A INTEGRAÇÃO METABOLICA
Por: Juliana2017 • 5/5/2018 • 1.495 Palavras (6 Páginas) • 312 Visualizações
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Numa dieta rica em carboidratos o adipócito é capaz de converter glicose, a partir de intermediários como o piruvato e acetil CoA em ácido graxo, um dos formadores do TAG, juntamente com o glicerol. O TAG após sintetizado, é armazenado como uma grande gota lipídica no vacúolo do adipócito.
Quando há necessidade de combustível, os triacilglicerois armazenados são hidrolisados pelas lipases dentro da própria célula e os ácidos graxos provenientes liberados são entregues a corrente sanguínea e direcionados ao coração e musuculo esquelético. A adrenalina é capaz de acelerar o processo de liberação de acido graxo, pois estimula a ação da lipase. Já a insulina tem ação contraria e diminui a velocidade da lipase dos TAG.
METABOLISMO NO MUSCULO
Devido ao alto nível de consumo de O2 pelo tecido muscular, a atividade metabólica do musculo é especializada em produzir ATP como fonte imediata de energia. A natureza intermitente do trabalho realizado por esse tecido também influenciará na sua atividade metabólica. Durante o repouso os principais combustíveis utilizados são ácidos graxos provenientes dos adipócitos, corpos cetônicos, nesse estado a oxidação é completa. Quando o grau de atividade é moderado, alem dos já citados, a glicose sanguínea e utilizada como combustível também e sofre degradação completa. Entretanto, nos músculos extremamente ativos, a demanda por ATP é tão grande, que o fluxo sanguíneo não é capaz de fornecer todo o O2 e combustível suficiente para a produção de ATP necessário para a respiração aeróbica. Nessas condições o glicogênio muscular armazenado é degradado até lactato pela fermentação. Cada glicose degradada fornece 3 ATPs, pois a quebra do glicogênio fornece glicose 6-P economizando o ATP utilizado para fosforilar a molécula de glicose no inicio da via glicolitica. A secreção de adrenalina acelera o processo. No musculo esquelético não está presente a glicose 6 fosfatase que retira o fosfato da glicose 6-P e a converte em glicose livre, sendo assim todo o glicogênio presente no musculo será utilizado para produção de energia no próprio tecido.
A fosfocreatina presente nesse tecido também pode ser utilizada como combustível durante o surto de atividade pesada, a quebra da ligação de alta energia com o fosfato libera energia suficiente para produzir ATP e ocorre a liberação de creatina
Ciclo de Cori
A glicose presente no fígado, durante um surto de atividade é enviada ao musculo através do sangue, onde é convertida em glicogênio ou hidrolisada para gerar ATP, no surto de atividade pesada, ocorre a respiração anaeróbica devido ao déficit de O2 no tecido, gerando lactato. No final da atividade o lactato é transportado ate o fígado através do sangue e convertido em glicose com o gasto de ATP e GTP (gliconeogenese), essa glicose e devolvida ao músculo para repor os níveis de glicogênio.
O musculo cardíaco difere do esquelético devido ao fato de esse estar continuamente ativo, em ritmo regular de contração e relaxamento. Ao contrário do musculo esquelético, o musculo cardíaco possui um metabolismo completamente aeróbio, o que leva a maior quantidade de mitocôndrias nesse tecido em relação ao estriado esquelético. O combustível utilizado será uma mistura de glicose, ácidos graxos e corpos cetônicos, que chegam através da circulação sanguínea. Pequenas quantidades de fosfocreatina são armazenadas na forma de combustível reserva e são suficientes para um brevíssimo período de tempo.
METABOLISMO NO CEREBRO
O cérebro usa a energia para a transmissão de impulsos elétricos gerados pelo bombardeamento de ions. Normalmente utiliza apenas a glicose como combustível para geração de ATP através da glicólise, energia que será utilizada para funcionamento da bomba de sódio potássio.
Continuamente dependente da chegada de glicose devido aos seus estoques limitados de glicogênio. Apesar de não poder utilizar diretamente como fonte de energia o acido graxo ou lipídeos, é possível, que no estado de desnutrição, o cérebro utilize como fonte de energia corpos cetônicos, fonte importante de energia durante jejum prolongados pois permite que utilize indiretamente a gordura corporal como combustível.
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