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BIOSSEGURANÇA – A ESTERELIZAÇÃO DOS MATERIAIS DE USO EM ESTÉTICA

Por:   •  4/7/2018  •  2.839 Palavras (12 Páginas)  •  305 Visualizações

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DISCUSSÃO - ATUALIDADE

A exigência cada vez maior do mercado em relação à qualidade dos serviços prestados na área da beleza evidencia a necessidade de redução de riscos de possíveis contaminações.

Apesar do caráter pouco invasivo de alguns procedimentos, micoses e infecções de pele fazem parte da lista de doenças que podem ser contraídas através de pincéis, curetas (extratores de comedões), lixas de caneta diamantada e outros objetos utilizados nas práticas da estética. Sem falar nos procedimentos de manicure e pedicuro possuem alto risco de infecção cruzada, pois se faz o uso de alicates, que são instrumentais perfuro cortantes, e há uma grande rotatividade de clientes. (MONTANA, 2004)

De acordo com normas da Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo, os profissionais que atuam na área de estética e beleza devem fazer uso de equipamentos de proteção individual durante procedimentos de: manicure, pedicuro, posologia, depilação, limpeza de pele, corte de cabelo, retirada de barba, aplicação de produtos químicos pois ficam expostos a patógenos causadores de doenças, entre elas, hepatite B e C, herpes, gripe, tuberculose, micoses, AIDS e também a produtos que exalam odores tóxicos e que podem causar doenças. (SCHMIDLIN, 2006)

Na prática da biossegurança, a limpeza constitui a primeira e a mais importante etapa para a eficácia dos procedimentos de desinfecção e esterilização dos objetos. Limpar nesse sentido, significa remover lixo, matéria orgânica e manchas, e inclui escovar, limpar, lavar ou esfregar com água contendo sabão ou detergente, álcool e uma diversidade vasta de produtos específicos para tal feito.

Cada vez mais acessível ao público, os cuidados com a estética, abrangendo as mais variadas classes, gera uma maior concorrência do mercado, iniciando a tão famosa e conhecida competitividade “qualidade x preços”, o que normalmente beneficiaria o consumidor por proporcionar maior variedade em opções, tem criado na verdade uma relação de busca pelo “lugar perfeito” no que diz respeito à segurança quanto ao cuidado do profissional, (atendimento, limpeza, asseio, regulamentação, etc.).

AS MEDIDAS DE PRECAUÇÕES UNIVERSAIS OU MEDIDAS PADRÃO

As medidas padrão, representam conjunto de medidas de controle de infecção, para serem adotadas universalmente, com o objetivo de promover a redução do risco ocupacional e da transmissão de microrganismos nos serviços de saúde.

A obrigatoriedade do uso de equipamentos de proteção individuais, com a finalidade de impedir que microrganismos provenientes de pacientes através de sangue, fluidos orgânicos, secreções e excreções de pacientes contaminem o profissional de saúde e sua equipe.

5.1. FAZEM PARTE DOS EPIs:

Avental impermeável ou jaleco: evitando assim, respingos ou secreções indesejadas no corpo do profissional durante os procedimentos. Orienta-se ainda, a evitar o uso do mesmo em outros ambientes, não propagando assim as sujidades já presentes. Importante ressalvar que não é descartável, mas deve ser constantemente higienizado e eventualmente substituído. (FILHO, 2009)

Gorro ou touca descartável: impedem contaminação de ambas as partes e devem\podem ser utilizadas tanto pelo cliente, como pelo profissional, garantindo assim proteção mútua. Importante ressaltar, que os mesmos deverão ser usados durante todo tempo de realização dos procedimentos nos pacientes, pois os cabelos representam importante fonte de infecção. (GUANDALINI, 1998)

Máscara descartável: impede o risco de respingo ou secreção bucal ou nasal do profissional. Esse EPI, é de uso imprescindível em qualquer procedimento por mais simples, rápido e inofensivo que pareça, graças a proteção contra o risco de tosses, espirros, e outros mecanismos involuntários do corpo humano. (GUANDALINI, 1998)

Luvas descartáveis para procedimento: impedindo o contato direto com a pele do cliente e do profissional, servindo assim de barreira para contaminações possíveis. Os membros da equipe de atendimento deverão utilizar usar luvas previamente ao manipular artigos críticos na presença de sangue (mesmo coagulado ou seco), em saliva e em superfícies contaminadas por esses fluidos corporais. (RAMOS, 2009)

5.1.1 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

A higienização das mãos é a medida individual mais simples para prevenir a propagação de infecções relacionadas à saúde. Antes chamada de “lavagem das mãos”, foi substituída pelo termo “higienização” por ser mais abrangente. Trata-se do ato de higienizar as mãos com água e sabão, visando a remoção de bactérias transitórias ou residentes, como também células escamativas, pelo suor, sujidade e oleosidade da pele (APEHIC, 2003)

Esta prática evita transmissão de doenças e possíveis patógenos. De acordo com o Manual Higienização das Mãos em Serviços de Saúde da ANVISA, publicado em 2007, as mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos durante a assistência prestada aos pacientes, pois a pele é um possível reservatório de diversos microrganismos, que podem se transferir de uma superfície a outra, por meio de contato direto (pele com pele), ou indireto, através de contato com objetos e superfícies contaminados.

Higienizar as mãos previne e reduz infecções causadas pelas transmissões cruzadas. As técnicas de higienização das mãos podem variar, dependendo do objetivo ao qual se destinam.

5.1.2 PASSO A PASSO DE COMO HIGIENIZAR CORRETAMENTE AS MÃOS

O profissional deve retirar anéis, pulseiras e relógio, pois sob tais objetos podem acumular-se microrganismos. A finalidade da higienização simples das mãos é remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele e retirar a sujidade propícia à permanências e proliferação destes microrganismos.

O procedimento deve ter duração de 40 a 60 segundos. Algumas ações são importantes: no caso de contato com as torneiras, o contato manual para fechamento deve ser realizado com papel toalha. O local necessita ter papel toalha - pois o uso coletivo de toalhas de tecido é contraindicado pois permanecem úmidas, favorecendo a proliferação bacteriana. E deve-se evitar água muito quente ou muito fria para prevenir o ressecamento da pele.

[pic 2]

Fonte: Manual de Limpeza de Desinfecção de Superfícies - ANVISA,

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