Direitos Humanos
Por: Hugo.bassi • 11/12/2017 • 4.662 Palavras (19 Páginas) • 475 Visualizações
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Exemplo de relatórios que ajudaram a modificar cenários e a por em foco temas, temos os compreendidos entre os anos de 1990-1994. Os RDHs estavam centrados em trabalhar com a pobreza através de convenio entre países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento, como foi o caso do RDH de 1991, onde apresentava os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio “ O desenvolvimento humano precisa dos seus próprios objetivos específicos, como a alfabetização ou o ensino básico para todos. E precisa ser um objetivo global – o principal foco do desenvolvimento.” . O documento procurou anunciar estratégias de redução da pobreza apontando conjuntamente os princípios dos direitos humanos, da democracia e da participação para efetivar e promover as mudanças necessárias.
Em 1994, o RDH, introduz o conceito de segurança humana e apresentando-o como uma liberdade em relação ao medo e à necessidade e como proteção a ameaças crônicas (fome, doença e repressão) também tratou de “lançar” um novo conceito para o pensamento que visa promover a paz e prevenção de conflitos, uma vez que, a segurança humana uma é parte integrante e vital do desenvolvimento humano, de modo que a mesma está baseada e enraizada na proteção contra ameaças invasivas - “A segurança humana não é uma preocupação com as armas, é um preocupação com a vida e a dignidade humana.”.
Ao trabalhar com a verdadeira riqueza doas nações – as pessoas -, outros dois relatórios são apresentados como base como o do ano 2000 que se debruçou sobre os Direitos Humanos e o do ano 1994 em que trabalhava, também, com o desenvolvimento sustentável. Ambos se centram na tese de que é preciso investir para uma vida digna, porém sem comprometer as vidas futuras. Dessa forma deve-se buscar uma nutrição adequada, educação e proteção contra diversas calamidades; mas com precaução para que não venham a causar alterações climáticas, por exemplo. Vale lembrar que os direitos humanos incluem os direitos econômicos, sociais e culturais, bem como as liberdades civis e políticas.
1.2 O desenvolvimento humano permanece tão vibrante como sempre
Diante de todas essas explanações percebe-se que o discurso foi se modificando ao longo do tempo, sendo que hoje não há um consenso sobre as políticas de desenvolvimento;
de maneira que as novas tendências do pensamento sobre desenvolvimento reconhecem que não há soluções universais, mas sim apropriadas a cada tipo de realidade e que devem ser identificas e, daí sim, desenvolvida em cada localidade.
Dessa forma, conclui-se que o conceito de desenvolvimento humano é aberto e tem a ver com as épocas, às ideologias, às culturas e às classes, tendo também relação contrária a processos que empobreçam as pessoas, de opressão e de injustiça; sendo as pessoas beneficiaras e impulsoras do desenvolvimento.
2. O Progresso das Pessoas
Neste capítulo foi procurado avaliar, no período compreendido entre os anos de 1970 e 2010, a evolução das dimensões de desenvolvimento utilizadas no Índice de Desenvolvimento Humano – IDH - saúde, educação e rendimento, observando fatores que influenciam para avanços ou retrocessos dessas dimensões, no intuito de através da observação do passado criar um entendimento sobre necessidades futuras em busca da promoção do desenvolvimento humano.
Embora conste neste capítulo avaliações percentuais sobre as nações pesquisadas (135 países), seus avanços e retrocessos, o desenvolvimento dos países com maior e menor crescimento e a comparação entre países com IDH próximo ao longo do tempo, neste trabalho foi focado somente aspectos gerais que contribuem ou prejudicam os elementos saúde, educação e rendimento, integrantes do IDH.
2.1 IDH ferramenta para observação de avanços e retrocessos dos Países
O Índice de Desenvolvimento Humano – IDH – é contributo central para a construção do RDH, possui o propósito de ser uma medida simples de desenvolvimento e uma alternativa ao produto interno bruto (PIB), registra o progresso em três capacidades básicas: viver uma vida longa e saudável, obter educação e conhecimentos e desfrutar de um padrão de vida digno. O IDH ajuda a responder a algumas questões básicas sobre o progresso das sociedades, como que países progrediram mais rapidamente e se os países pobres estão a aproximar-se dos países ricos. Abordando-se somente o rendimento se obtém uma visão turva das condições de desenvolvimento de uma nação, o IDH torna-a mais clara, a partir de medidas que consideram o progresso de forma mais ampla.
2.2 O progresso abrandou
O progresso na saúde abrandou desde 1990; a média da longevidade aumentou em cerca de seis anos entre os anos 70 e 90, mas apenas quatro anos nas duas décadas seguintes. A mortalidade nos adultos baixou, desde os anos 90 - 23% para as mulheres e 6% para os homens - um ritmo muito mais lento do que os declínios de 27% e 26% nas duas décadas anteriores. As taxas de mortalidade infantil também foram diminuindo mais lentamente. Este abrandamento no progresso agregado deve-se largamente a graves retrocessos em 19 países (onde habitam cerca de 6% da população mundial) que registraram declínios na esperança de vida nas últimas duas décadas.
2.3 Fatores que influenciam as integrantes: Saúde, Educação e Rendimentos do IDH
A saúde é afetada por diversos fatores: conflitos; epidemias; transições econômicas; conhecimento; rendimento. Cada país tem o aspecto saúde afetado de acordo com suas condições e situações enfrentadas.
O envolvimento do setor público tem sido importante com notáveis mudanças ao longo do tempo e entre países. Foram introduzidas as taxas dos serviços de saúde na África no final dos anos 80 e posteriormente postas em causa por diversas razões, incluindo a limitada receita angariada.
Vários países na África Austral e Oriental aboliram recentemente as taxas para alguns serviços de saúde preventiva para mulheres grávidas, bebês e crianças pequenas. Há dados relativos a efeitos positivos imediatos, com uma maior utilização dos serviços de saúde por parte de crianças pequenas. Após o Uganda abolir as taxas em 2001, o tratamento de novos casos aumentou 19% relativamente a crianças abaixo dos cinco anos e, nos dois anos seguintes, a utilização das unidades de saúde governamentais em áreas rurais aumentou 77%.
Sobreviver é apenas uma parte de uma vida longa e saudável, estar bem nutrido
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