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Fibromialgia Condição Dolorosa e Generalizada

Por:   •  19/2/2018  •  3.186 Palavras (13 Páginas)  •  293 Visualizações

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Diversas linhas de pesquisas apontam para possíveis mecanismos fisiopáticos, entre eles podemos citar: distúrbios do sono, alterações das concentrações séricas de neurotransmissores, alterações imunológicas, baixa sérica de endorfina e outros (MARTINEZ, 2006).

Com incidência em qualquer nível social e educacional, parece estar relacionada ao estilo de vida que a pessoa leva, em geral, estressante. Seu desenvolvimento demonstra ter relação com o desequilíbrio entre mecanismos de transmissão de estímulos dolorosos periféricos e estímulos de inibição da dor (PROVENZA et al., 2004).

A dificuldade encontrada no diagnóstico precoce está no fato de não haver exames clínico ou evidências laboratoriais que comprovem sua presença. Tal dificuldade pode levar o paciente a maior instabilidade emocional agravando, assim, os sintomas provocados pela síndrome (REBUTINI, 2013; STEFFENS et al. 2011). A experiência médica é um fator determinante para que o diagnóstico seja realizado sem atraso, evitando o agravamento da síndrome que é considerada a segunda doença reumática mais comum (COSTA et al., 2005).

Considerada como um desafio para a área médica e, profissionais da saúde, para reconhecer, compreender e tratar, a fibromialgia requer uma terapêutica multidisciplinar, baseada na combinação de tratamentos farmacológicos e não farmacológicos (FERREIRA et al. 2014). A fibromialgia traz consigo prejuízos em várias esferas na vida cotidiana do portador quanto para a sociedade em questões trabalhistas e procura frequente aos serviços de saúde (SALVETTI et al., 2007).

Diferentes profissionais têm se mobilizado para o diagnóstico e tratamento da dor crônica, sendo uma das causas maiores da procura por atendimento médico, e afastamento do trabalho, podendo ser considerada um problema de saúde pública (ELLIOTT, 1999). Sem cura definida, o objetivo do tratamento está voltado para o controle dos seus sintomas, e não a sua eliminação, de maneira a atenuar os problemas cotidianos, buscando uma melhor qualidade de vida para esses pacientes (HEYMANN et al., 2011).

Sendo assim, este trabalho teve por finalidade reunir conceitos e particularidades acerca desta síndrome, trazendo informações sobre uma doença que pode acometer todas as faixas etárias, e que mesmo considerada a segunda síndrome reumática mais importante, ainda permanece desconhecida por muitos, alertando portanto, sobre a importância de se conhecer a síndrome e esclarecer as informações e prejuízos na vida do portador.

2 METODOLOGIA

A presente pesquisa visa levantar informações a Síndrome da Fibromialgia. Para a realização desta pesquisa, o método utilizado foi qualitativo.

A pesquisa de campo foi realizada através de um questionário aberto, disponível no Anexo A, com estudantes de ambos os sexos com idade entre 11 e 27 anos.

Para coleta e análise de dados, foram entrevistados 30 alunos do 9° no do Ensino Fundamental de uma escola da rede pública de ensino, E.E Padre Geraldo Lourenço, de Aguaí – SP, 44 alunos do 5° módulo curso de enfermagem e 36 alunos do 5° módulo do curso de fisioterapia da UniFeob - Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos, localizada na cidade de São João da Boa Vista – SP. A faixa etária foi de 11 a 27 anos, de ambos os sexos.

O questionário foi elaborado pelo CRA (Conselho Americano de Reumatologia, 1990) com perguntas abertas, de forma simples e direta, onde as respostas foram obtidas de imediato, evitando possíveis problemas com os resultados.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A amostra total foi de 110 alunos com idade entre 11 a 27 anos, das cidades de Aguaí e São João da Boa Vista, SP.

Os dados presentes nos gráficos 1, 2 e 3 abaixo se referem às informações coletadas através das entrevistas realizadas com os estudantes, para verificar a possível presença da Síndrome da Fibromialgia.

Gráfico 1: Pesquisa com alunos do Ensino Fundamental da escola E.E Padre Geraldo Lourenço, de Aguaí

[pic 1]

Fonte: MARIANO, 2016.

Gráfico 2: Pesquisa com alunos do 5° módulo curso de enfermagem da UniFeob

[pic 2]

Fonte: MARIANO, 2016.

Gráfico 3: Pesquisa com alunos do 5° módulo curso de fisioterapia da UniFeob

[pic 3]

Fonte: MARIANO, 2016.

Observou-se nos questionários que, parte dos entrevistados apresentavam sinais de dores. As entrevistas permitiram reconhecer que os locais de dor mais citados estão relacionados principalmente com membros inferiores e coluna.

Outra informação coletada foi A presença ou não de cansaço matinal. De modo geral, o cansaço ao acordar esteve mais presente nos sujeitos com dor, particularmente naqueles com dor crônica.

A dor de cabeça foi predominante em todos os grupos de amostra, independente da idade. Os participantes do curso de fisioterapia relataram também irritabilidade e nervosismo.

A fadiga é um sintoma de relato frequente nos pacientes com Fibromialgia sendo, no entanto, pouco avaliado por meio de questionários (WOLF et al., 1999). Os resultados deste estudo mostram que, tanto a fadiga física quanto a mental, comportam-se como os demais sintomas.

Desde o estabelecimento dos critérios do ACR, os sintomas da fibromialgia são descritos como uma grande característica, chegando a ser considerados, antes de 1990, como critérios de classificação. Dentre os sintomas mais frequentes destacam-se os distúrbios do sono, rigidez matinal e fadiga. Na definição da classificação segundo o ACR estes sintomas estavam presentes em 75% dos pacientes e em 56% ocorriam concomitantemente. Na validação destes critérios para a população brasileira 13, cerca de 80% dos pacientes apresentaram distúrbios do sono e fadiga. No entanto a rigidez não mostrou diferenças entre os grupos teste e controle.

Esta proposta teria o objetivo de identificar os sujeitos com maior probabilidade de serem fibromiálgicos. A comparação geral dos índices criados revela que, estes são estatisticamente parecidos entre si.

Os índices para a dor, sono e qualidade de vida assumem pontuações muito próximas, e a análise estatística sugere

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