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Correntes contabilisticas

Por:   •  28/9/2018  •  3.757 Palavras (16 Páginas)  •  268 Visualizações

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Mas, Barreto (2011) narra essa origem citando que os cientistas afirmam que desde o homo-sapiens, há cerca de 30 mil anos atrás, já demonstrava algum tipo de conhecimento contabilístico. Algumas grutas formaram provas arqueológicas, como na gruta de Dáurignac no departamento do Haute, ao sul da França e também registos idênticos também foram encontrados no Brasil, no município de Raimundo Nonato, no Piauí.

É visível identificar que essas práticas contabilísticos rudimentares eram feitas como parte da cultura, ou seja, apenas obedecia à necessidade de controlar suas riquezas.

Mas os registos das operações comerciais, industriais e públicas ganharam uma sistematização mais ampla somente na Idade Média, ou seja, há cerca de pouco mais de um milénio quando se oficializou o surgimento da prática de sistematização por correlação de causa e efeito (SÁ, 2008).

As actividades económicas estavam cada vez mais se desenvolvendo nas cidades de maior fluxo mercantis do mundo e com isso, estudiosos relatavam, através de livros, várias teorias que até hoje são lembradas.

É assim, fácil de entender, passando por cima da Antiguidade, por que a Contabilidade teve seu florescer, como disciplina adulta e completa, nas cidades italianas de Veneza, Génova, Florença, Pisa e outras. Estas cidades e outras da Europa fervilhavam de actividade mercantil, económica e cultural, momento a partir do século XIII até o início do século XVII. Representaram o que de mais avançado poderia existir, na época, em termos de empreendimentos comerciais e industriais incipientes. Foi nesse período, obviamente, que Pacioli escreveu seu famoso Tractatus de coputis et scripturi, provavelmente o primeiro a dar uma exposição completa e com muitos detalhes, ainda hoje actual, da Contabilidade. (IUDÍCIBUS, 2009, p. 16)

- Fases da evolução da contabilidade

A história da contabilidade é dividida em períodos. Apresentamos, de seguida, de maneira aprofundada os períodos, as práticas contabilísticas e os pensadores mais importantes o qual viveram e criaram as diversas escolas doutrinárias em cada período.

2.2.2.1. Período da contabilidade antiga ou empírica de 8000 a.C. até 1202 da era cristã

Segundo o historiador Frederigo Melis, os primeiros vestígios de utilização da contabilidade foi aproximadamente há 8000 a.C. os primórdios da civilização utilizavam-se dos poucos que continham para controlar os seus rebanhos e a produção agrícola por eles cultivadas. Alguns pesquisadores afirmam que quando o homem se deparou com a vontade de controlar o cultivo da terra e o seu rebanho, afim de controlar o acúmulo de riqueza surgiu a contabilidade. A ideia de entesouramento de riqueza fez com que o homem criasse um método racional de acumulo de informações de seus bens e obrigações, pois seria inviável a memorização de tanta informação. Técnicas de registos foram criadas para controlar os bens e obrigações.

Entre 8000 e 3000 a.C. foram utilizadas como técnicas de registos fichas de barro. Estas fichas foram utilizadas em Israel, Iraque, Turquia, Síria, Mesopotânia e na antiga Pércia, afim de controlar os bens e obrigações. As fichas de barro foram as primeiras evidências de um sistema contabilístico. O homem pré-histórico afim de controlar a produção agrícola, o seu rebanho de animais, as trocas de produtos agrícolas e de animais com outros homens que por sua vês viessem a deixar resíduos de créditos ou débitos o faziam mediante a fichas de barro. Estas fichas de barro eram usadas pois neste período não utilizavam-se da escrita, tão pouco de números, e cada ficha de barro representava um animal ou um produto agrícola. Havia paridade de um por um, ou seja, para cada ficha de barro tinha se um animal no rebanho ou representava a colheita agrícola. Com o surgimento das casas decimais, a paridade das fichas evoluíram. Algumas fichas poderiam valer não só um animal, mais dez ou cem, por exemplo.

As fichas de barro representavam mercadoria ou ate um direito para o seu possuidor. Cada animal era representado por uma ficha de barro e cada ficha de barro continha uma forma palpável e visível diferente uma das outras para identificar o animal representado.

Juntamente com as fichas de barro o homem utilizava tábuas de argila que serviam também para o controle dos bens. Estas tábuas, conhecidas como tábuas de Uruk ou de jemder-Nasr ou de Ur Arcaica, escrituravam as entradas e saídas dos bens. Segundo Schmidt (2000:22) os registos nas tábuas de argila demonstram fortes evidencias do controle físico dos bens, visto que ainda não existe o conceito de valor e moeda. A tábua de Urk, por exemplo, foi utilizada há 4000 a.C. essas tábuas, recebiam o desenho que representava o animal, assim como a conta imóvel actualmente representa o valor ou o número é identificada por uma escrita que representa ou simboliza a sua identificação através de leitura. As tábuas também eram identificadas por gravuras que representam o animal ou o bem que queria controlar. Este fenómeno, conhecido com pictografia era utilizado pela falta de escrita.

A preocupação com o controle dos custos é notável há 3000 a.C. quando os mesmos eram controlados separadamente, pelo menos os custos com a mão de obra e os custos com materiais. Eram identificados somente os custos directos, ficando os custos indirectos ainda sem apropriação.

Com o passar dos anos os controles foram aumentado e aproximadamente em 3250 a.C. surgiram envelopes ou as caixas elaboradas com barro para melhor controlar as entradas e saídas da produção agrícolas e os rebanhos de animais. Cada envelope ou caixa representava um bem e a quantidade de fichas depositadas dentro do mesmo representava a quantidade de bens, direitos a receber e ate mesmo obrigações.

Os envelopes ou caixa representam actualmente razonetes, onde um valor do activo por exemplo é debitado ou receber um valor. Porém, os envelopes ou caixas de barro, ao receber um valor ou numerário recebia uma ficha de barro representando um valor de entrada.

Alguns historiadores acreditam que a contabilidade surgiu juntamente com a escrita e que os primeiros sinais de escrita contabilística, foram feitas na tábua de Uruk. Acredita-se que as fichas tem a mesma intenção das tábuas de Uruk, controlar os bens e as obrigações assumidas, logo, este controle possuía um intuito de apresentar ou controlar o património. Como as fichas foram utilizadas antes das tábuas de Uruk, aproximadamente 4000 anos de diferença, expresso minha opinião concordando que o primeiro vestígio da utilização de

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