaram-se importantes na classificação, como o uso recente da genética molecular na comparação de códigos genéticos. Programas de computador específicos são usados na análise matemática dos dados.
Assim como outras ciências
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