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AVALIAÇÃO DA SOBREVIVÊNCIA DE LINFÓCITOS DO SANGUE PERIFÉRICO HUMANO APÓS IRRADIAÇÃO IN VITRO

Por:   •  27/6/2018  •  7.449 Palavras (30 Páginas)  •  296 Visualizações

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com os tecidos biológicos, e esta propriedade é fundamental para sua utilização em tratamentos de câncer, constituindo modalidade terapêutica denominada radioterapia (RT). Entretanto, têm sido evidenciadas diferenças individuais na resposta a este tipo de terapia, sendo que em cerca de 10 % das pessoas submetidas à RT surgem efeitos clínicos adversos graves. Estes efeitos são decorrentes da irradiação dos tecidos sadios e levam a interrupção do tratamento, diminuindo suas chances de sucesso. Essas diferenças nas respostas são atribuídas em parte a uma característica inerente a cada indivíduo, denominada radiossensibilidade individual, que ainda não é levada em consideração nos protocolos de tratamento. É nesse contexto que o presente trabalho se insere, buscando avaliar a sobrevivência de linfócitos humanos do sangue periférico após irradiação, in vitro, com distintas doses de radiação gama, com o objetivo de empregar este parâmetro como biomarcador de graus de radiossensibilidade individual. Para tanto, foram coletadas amostras de sangue periférico de 16 indivíduos sadios, as quais foram irradiadas com doses de 0,5; 2 e 4 grays, a partir de uma fonte de Cobalto-60. Para cada indivíduo, foi mantida uma alíquota não irradiada, como controle. A viabilidade dos linfócitos foi verificada utilizando o corante Azul de Tripan, em dois momentos: antes do cultivo, e após 72 horas de cultivo celular a 37 °C, com 5 % de CO2. As análises da sobrevivência celular foram feitas em triplicata e os resultados foram obtidos em percentual. A sobrevivência celular das amostras avaliadas logo após a irradiação não mostrou variação estatisticamente significativa com o aumento da dose, já que não houve tempo para reparo do dano sofrido. Observou-se uma diminuição da sobrevivência dos linfócitos após exposição in vitro a diferentes doses de RI após cultivo de 72 horas. A avaliação da sobrevivência celular, portanto, tem potencial para constituir-se uma ferramenta no prognóstico da resposta do paciente a ser submetido à radioterapia, levando em conta a sua radiossensibilidade. Com isso, os efeitos adversos à RT poderiam ser minimizados através do emprego de protocolos paciente-específico.

Palavras-chave: radiosensibilidade individual, sobrevivência celular

ABSTRACT

Ionizing radiation (IR) can cause damage when interacts with biological tissues, and this quality is fundamental to use of IR in cancer treatments, constituting the therapeutic modality named radiotherapy (RT). However, it has been evidenced individual differences on the response to this kind of agent, and in about 10 % of the patients submitted to the RT, severe adverse effects appear. These effects are due to normal tissue irradiation and take to interruption of the treatment, reducing its chances of success. These differences on response are attributed in part to a characteristic inherent to each individual, named individual radiosensitivity, which still is not considered in the protocols of RT. It is in this context that this research is inserted, seeking to evaluate the survival of peripheral blood human lymphocytes after in vitro irradiation with different doses of gamma radiation, in order to employ this parameter as biomarker of individual radiosensitivity levels. For this, it were collected peripheral blood samples from 16 healthy individuals; these samples were individually gamma-irradiated (Cobalt-60 source) with doses of 0.5; 2 and 4 grays. For each individual, one blood aliquot was maintained as control non-irradiated. The viability of the lymphocytes was verified with the trypan blue dye, in two moments: before and after cell culture for 72 hours with 5 % CO2 at 37 °C. The analysis of cellular survival was performed in triplicate and the results were presented as percentage. The cellular survival of samples analyzed immediately after the irradiation don’t exhibited statistically significant variation with dose increase, since don’t has time to repair of damage suffered. It was observed a decrease of lymphocytes survival after in vitro exposure to different doses of IR after culture of 72 hours. Thus, the evaluation of the cellular survival has potential to consist of a tool for the prognostic of response of the patient that will be submitted to the radiotherapy, taking into account to your radiosensitivity. With this, it will may be minimized the adverse effects to RT may be minizmized byemployment of patient-specific protocols.

Key-words: radiosensibility individual, cell survival

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Esquema da interação da radiação ionizante com o DNA 4

Figura 2 Tipos de lesões no DNA induzidas pelas radiações ionizantes 5

Figura 3 Linfócito humano 12

Figura 4 Irradiação 17

Figura 5 Esquema para obtenção das células mononucleares do sangue antes e após centrifugação 18

Figura 6 Representação da câmara de Neubauer 19

Figura 7 Relação da sobrevivência de linfócitos analisados sem cultivo e com cultivo de 72 horas com diferentes níveis de dose 25

Figura 8 Sobrevivência dos linfócitos irradiados de quatro indivíduos com diferentes níveis de dose 26

Figura 9 Comparação da variação de sobrevivência celular entre as amostras de mulheres e homens (CN: amostras controle) 28

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Resultado da sobrevivência celular para avaliação imediatamente após irradiação das amostras 22

Tabela 2 Resultado da sobrevivência celular para avaliação após 72 horas de cultivo

celular 24

SUMÁRIO

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