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Trabalho de Marketing

Por:   •  26/4/2018  •  1.745 Palavras (7 Páginas)  •  367 Visualizações

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Além disso, é preciso destacar que as pessoas são estereotipadas o tempo todo pelo que usam ou que consomem. E com as crianças isso não é diferente. O público infantil também deseja o poder pela posse de bens materiais, status e reconhecimento social. Eles usam o argumento de que não querem ser “diferentes” dos colegas da escola, fazendo com que seus pais cedam aos apelos insistentes.

Este cenário é uma grande oportunidade para as empresas que procurem esse público como alvo e ainda que almejem se destacar nesse mercado suprindo as necessidades e satisfazendo seu público mirim.

- Ambiente Comportamental:

Quando as empresas lançam produtos e serviços para o público infantil, elas estão ao mesmo tempo suprindo a necessidade dos pais e ao mesmo tempo investindo em futuros consumidores. A criança de hoje, é a adulta consumidora de amanhã. Para as organizações é importante que a sua marca seja enfatizada agora para que no futuro ela possa ser lembrada por esse público. Sendo assim, estas fazem de tudo para atrair a atenção de seus clientes usando de variados artifícios, os shoppings, por exemplo, possuem uma estrutura que fascina as crianças: a loja de brinquedos, o parque, as cores, as luzes e, ainda, em datas comemorativas, como o natal, usam de uma decoração encantadora, para que até mesmo os pais fiquem curiosos para ir ver.

- Ambiente Econômico:

Já ficou claro que as crianças são potenciais consumidoras e influenciadoras, fazem de tudo para que seus pedidos sejam atendidos. Já foi visto também que os pais sempre acabam cedendo às chantagens emocionais e fazendo as vontades de seus filhos. Contudo, a renda das famílias está diretamente ligada à economia do país, quando esta vai bem, as empresas seguem vendendo seus produtos e ganhando lucro, caso contrário, a venda de produtos diminui e os negócios começam a enfraquecer.

- Ambiente Tecnológico:

A tecnologia contribui muito para que o marketing chegue até as crianças. No Brasil, a publicidade na TV e na internet são as principais ferramentas de mercado para persuadir o público infantil. Em uma pesquisa, foi constatado que 70% do investimento está na mídia televisiva, pois esse público passa em média 5 horas e 35 minutos por dia assistindo à TV.

A mídia televisiva também trouxe para as empresas uma vantagem para conquistar as crianças, que é a associação de personagem e famosos à produtos. A memorização de uma criança é mais gráfica do que verbal e por esse motivo o envolvimento da marca de uma empresa com um personagem aumenta as chances de lembrança. A utilização de personagens conhecidos atribui personalidade aos produtos e representam, para a criança, um contato próximo e identificação com seus heróis favoritos, influenciando a mesma na fidelização da marca. As empresas precisam avaliar o seu personagem levando em conta como será sua imagem perante o público.

Também é importante destacar que hoje é comum a maioria das crianças já nascerem plugadas no mundo virtual. Com isso, nos tempos atuais, elas estão adquirindo o hábito de consumo de outros modelos de brinquedos, os eletrônicos. Isso traz às empresas a necessidade de adequarem seus produtos aos novos gostos infantis, dando a eles mais movimento e tecnologia. Os brinquedos que antes usavam notas de papel simbolizando dinheiro, hoje usam máquina de cartão de crédito, as bonecas praticamente ganharam vida e os carrinhos usam tablets e outros aparelhos eletrônicos como pista de corrida.

- Exemplos:

- Baton:

Nos anos 80, a Garoto lançou a propaganda “Compre Baton”, que passava um menino segurando o chocolate da garoto como um pêndulo, balançando de um lado para o outro, como fazem os hipnotizadores, com o objetivo fazer os pais comprarem e dar as crianças a vontade de consumi-los. A propaganda foi um sucesso, alavancou as vendas e a marca Garoto ficou ainda mais conhecida, para as crianças era fantástico ter um chocolate com formato diferente e ainda, na páscoa ter um ovo com esse formato, era “o batom gigante”. No entanto, muitos não gostaram da propaganda, afirmando que ela utilizava recursos de manipulação do consumidor, fazendo uma “lavagem cerebral” já que repetia o mantra “compre baton, compre baton” inúmeras vezes. Isso levou o Conar (Conselho Nacioanl de Autorregulamentação Publicitária) a mudar o código que regulamenta a propaganda brasileira, impedindo, portanto, que propagandas similares a do Baton fossem veiculadas. Ou seja, foram impostos certos limites à publicidade brasileira e proibidos os comerciais que induziam a compra de um produto. O comercial foi censurado, mas mesmo depois de 27 anos ainda é muito lembrado e comentado.

[pic 2]

- Produtos da Xuxa:

Desde os anos 90 a “rainha dos baixinhos” Xuxa Meneghel, por ser apresentadora de programas infantis, está presente nas prateleiras das lojas enfeitando uma linha de produtos: carrinhos elétricos, biscoitos, cadernos escolares, barracas, velocípedes, sandálias, bonecas, dentre outros.

Em 2003, a Siemens Mobile, lançou novos modelos de celular usando a personagem Xuxa como alvo para a conquista do público infanto-juvenil.

[pic 3]

A Candide também disponibilizou uma variedade de “laptops que cabem na mão” para as crianças. Estes eram sem fio, tinham atividades educativas com música e em três línguas diferentes (português, inglês e espanhol).

[pic 4]

A Grendene, responsável pela linha de calçados Xuxa lançava anualmente dois modelos de sandálias e sapatos. Em dezembro de 2007, a empresa lançou uma linha de calçados Xuxa tendo como tema a preservação de animais em extinção, com o intuito de desenvolver um pensamento de comunicação de marketing em responsabilidade socioambiental.

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