A Economia Brasileira
Por: Sara • 17/7/2018 • 687 Palavras (3 Páginas) • 416 Visualizações
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AUTOCLÍTICO – COORDENAR
Segundo Matos (1991), a palavra autoclítico refere-se à característica do falante de editar a própria verbalização: rearticular, seccionar, articular, organizar sua própria fala enquanto está falando.
Existem 4 tipos de autoclíticos:
- Descritivos – “Vejo que ela é bem agressiva”, “Estou muito ansioso”,
- Qualificadores – “Certamente, ele está correto”,
- Quantificadores – “Poucos alunos estão interessados”, e
- com função de mando – “Fiquem atentos ao que vou explicar agora!”
Exemplo de cliente prolixa: Fala várias coisas ao mesmo tempo e fala a mesma coisa de várias maneiras.
C- R., acho que eu falo, falo e não falo nada.
T- Por que será?
C- Acho (resposta fraca da cl.) que é porque não sei direito o que quero. Agora, tem também o fato de que eu fico me policiando para falar.
T- Como assim?
C- Ah! Fico me policiando para falar com você porque antes de eu falar eu já fico querendo imaginar o quê você vai responder. Você entende.
T- Entendo. Algumas vezes você fez isto aqui, você falou assim: “eu sei que você vai falar que a culpa é minha, mas...” antes de eu falar alguma coisa que você já queria adivinhar o que eu ia falar.
C- É isto mesmo.
Sessão seguinte:
C- Achei você uma ótima profissional e se faz bem para o seu ego, achei você muito competente.
T- Como assim, se faz bem para o meu ego? (terapeuta questiona para investigar a questão da cliente querer adivinhar o que o outro quer)
C- Se faz bem para você ouvir eu te elogiar, ao menos é isso que eu imagino. (cl. Elogia a terapeuta por acreditar que é isto que ela quer ouvir-preocupação com o efeito da fala).
T- Acho que o importante é se faz bem para você falar isto. (intervenção da terapeuta para centrar o efeito da fala sobre o cliente e não sobre o que o outro quer ouvir.)
C- Ah! Para mim tanto faz. (parece que confirma a hipótese de que fala, fala e não sabe o que quer).
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