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Relatório de Estabilidade Financeira – Abril/2016 Resumo

Por:   •  17/5/2018  •  1.505 Palavras (7 Páginas)  •  287 Visualizações

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Inadimplência da Pessoa Jurídica: para Pequenas e Médias Empresas houve tendência de alta e atingiu o maior valor da série histórica para bancos públicos. Nas empresas de grande porte, houve leve redução da inadimplência ao longo do último semestre de 2015. A pré-inadimplência subiu ao longo dos últimos 6 meses de 2015, em ambos os portes de empresa, com maior impacto para as PMEs, indicando provável aumento da inadimplência no próximo semestre e/ou continuidade do ciclo de renegociações de créditos.

O cenário econômico adverso vem se refletindo também nos indicadores econômico-financeiros das empresas. A queda de lucros e aumento das despesas financeiras e do endividamento líquido causam deterioração da capacidade de pagamento das companhias abertas

Para o universo das empresas não financeiras há expectativa de oferta menor de crédito para as grandes empresas nos próximos meses, em razão das condições gerais da economia doméstica, das condições específicas da indústria/setor ou empresa e da percepção de risco de cada cliente. Para as micro, pequenas e médias empresas, os níveis de inadimplência e de tolerância ao risco, aliados às condições específicas dos clientes, continuam sendo os principais limitadores à oferta de crédito.

Em suma, pode-se dizer que o aumento da inadimplência, crescimento nas renegociações e baixo crescimento de crédito são reflexos da redução da atividade econômica e a deterioração na capacidade de pagamento das famílias e das empresas, indicando aumento do risco de crédito no SFN. A alta resistência das instituições do SFN à deterioração econômica (baseada em provisionamento) confere um cenário de estabilidade financeira às instituições, além de demonstrar capacidade para absorver novos aumentos nas provisões para crédito, se necessário.

Rentabilidade

A rentabilidade do sistema bancário aumentou, influenciada por resultados positivos dos bancos privados, com destaque para ajustes nas taxas de concessão, maior diversificação de receitas e resultados não recorrentes. O Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RSPL) do sistema bancário alcançou 15,4% a.a. em dezembro de 2015, alta de 0,6 p.p. em relação a junho. Os bancos privados foram os principais responsáveis por esse aumento, já que houve estabilidade nos resultados dos bancos públicos.

Houve aumento nas taxas de concessão para operações de crédito, refletindo a Selic média mais alta e a nova precificação das operações (em decorrência do ambiente de maior risco). No entanto as margens foram pressionadas para baixo, em função do aumento dos custos de captação e despesas com provisões.

Para 2016, a perspectiva de baixo crescimento das concessões continuará a reduzir a participação do crédito na formação do resultado dos bancos. Assim, segue a tendência de maior contribuição das receitas de serviços, seguros e cartões na composição do lucro líquido. Ganhos com eficiência tendem a ser menores pois há pouco oportunidade para tal. A inadimplência mais elevada implicará maiores despesas com provisões, acarretando queda das margens líquidas de intermediação e crédito, pressionando a rentabilidade do sistema.

Solvência

A solvência do sistema bancário segue em patamar elevado no segundo semestre de 2015. Em termos agregados, o sistema apresenta capital suficiente para cobrir os riscos inerentes às suas atividades. Bancos públicos e privados apresentam capital excedente em todas as exigências regulatórias, e suficiente para suportar os direcionamentos da Basiléia III. A perspectiva de expansão mais lenta dos ativos ponderados pelo risco deve reduzir o consumo de capital nos próximos períodos, o que contribui para equilíbrio dos índices regulamentares em um cenário de menor rentabilidade.

Testes de Estresse de Capital

Tem como objetivo mensurar a resistência e a capacidade de absorção de perdas causadas por eventual materialização dos principais riscos a que o sistema bancário se encontra exposto. Para tal, foram simulados choques extremos e adversos nas principais variáveis econômicas e financeiras.

Os resultados dos testes de estresse de capital mostraram que o sistema bancário brasileiro apresenta adequada capacidade de suportar efeitos de choques decorrentes de cenários macroeconômicos adversos, bem como de mudanças abruptas nas taxas de juros e de câmbio, na inadimplência ou nos preços dos imóveis residenciais.

Impacto do Cenário Internacional nos fatores: Liquidez, Crédito, Rentabilidade e Solvência

A redução da demanda chinesa pressionando o preço de commodities, a elevação da taxa de juros nos Estados Unidos aliados a uma precificação mais elevada decorrente da perda do grau de investimento do Brasil fez com que houvesse uma retração em relação à oferta de linhas externas. Observou-se elevação dos spreads praticados pelos credores externos, afetando a rentabilidade das instituições e empresas.

Os fatores externos se somam aos internos (crise política, queda da atividade econômica, redução do nível de confiança dos empresários), causando baixa expectativa de investimentos, reduzindo desse modo, a necessidade de captação de recursos por parte das companhias.

A rentabilidade do setor bancário vem aumentando, principalmente em função dos resultados positivos dos bancos privados e diversificação de receita e eventos não recorrentes. Por outro lado, a elevação das provisões

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