A erliquiose é uma hemoparasitose (doenças causadas por protozoários)

...

- normalmente crescem de 1 à 3 semanas depois da picada do carrapato infectado e esse período pode durar de 2 à 4 semanas. A Erlichia penetra nas células brancas do sangue e começam a se reproduzir dentro delas, além do sangue, encontra-se nos nódulos linfáticos, baço, fígado e na medula óssea, ficando as plaquetas, que ajudam na coagulação do sangue, comumente aniquiladas. E em consequencia da infecção, os nódulos linfáticos, o fígado e baço ficam aumentados. Habitualmente surge nessa fase anemia, febre, depressão, letargia, perda de apetite, falta de ar, dor e rigidez nas articulações, contusões. Existem casos em que os cães sãocapazes de combater a infecção se não entrarem na fase subclínica;

Subclínica - Nessa fase o animal parece normal ou pode apresentar apenas anemia leve. Esta fase pode perdurar por meses ou anos. O cão pode eliminar a Erlichia do corpo ou a infecção pode progredir para a fase crônica. Nesta fase, a Erlichia vive no interior do baço;

Crônica - pode ser leve ou grave, com a perda de peso, anemia, perturbações neurológicas, a hemorragia, inflamação do olho, edema (acumulação de líquido) nas patas traseiras, e febre. Nos testes de sangue podem aparecer diferentes tipos de células no sangue que estão reduzidas. Os linfócitos podem aumentar e ser irregular na aparência, por ser confundido com certos tipos de leucemia. Caso um cão fica cronicamente infectado, a enfermidade pode voltar, principalmente nos períodos de estresse. Pode ocorrer nessa fase a glomerulonefrite (moléstia renal que tem como causa primária a lesão dos glomérulos de Malpighi ).A diminuição de plaquetas evidencia a doença e alterações nos níveis de proteínas no sangue são comuns, sendo a albuminia a proteína mais comum.

Este trabalho objetiva expor sobre a Erliquiose canina, bem como seus aspectos epidemiológicos, seus sinais clínicos, as maneiras de diagnósticar, etiopatogenia e cuidados com esta doença, que vem sendo, na atualidade classificada através de um olhar clínico veterinário e mesmo de saúde pública como sendo uma zoonose em constante evolução.