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Análise de um comportamento atual de um setor oligopolista da economia brasileira: bebidas

Por:   •  25/12/2018  •  1.148 Palavras (5 Páginas)  •  441 Visualizações

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Gráfico 02 - Market share dos produtores brasileiros de cerveja e refrigerante em 2013, segundo o volume produzido.

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Fonte: Ambev.

Esse cenário é característico em mercados onde há fortes barreiras à entrada de novos competidores.

Visto que a competição entre os principais concorrentes se dá através de atributos subjetivos relacionados a preferência, a marca é determinante. Assim, há grandes investimentos em publicidade entre as empresas já existentes no mercado, em busca de sempre manter seu consumidor informado sobre o produto, desde mudanças na embalagem até novas receitas da bebida em questão, criando então barreiras à entrada de possíveis concorrentes potenciais.

Outra forte barreira à entrada está relacionada a vantagem absoluta de custos, isto ocorre principalmente em virtude aos acessos a canais de distribuição que as empresas estabelecidas possuem. Empresas que atuam no mercado a mais tempo, têm uma rede de fornecedores bem definida, o que irá lhes garantir melhores condições de permanência no mercado, garantias de recebimento de matéria-prima além da certeza de que seu produto estará à venda e será vendido no estabelecimento em que seus canais de distribuição atingirem, podendo atender a uma crescente demanda de clientes.

Essas duas barreiras quando em sinergia, são grandes problemas para entrantes potenciais, visto que, o crescente número de consumidores que sabem sobre o produto, e da maior presença deste no cotidiano dos clientes, em virtude do fácil acesso e confiança ao produto, mais difícil se torna a entrada de empresas no setor. Seria um verdadeiro desafio para a entrante! Ela provavelmente arcaria com um investimento muito alto de início (principalmente com publicidade), sem garantias de retornos satisfatórios e lucrativos. Ou seja, sua entrada não é proibida de acontecer, muito pelo contrário, o mais fácil dentro os desafios que pode encontrar é o de apenas entrar no mercado, o desafio está em se desenvolver e se estruturar.

Exemplo disso, é como o setor de bebidas foi analisado pelo site Nielsen em 2016, frente a crise econômica instalada no país. Um dos fatores essenciais que movem o mercado de bebidas é:

os líderes de Bebidas resistem melhor ao contexto econômico instável e conseguem melhorar seu desempenho. Para o total bebidas, 56% das marcas e 39% dos fabricantes líderes ganham share. O crescimento vem porque os líderes conseguiram responder melhor e mais rápido às tendências do consumidor com investimentos focados no composto de marketing: seja com alavancas de preço para diferentes formatos de embalagens, distribuição, promoção ou lançamentos.

É importante atentar-se a estabilidade dos preços dentro desse mercado oligopolista, por uma pequena quantidade de empresas deter de um índice significativo do mercado, seus preços não são caracterizados por grandes variações já que existem acordos entre estas empresas para se manterem no mercado, ou seja, o cenário delas é mais ''tranquilo'', ou ainda convidativo, já que o preço e custo crescem e caem mais lentamente do que um mercado competitivo por exemplo. Assim, como já têm confiança do mercado não se submetem a grandes riscos em quesitos monetários, a não ser por um significativo aumento de poder aquisitivo das famílias ou então de custos, mas ainda sim, através de acordos.

Com base nesse levantamento e na caracterização da estrutura do mercado em questão, a competição das empresas desse setor ocorre principalmente pelo grau de inovação (diferenciação), nível de preferência e melhor custo-benefício. Isto levando em conta as empresas que já competem no mercado, tendo em vista, que motivos de novas conseguirem entrarem já foi citado, bem como o motivo deste impedimento: condições estruturais.

Programas de inovação em produtos ou processamento, investimentos em marketing, presença de cliente para desenvolvimento de novos produtos, modernizações, gestão organizacional, desenvolvimento de novos produtos caracterizam o primeiro motivo citado. Costumes, crenças, variação de modelos, promoções, status de marca, comportamentos e preferências endógenas podem ser atribuídos ao segundo motivo. Já ao terceiro motivo atribui-se principalmente o valor que o cliente se dispõe a pagar, tendo em vista um valor que possa e queira pagar, mas que ainda sim satisfaça seus julgamentos internos de qualidade.Portanto, após esta pesquisa, acredita-se que as estratégias de cada empresa se dão não apenas pelos exemplos citados, mas principalmente por eles.

Bibliografia

Nielsen, 2016. Disponivel em: . Acesso em: 05 dez. 2017.

ABIA. Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação, 05 dez. 2017. Disponivel em: . Acesso em: 05 dez. 2017.

Azevedo, P. F. Organização industrial. In: Pinho, D. B. Vasconcellos, M. A. S. Manual de Economia. São Paulo: Saraiva, 2004. 5. Ed (cap. 9)

Bain, J. Barriers to New Competition. Cambridge, Mass.: Harvard University (cap.1 - Importância da condição de entrada. Tradução do original em inglês (IE - UNICAMP, mimeo

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