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O Michael Sandel

Por:   •  1/2/2018  •  4.913 Palavras (20 Páginas)  •  354 Visualizações

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Sobre como os brasileiros que estão dando uma grande importância a corrupção, com ativismo cívico, também a frustração que temos com a política com relação ao mercado. Colocou em debate onde o mercado serve ao bem comum e onde explicar as razões da concordância.

Ideia de bem comum segundo Sandel

A ideia do bem comum procura repensar uma forma mais equitativa de viver, na busca de uma sociedade mais justa e igualitária, onde este ideal deve estar presente em todos conhecedores da lei e do direito. Michael Sandel pretende ressuscitar uma concepção política, onde cada indivíduo reconhece o outro, ambos como participantes de um mesmo meio social. Assim a formação de bons cidadãos está diretamente ligada ao caráter humano, com intuito de auxiliar as pessoas a desenvolver suas capacidades e virtudes cívicas. Portanto, cada ser humano pode exercer suas atividades da melhor forma possível, ou seja, o fruto do seu trabalho não seria uma recompensa só para si, e sim compartilhada com todos os membros que compõem o grupo social. Sandel afirma que a busca por uma sociedade justa deve ser feita ponderando sobre o conceito de vida boa e criando uma cultura pública que aceite divergências sociais intrínsecas ao racionalismo humano. Ele sugere ainda que a política justa deve se respaldar em questões morais e espirituais, aplicando aos interesses econômicos e sociais. A nova política da justiça do bem comum está baseada em 04 princípios adotados por Sandel, que são eles: a cultivação de uma virtude cívica; estabelecer limites morais ao mercado, para que este não interfira nas pratica social; diminuição da desigualdade social e o respeito incondicional as diversas crenças e culturas.

Analise do pensamento de Sandel sobre o papel do mercado

Hoje há cada vez menos coisas que o dinheiro não compra. Nas décadas recentes, o pensamento e os valores de mercado começaram a influenciar além do domínio dos bens matérias, carros, torradeiras, televisões de alta definição, e passam a dominar outros aspectos da vida social. a vida familiar e pessoal. Saúde, educação, vida civil, isso é o que preocupa Sandel.

Sandel não argumenta contra os mercados, argumenta contra a tendência do pensamento de mercado de dominar a vida social em geral.

E a forma como nos dirigimos nas décadas recentes, em direção de ter economias de mercado e nos tornamos sociedade de mercado. A economia de mercado é uma ferramenta, uma valiosa e eficiente ferramenta de organizar a atividade produtiva, e economias de mercado trouxeram riqueza e prosperidade para países ao redor do planeta.

Mas uma sociedade de marcado é um lugar onde tudo está a venda, é um modo de vida, no qual valores de marcado passam a dominar todos as esferas da vida e, então, Sandel crê que o desafio é tentar ter em mente a diferença entre as duas.

Para usar os benefícios de ter economias de mercado como ferramentas. Mas não permitir que ferramenta e a forma de pensar, dominam todas as relações humanas e toda a vida social.

Sandel enfatiza que não é contra os mercados quer manter os mercados em seu devido lugar. E, para que tenhamos esse tipo de debate público, precisamos descobrir que lugar é esse.

Análise da teoria sobre o papel do mercado e do Estado de Adam Smith

O pensamento de Adam Smith que a uma organização com o processo de crescimento econômico, ou seja, as causas do aumento do poder produtivo do trabalho e a uma classificação por diferentes classes da sociedade.

O que de mais importante ajuda a explicar esse crescimento econômico é a divisão de trabalho, e a pré-condição da divisão do trabalho é a acumulação de capital. Smith defende aquilo que ele descreveu como liberdade natural, cuja principal característica é a liberdade individual de cada um de competir com outro, com a mínima intervenção do estado. E a principal razão para a qual o governo necessita intervir no crescimento económico é de garantir um sistema de justiça.

Smith considera que existe um sistema de liberdade individual que passa por o governo não interferir com as atividades produtivas da população. E que o mercado deve ser deixado a funcionar com a mínima interferência do estado. Esta ideia tem subjacente uma lógica utilitarista que defende que o bem-estar de uma sociedade era identificado com o bem-estar agregado de todos os indivíduos. E que o estado devia se limitar as atividades de defesa nacional, segurança interna – preservação da propriedade privada, e de edificação e manutenção de instituições e obras públicas que pela sua natureza o privado não podia construir.

O papel do estado se situa aqui, essencialmente a dois domínios essenciais: criar condições para que o mercado possa funcionar e fornecer bens que o mercado não pode produzir.

Análise do pensamento de Sandel sobre ocupação do espaço público

Para Sandel o maior erro é pensar que serviços públicos são apenas para quem não pode pagar por coisa melhor. Esse é o início da destruição da ideia do bem comum. Parques, praças e transporte público precisam ser tão bons a ponto de que todos queiram usá-los, até os mais ricos.

Se a escola pública é boa, quem pode pagar uma particular vai preferir que seu filho ficasse na pública, e assim teremos uma base política para defender a qualidade da escola pública. Seria uma tragédia se nossos espaços públicos fossem shoppings centers, algo que acontece em vários países, não só no Brasil. Nossa identidade ali é de consumidor, não de cidadão.

Camarotizaçao e democracia segundo Karl Max

Karl Max acreditava que o valor da sociedade estava na busca por direitos democráticos e não pela segregação das classes sociais. Entretanto, com o passar do tempo, parte da sociedade impôs a camarotização das classes brasileiras e esqueceram que a democratização tem seu papel mais importante.

É importante lembrar que o conceito de camarotização da sociedade surgiu desde a chegada da família portuguesa ao Brasil. Isso porque o choque das culturas proporcionou a elitização da sociedade e a exclusão daqueles que não se enquadravam nos moldes europeus, deixando valores democráticos, como: socialização e inclusão em segundo viés. Esse fato comprova que a camarotização brasileira tem raízes históricas a qual gera segregação das classes sociais, impedindo a evolução dos valores democráticos.

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