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Fichamento Adeus ao Trabalho

Por:   •  23/10/2018  •  2.508 Palavras (11 Páginas)  •  394 Visualizações

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“O modelo japonês está muito mais sintonizado com a lógica neoliberal.” (p. 39)

Parecer:

Observa-se neste capítulo a preocupação do autor no que concernem as modificações na forma de produção, o que resulta de forma direta numa alteração da relação com o trabalhador, deixando à margem os direitos destes a partir do enfraquecimento do sindicato de classe, principalmente quando do fomento a criação de sindicatos mais inseridos no “espírito Toyota”, ou seja, mais próximo do patrão e, conseguinte, mais distante do trabalhador, que observa o crescimento neoliberal alimentado pela supressão de direitos a partir da desarticulação da classe trabalhadora.

O relatório do Projeto Integrador (P.I.), produzido a partir de pesquisa de campo, aborda a luta dos sindicatos em se manterem organizados e articulados, apesar do “espírito Toyota” se fazer presente nas ameaças e pressões que recebem os sindicatos a partir dos patrões. Apesar de a pesquisa de campo do P.I. ter se voltado inteiramente aos sindicatos de servidores públicos, muito se pode aproveitar quando da correlação com esta obra fichada, pois mostra a importância dos sindicatos na vida dos trabalhadores, trazendo os artigos 8º, III da Carta Cidadã (CF/88) e o artigo 511 da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) como segurança jurídica a sua atividade.

Capítulo II: As Metarmofoses no Mudo do Trabalho

“O mais brutal resultado dessas transformações é a expansão sem precedentes na era moderna, do desemprego estrutural.” (p. 49)

“Essas diversas categorias de trabalhadores tem em comum a precariedade do emprego e da remuneração, a desregulamentação das condições de trabalho em relação às normas legais e a regressão dos direitos sociais.” (p. 52)

“Mais de quatrocentos robôs fabricam, durantes as 24 horas do dia, outros robôs. Com métodos tradicionais seriam necessários cerca de 4 mil operários para se obter a mesma produção.” (p. 59)

“Evidencia-se, portanto, que ao mesmo tempo em que se visualiza uma tendência para a qualificação do trabalho, desenvolve-se também um nítido processo de desqualificação dos trabalhadores.” (p. 62)

Parecer:

Neste capítulo o autor aborda as transformações no mundo do trabalho, numa época de regressão de direitos dos trabalhadores e o desemprego a partir da desqualificação da mão de obra, reduzindo o laboro fabril a partir da terceirização de serviços, barateando a mão de obra e, conseguinte, desqualificando-a. Os avanços tecnológicos permitiram a redução da necessidade do trabalho manual na produção fim, fazendo com que apenas um operário, supervisionando uma máquina, produza o equivalente a dezenas de operários, exigindo-se, para tal, um operário versátil, multifuncional, para a função qualificada. Destarte, permitiu-se, ainda, a diminuição da jornada de trabalho, possibilitando ao empregador a redução dos custos com pessoal, o modelo japonês ganha força.

O Projeto Integrador (P.I.) traz em seu relatório algumas situações de diminuição de jornada de trabalho com o notório objetivo de promover a subcontratação. Prefeitos reduzem a carga horária do servidor para poder contratar correligionários políticos, dessa forma consegue burlar as orientações dos tribunais de contas, pois a manobra não aumenta o índice de pessoal, entretanto, precariza o trabalho a partir da ociosidade funcional e redução salarial, resultando na desqualificação da mão de obra.

Capítulo III: Dimensões da Crise Contemporânea do Sindicalismo; Impasses e Desafios

“Elemento decisivo no desenvolvimento e expansão da crise sindical é o fosso entre os trabalhadores “estáveis” e aqueles que resultam do trabalho precarizado.” (pp. 69-70)

“Paralelamente a esse processo que impulsiona a dessindicalização, os sindicatos tem recorrido a fusão como forma de resistir à avalanche neoliberal.” (p. 71)

“Essas transformações também afetaram as ações e práticas de greves, em decorrência da fragmentação dos trabalhadores.” (p. 72)

“Os caminhos a serem trilhados pelos sindicatos serão, por certo, capazes de evitar e impedir o seu desaparecimento, enquanto organismos representativos dos trabalhadores.” (p. 78)

Parecer:

Verifica-se, neste capítulo, a abordagem do autor acerca da crise do sindicalismo a partir do fomento por parte do empregador a dessindicalização, uma vez da redução do número de trabalhadores estáveis e mão de obra fragmentada e heterogênea, o que contribuiu de significativa forma nas ações e funcionamento dos sindicatos. O autor aponta a necessidade dos sindicatos em se reinventarem para sobreviver ao neoliberalismo e a precarização do trabalho, com vistas a continuar com poder de representatividade. O capítulo traz, ainda, uma série de indagações acerca da capacidade dos sindicatos em se adequar –ou romper- com as novas tendências, “desenvolvidas a partir do toyotismo” e avançando desde então em escala global.

O relatório do P.I. conceitua sindicato como entidade representativa dos trabalhadores com o objetivo de defender os interesses destes a partir da assistência administrativa e jurídica e apresenta um sindicato (do município de Ribeira do Pombal-Ba) representando pelo menos 32 (trinta e duas) categorias profissionais, vislumbrando-se ser uma forma encontrada para manter articulados os servidores naquele município, combatendo a fragmentação e mantendo as atividades do sindicato no que tange reinvindicações salariais, segurança no trabalho e manutenção das garantias trabalhistas, atividades trazidas no relatório do P.I. como intrínsecas dos sindicatos.

Capítulo IV: Qual é a Crise da Sociedade do Trabalho?

“Mesmo num processo produtivo, tecnologicamente avançado, a redução do tempo físico do trabalho no processo produtivo, bem como a redução do trabalho manual e ampliação do trabalho mais intelectualizado não negam a lei do valor.” (pp. 83-84)

“Portanto, trata-se de uma crise da sociedade do trabalho abstrato cuja separação tem na classe trabalhadora, mesmo fragmentada, o seu polo central.” (p. 88)

“Quando o movimento de classe dos trabalhadores se restringe e se atém exclusivamente à luta pela redução da jornada de trabalho, configura-se uma ação extremamente

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