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Economia Brasileira

Por:   •  21/3/2018  •  1.176 Palavras (5 Páginas)  •  440 Visualizações

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Como essas crises deixavam o Brasil sem meios de financiar seu plano de estabilização, o governo, fragilizado, via-se obrigado a aumentar a taxa básica de juros para remunerar melhor esses capitais, numa tentativa de impedi-los de abandonar o país. O objetivo era evitar um "default", ou seja, uma quebra generalizada que empurrasse o país a uma moratória externa. A taxa de juros do Brasil chegou a 45% ao ano em março de 1999. Como consequência, houve maior endividamento público, mais cortes de gastos públicos, retração de alguns setores da economia e desemprego.

De 1999 a 2007 observamos também dois grandes surtos de crescimento, o primeiro foi a grande demanda de commodities exportadas pelo Brasil, que resultaria em um ganho em torno de 40% sobre as commodities importadas. O segundo ocorre devido ao estimo ao consumo do crédito. As taxas de juros foram rigorosamente baixadas e bens de consumos tiveram incentivos claramente adicionados como a redução do IPI para a linha automotiva e a Linha branca.

Porém em 2008 com o inicio das hipotecas de alto risco dos Estados Unido, com ápice na quebra do banco Lehman Brothers. Visando diminuir os efeitos da crise internacional o Brasil adota várias medidas desalinhadas ao tripé macroeconômico anterior.

Dentre estas seguem as três mudanças de maiores impactos:

1. Perseguição à taxa de juros baixa.

2. Taxa de Câmbio competitivo.

3. Maior intervenção do Estado na Economia.

Com a perseguição a taxa de juros baixas o Banco Central adota uma política monetária expansionista, sem dar o devido valor à inflação, esquecendo que o juros deve ser condizente com o controle de inflação.

Ao buscar uma taxa cambial competitiva o governo revela uma meta para a relação entre o dólar e real, quebrando a segunda perna do tripé, que do câmbio estritamente flutuante.

O comportamento difuso denota a utilização do dólar/real como instrumento de política monetária e o desconforto com o câmbio verdadeiramente flutuante. Em 2009 em diante o câmbio passa a ser administrado pelo Banco Central conforme suas intenções em conflito com a premissa inicial de que a taxa seria estabelecida pelas condições do mercado.

As considerações a respeito da ultima perna do tripé são ainda mais problemáticas. Foram negligenciadas assim como foram descumpridas as metas de superávit primário (Quanto o governo economiza sem considerar os gastos com juros). A Política Irresponsável Fiscal foi certamente o principal motivo para a estagflação brasileira. Segundo Thomas Sargent, a inflação é um fenômeno fiscal.

Com o governo gastando mais que arrecada, coloca o futuro da sociedade em risco. Desenvolver um orçamento equilibrado é necessário oferecer maiores taxas na poupança e encarar menos impostos.

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