A Educação Fiscal No Contexto Social

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possa ser garantida a sustentabilidade das atividades humanas e principalmente que seja alcançada a melhoria da qualidade de vida para as atuais e futuras gerações.

Em sociedades menos urbanizadas e estruturalmente mais simples, a educação de que o indivíduo necessitava era adquirida no convívio com a própria família e com a comunidade. Considerando que a educação é a base de construção de novos conhecimentos, propiciando transformações nos indivíduos e na sociedade, a formação do homem moderno precisa ser muito mais ampla do que apenas promover a assimilação de conhecimentos acadêmicos ou familiares; ou seja, a educação, constitutiva da formação individual reflete-se no âmbito social, no qual exerce e sofre influência. Com a finalidade de atender as demandas da UNESCO, no que se refere a educação, o filósofo Edgar Morin ficou responsável por sistematizar uma série de reflexões que servissem para repensar a educação no século XXI, onde ele “cria” os sete saberes necessário à educação do futuro, onde a chave para um futuro melhor passa pela educação capaz de promover a “hominização na humanização”, o acesso à cidadania pela compreensão de si mesmo e das inter-relações entre tudo o que existe. O autor também realça a importância da educação no espaço social, onde ele afirma que para se ter uma educação de qualidade se faz necessária que condições primárias sejam atendidas, como saneamento básico e agua encanada. E que os cidadãos devem observar a situação em que os estabelecimentos de ensino se encontram para que as medidas cabíveis sejam tomadas, para que se possa ter uma educação de qualidade. A importância da cultural na educação também é destacada como elo fundamental para o processo de aprendizagem, pois devido à importância e como ela se faz presente em todos os âmbitos da sociedade. Como por exemplo a aplicação do reconhecimento cultural local e sua diversidade: conhecer o artista local, sua obra, a linguagem que utiliza em sua arte, o caminho histórico-social por ele percorrido, os espaços populares onde se produz cultura, incluindo também o patrimônio cultural arquitetônico. O espaço escolar é essencial para a formação dos futuros cidadãos, para que os responsáveis pelo instrumento de trabalho (professores) guiem e despertem os alunos, para a realidade em que vivem criando uma consciência crítica. Onde um ciclo vicioso de direitos e deveres será criado por uma sociedade crítica, pois a partir do momento que a sociedade é consciente as exigências por melhores condições em todos os sentidos serão feitas. A educação voltada pra autonomia é fruto de uma escola formadora de senso crítico, que cria cidadãos conscientes, sensíveis e responsáveis, que pense global e aja localmente, sendo capaz de intervir e modificar a realidade social excludente a partir de sua comunidade, tornando-se, assim, sujeito da sua própria história. A importância do Participação Populacional e Controle Social, é incentivada pelo o autor, onde salienta que esses papéis são imprescindíveis para o monitoramento e exigência do Estado, e só é possível ter esse controle por meio de cidadãos críticos. Onde a forma que esse controle seria executado se daria por intermédio dos Conselhos de Política Pública. A Educação Fiscal é de extrema importância para o controle econômico, e ela só é possível ser compreendida por cidadãos que possuam consciência crítica, pois ela entra como veículo formador de opinião e fornecedor de informação relacionada a tributação. “Fica mais explícito que o tributo é a contribuição de todos para construirmos uma sociedade mais justa, o que só será possível com o controle popular do gasto público. Essa consciência estimula a mudança de comportamento em relação a sonegar e malversar recursos públicos, atos que passam a ser repudiados como crimes sociais, uma vez que retiram dos cidadãos que mais dependem do Estado as condições mínimas para que tenham dignidade e esperança de construir seu futuro com autonomia e liberdade.”