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A ETICA FILOSOFIA

Por:   •  21/11/2017  •  2.396 Palavras (10 Páginas)  •  328 Visualizações

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Nos dias atuais, manifestações contra a forma de governo e sobre as decisões do mesmo ainda são frequentes. Presenciamos diversas manifestações que ocorreram no ano de 2013, em decorrência dos bilhões de reais utilizados pra construção de estádios para Copa do Mundo, que será realizada no Brasil neste ano de 2014. Movimentos que reivindicam o uso da verba pública, que tal investimento deveria ser feito a outras áreas que estão debilitadas, como a saúde, educação e segurança, sendo essas três as que estão necessitando com mais urgência de investimento em sua infra-estrutura.

Podemos observar a precariedade do nosso sistema público de saúde, pessoas morrem nos coredores dos hospitais, por falta de atendimento adequado. A falta de equipamentos e a negligência por parte de trabalhadores e responsáveis pela saúde no Brasil, são assuntos que nos revoltam. Aquelas pessoas que não possuem condições financeiras para um tratamento de uma enfermidade, são esquecidos e deixados a mercê de um milagre. Isso ocorre devido à falta de investimento, juntamente com o desvio de verbas que são destinados para esses fins. Quando aplicado à verba, na construção de um centro de atendimento, leva anos e anos para a execução da obra, além disso, o seu orçamento termina sendo muito acima daquilo que foi previsto, enquanto estádios gigantescos com capacidade para mais de cinquenta mil pessoas foram construídos ou reformados em menos de quatro anos. Essa indignação é crucial para demonstrar aos governantes que a sociedade está a par dos problemas que vem ocorrendo em nosso país, estamos todos observando, e observando não de uma forma totalmente pacífica, não devemos inserir essa última palavra em nosso vocabulário quando o caso é democracia.

O autor fala sobre o reflexo da mídia na conduta de uma sociedade:

Isso se agravou, a meu ver, quando os meios de comunicação de massa passaram a representar o principal veículo de formação das pessoas. Até o surgimento da televisão, a formação ocorria dentro da família e na sua escola, os valores eram aprendidos nesses locais. Em parte a família, em parte a escola, mas em grande parte é o que eles veem na televisão. A TV oferece uma espécie de curso intensivo, para adultos e crianças, sem nenhum controle social. (Hebert de Souza, p. 13).

Observamos que a TV virou uma educadora ou uma complicadora de uma sociedade, sendo essa responsável em sua maioria pelos atos brutais que acontece nos dias atuais. Ela está ligada diretamente a fatos que geram audiência, baseando-se em violência, desprezo, mutilação, tragédia, transmitindo ações desumanas a pessoas de todos os tipos. Indivíduos são influenciados por esse meio, um exemplo disso é visto no modo de se vestir, as pessoas se vestem conforme as celebridades da "telinha", mostrando o seu poder de controle. Se um ato desse pode induzir, um crime exposto pode vim a acarretar outros tantos de forma cada vez mais impiedosa. O autor em seu diálogo menciona que a televisão não possui apenas o lado negativo, se ela for de uma forma educativa pode vim a mudar uma sociedade em um período curto de tempo.

Retomando ao tema política, Betinho da uma definição a política em relação ao poder, fazendo uma analogia entre as mesmas, sendo considerada a política uma relação de poder entre indivíduos ou grupos de indivíduos, relação que provavelmente irá se estabelecer o domínio, acarretando subordinações para que o poder exista. Deverá encontrar equilíbrio entre essas relações para que ninguém sege subordinado ou subjugado.

Para alcançarmos a democracia deverá ocorrer política sem domínio, onde a população não deverá ser subordinada, mas sim participar, opinar, das decisões políticas sociais, e isso não acontece dessa maneira. Somos subordinados a todo o momento, em relação ao salário dos governantes, tudo que eles usufruem sai do bolso de todos os trabalhadores, além disso, não podemos estabelecer a remuneração de tais, em contradição são eles mesmos que estabelecem o que o restante da sociedade deverá ganhar.

As políticas no Brasil possui um histórico voltado para a dominação, onde a menor parte da população acumula as riquezas e obtém o poder e a maior parte são sujeitos a pobreza. Tornando assim um país excludente, quem tem o poder manda e despoja o restante da população. Segundo o autor a única forma de termos um país democrático se daria através da adoção de cinco princípios: liberdade, igualdade, participação, diversidade e solidariedade. E ainda da descentralização do poder, sendo uma proposta que daria uma maior liberdade e autonomia social. A partir da aceitação desses cinco princípios, dos quais devem estar sempre juntos o governo se tornará mais democrático e justo.

Quanto perguntado sobre as diferenças existentes no Brasil, o autor trás para a discussão um assunto bem interessante. Ele relata um pouco sobre o contraste entre ser igualdade e diferenças, como veremos a seguir:

Desigualdade deriva de um tipo de privação social, por exemplo, quando um é rico e o outro pobre. Isso não significa que os dois sejam diferentes, mas que, diante da riqueza, um tem e o outro não tem [...] A diferença não se relaciona necessariamente com a ética. Uma pessoa pode diferente de outra, e não ser desigual. Diversidade também não representa a mesma coisa que diferença ou desigualdade. (Hebert de Souza, p. 24)

A partir desse trecho podemos continuar com a nossa discussão, que sua vez mais entendida, visto que esclarecemos/ distinguirmos dois fatores que a principio se faziam bem parecidos.

As desigualdades no Brasil tem sido constate, e muitas vezes se dá por meio da cultura dominante, que a ignora. Notamos esse exemplo principalmente com o que acontece com os negros, onde á um preconceito desde nossas bases históricas, com a era escravocrata. E desde então os negros são vistos como o que recebe o menor salário, o que possui menos escolaridade, que se vê destinado a procura do crime que se desencadeia uma vez que não teve a oportunidade de ter um emprego e ainda tem acesso social restrito. E por trás dessas coisas há um medo de assumir esse "pré-conceito". A melhor maneira de eliminar esse preconceito do país seria transformando a cultura, passando a levar novos valore e outras atitudes.

Para o autor, um país com diferenças é importante sim, mais junto a isso não se pode esquecer dois fundamentos: a igualdade e a liberdade. E que o problema do socialismo não ter sido levado para frente, está no fato de que para se ter socialismo precisariamos ter a igualdade.

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