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Estagio - Criação de uma Empresa - Unopar

Por:   •  18/4/2018  •  1.455 Palavras (6 Páginas)  •  266 Visualizações

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Pacioli, então, foi quem deu o primeiro passo para ser desenvolvida a contabilidade do mundo moderno, a qual posteriormente, no período científico, irá ser caracterizada como uma ciência a ser estudada e analisada como tal. Apesar de não ter sido ele quem desenvolveu o método das Partidas Dobradas, ficou com o mérito da sistematização e seus estudos e conceituações serviram de base para as Ciências Contábeis do período científico.

Os primórdios desse período são consolidados pelos autores Francesco Villa e Fábio Bésta. O primeiro foi o responsável por iniciar a nova fase da contabilidade com sua importantíssima obra do século XIX: "La Contabilità Applicatta alle administrazioni Private e Plubbliche". Nela,

Francisco Villa extrapolou os conceitos tradicionais de Contabilidade, segundo os quais escrituração e guarda livros poderiam ser feitas por qualquer pessoa inteligente. Para ele, a Contabilidade implicava conhecer a natureza, os detalhes, as normas, as leis e as práticas que regem a matéria administradas, ou seja, o patrimônio. Era o pensamento patrimonialista. (EQUIPE PORTAL DE CONTABILIDADE, 2016)

O segundo, Bésta, foi seguidor de Villa, porém não se restringiu à teoria de seu mestre. Inovou, expandiu e demonstrou, nos estudos sobre contabilidade, o elemento fundamental da conta: o valor. Chegou muito próximo à instituir o patrimônio como objeto da contabilidade, mas esse feito foi elucidado apenas por seu pupilo europeu: Vicenzo Mazi. Foi esse quem em 1923 definiu o objeto da contabilidade como sendo o Patrimônio.

Vale lembrar que no início do século XX a Europa estava sentindo os reflexos da Primeira Guerra Mundial, portanto seu comércio estava bem defasado. Em contrapartida, o país que havia se beneficiado com a guerra sem ter sentido seus efeitos negativos era o Estados Unidos da América. Por isso, os EUA vinha desenvolvendo fortemente suas relações comerciais e acúmulo de capital, portanto requeria que houvesse um maior desenvolvimento prático das ciências contábeis. E assim ocorreu.

Enquanto declinavam as escolas européias, floresciam as escolas norteamericanas com suas teorias e práticas contábeis, favorecidas não apenas pelo apoio de uma ampla estrutura econômica e política, mas também pela pesquisa e trabalho sério dos órgãos associativos. O surgimento do American Institut of Certield Public Accountants foi de extrema importância no desenvolvimento da Contabilidade e dos princípios contábeis; várias associações empreenderam muitos esforços e grandes somas em pesquisas nos Estados Unidos. Havia uma total integração entre acadêmicos e os já profissionais da Contabilidade, o que não ocorreu com as escolas européias, onde as universidades foram decrescendo em nível, em importância. (EQUIPE PORTAL DE CONTABILIDADE, 2016)

Assim, com o apoio do governo em conjunto das empresas, a contabilidade se desenvolveu em grande escala, possibilitando, inclusive, uma melhor eficácia nas contabilizações de empresas com enormes capitais, as ditas multi, transnacionais.

No Brasil a contabilidade chegou alguns anos após o “achamento” das terras por Portugal, em 1530, com a criação das primeiras alfândegas que surgiram nesse período. Em 1549 foram constituídos os primeiros armazéns alfandegários e pela necessidade de gerir esses patrimônios, a corte portuguesa nomeou como primeiro Contador Geral da história do Brasil, Gaspar Lamego. Apesar da instituição da contabilidade na época, não era uma prática tão complexa. Sua evolução começou a se acentuar no período joanino, que se iniciou em 1808, quando Dom João VI decretou o Brasil como Reino Unido à Portugal e abriu os portos às nações amigas do reino, sobretudo ao Reino Unido à Inglaterra. Foi a época do fim do pacto colonial, portanto o comércio se desvinculou da colônia e possibilitou a expansão em grande escala. Assim, a necessidade de se desenvolver a contabilidade no Brasil foi algo imanente ao contexto histórico, culminando inclusive na criação do Banco do Brasil, que era útil para gerir as contas da corte.

Nesse período, houve um aumento da arrecadação a partir das relações comerciais com as nações amigas, consequentemente, um aumento dos gastos do Estado, surgindo a necessidade cada vez mais intensa de se contar o patrimônio da monarquia. Foram então reformuladas as regras para o Erário Régio.

O Tesouro Real, ou Erário Régio foi instituído em 1761 por carta de lei construída em 22 de dezembro no reinado de Dom José I, substituindo, com isso, a Casa de Contos do Reino, que centralizava todas as rendas da coroa e, pela “porta dos fundos” saíam os fundos para todas as despesas. Com a instauração dessa lei, o objetivo, segundo artigo publicado no sítio eletrônico do Tribunal de Contas de Portugal, “era evitar a dispersão existente das cobranças e despesas que tornava impossível uma gestão completa e sistemática das contas públicas”.

O Erário Régio era presidido pelo Inspetor-Geral e este ficava subordinado imediatamente ao Rei. Um dos famosos e importante Inspetor-Geral foi o Marquês de Pombal.

REFERÊNCIAS

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