O Institucionalismo nas Ciências Econômicas
Por: Caio Oliveira • 1/7/2021 • Resenha • 742 Palavras (3 Páginas) • 781 Visualizações
O que você compreende quando falamos 'Institucionalismo' em economia?
O Institucionalismo é uma abordagem das relações econômicas que olha para o funcionamento dessas relações e privilegia o comportamento das instituições. Para se entender o funcionamento dessas instituições das sociedades, é preciso compreender a história do lugar e o processo de formação das mesmas.
Na economia neoclássica olha-se diretamente para as relações econômicas. Os institucionalistas abordam que o comportamento econômico dos agentes depende das instituições de onde elas vivem, além de que, para compreender tais instituições deve-se entender a sua formação histórica. Assim, no limite, são as instituições e a história que moldam o comportamento econômico dos indivíduos.
Quando se fala de instituições, deve-se considerar instituições políticas, culturais e o fato de haver racionalidade limitada, que guiam o comportamento dos indivíduos. No geral as instituições são como regras formais e informais que guiam a sociedade. Segundo essa abordagem não há como separar as relações econômicas das relações sociais e políticas, diferente da teoria neoclássica. Então deve-se considerar as relações sociais para entender o comportamento econômico do indivíduo. Deve-se levar em conta também que diferentes lugares produzem diferentes instituições, por isso uma teoria econômica muito geral fica mais difícil, devido à especificidade das instituições. Portanto, para essa teoria a instituição é a unidade básica de análise.
Pode ser dividido em velho e novo institucionalismo. Chama-se o institucionalismo da década de 30 como velho institucionalismo. Este, surge pela crise da teoria neoclássica. Se apresentam como alternativa, fazendo críticas à teoria neoclássica. Segundo eles, o equilíbrio ótimo poderia não ser alcançado ou poderiam existir múltiplos equilíbrios na economia, a determinação de preferências são determinadas fora do mercado, além de que fazem análise diacrônica, diferente dos neoclássicos, uma vez que, para eles o tempo e o lugar interferem na análise. Como contribuições, tem-se que ao estudar as instituições eles consideram fundamentos psicológicos na análise do comportamento humano, enfatizam a importância da lei (regras) para se entender o comportamento das pessoas e dão importância para observação empírica, isto é, trabalham com observação de dados da realidade de determinados lugares e em determinado tempo.
Com relação às suas críticas, tem-se a ênfase no particular, ou seja, a dificuldade de generalização. Retira das relações econômicas o sentido mais universal e atemporal. Outro ponto foi que a visão do ser humano complexo moldado pelas instituições, não foi capaz de substituir a imagem do ser humano racional economicamente (mais simplificada). Para se construir um modelo
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