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Trabalho de Finanças corporativa

Por:   •  13/11/2018  •  4.325 Palavras (18 Páginas)  •  234 Visualizações

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O Mercado de Derivativos no Brasil Em dezembro de 2013, o estoque total do mercado de derivativos no Brasil, em valor nocional, era de 5 trilhões de reais, dos quais 1,1 trilhão de reais, equivalentes a 22,4 %, eram derivativos negociados em balcão, e 3,9 trilhões de reais, ou 77,6 % do total, eram negociados em bolsa. No Brasil, existem duas entidades que oferecem serviço de registro de contratos derivativos: BM&FBovespa e CETIP. A primeira dispõe de ambiente para negociação em pregão (bolsa) e balcão, enquanto a segunda dispõe apenas de mercado de balcão. As condições de registro de tais contratos derivativos podem ser consideradas equivalentes às dos repositórios de transações (Transactions Repositories - TRs) existentes nos mercados internacionais. Contudo, as funções desempenhadas pela BM&FBovespa e pela CETIP, mesmo no que tange aos derivativos de balcão, vão muito além das dos TRs concebidos internacionalmente. Além de serem entidades autorreguladoras de mercado, auxiliando os reguladores na função de supervisionar as opera- ções, a BM&FBovespa e a CETIP também permitem aos participantes, sob determinadas condições, o registro de contratos derivativos de balcão com a garantia de uma contraparte central ou com a gestão de colaterais. No que diz respeito aos agentes que atuam no mercado de derivativos, destaca-se a atuação preponderante de instituições financeiras e investidores institucionais nacionais. No final do ano de 2013, esses dois grupos de participantes detinham 47,2% e 35,6% de participação no nocional total de derivativos em aberto. Por sua vez, investidores não residentes e o setor não financeiro representavam, respectivamente, 11,5% e 5,7%, do mercado nessa mesma data. Analisando-se os ativos subjacentes negociados, verifica-se que o mercado é composto quase na totalidade por derivativos indexados à taxa de juros e moedas. O valor nocional total dos derivativos de taxas de juros era de 3.509 bilhões de reais em dezembro de 2013 (70% do total), seguidos pelos derivativos cambiais com 1.313 bilhões de reais (26% do total). Os derivativos vinculados a índices de preço somavam 128 bilhões de reais (3% do total), enquanto os demais ativos subjacentes totalizavam 79 bilhões de reais (1% do total). A abertura por tipo de instrumento e ativo subjacente (Figura 3) mostra que instituições financeiras, investidores institucionais e investidores não residentes fazem uso extensivo de futuros e opções padronizadas para operar principalmente instrumentos derivativos de taxa de juros e câmbio. Nas instituições financeiras, com fundamental presença no mercado de balcão, merecem menção ainda, com menor relevância, derivativos de índices de preço (5% do valor nocional, concentrados nos swaps da BM&FBOVESPA). Por outro lado, para empresas e pessoas físicas o mercado de balcão responde por 78% do nocional em dezembro de 2013. Para essa categoria de participantes os derivativos de taxas de câmbio representam 60% do valor nocional, com juros em um distante segundo lugar (27%) e ações ou índices de ações em terceiro (10%).

http://www.portaldoinvestidor.gov.br/portaldoinvestidor/export/sites/portaldoinvestidor/publicacao/Livro/Livro-TOPDerivativos.pdf

Tipos de mercados derivativos

São quatro: a termo, futuro, de opções e de swaps. Alguns analistas não consideram os swaps uma modalidade de derivativo devido a sua semelhança com o mercado a termo.

Mercado a termo

Como comprador ou vendedor do contrato a termo, você se compromete a comprar ou vender certa quantidade de um bem (mercadoria ou ativo financeiro) por um preço fixado, ainda na data de realização do negócio, para liquidação em data futura. Os contratos a termo somente são liquidados integralmente no vencimento. Podem ser negociados em bolsa e no mercado de balcão.

Mercado futuro

Deve-se entender o mercado futuro como uma evolução do mercado a termo. Você se compromete a comprar ou vender certa quantidade de um bem (mercadoria ou ativo financeiro) por um preço estipulado para a liquidação em data futura.

A definição é semelhante, tendo como principal diferença a liquidação de seus compromissos somente na data de vencimento, no caso do mercado a termo. Já no mercado futuro, os compromissos são ajustados financeiramente às expectativas do mercado referentes ao preço futuro daquele bem, por meio do ajuste diário (mecanismo que apura perdas e ganhos). Além disso, os contratos futuros são negociados somente em bolsas.

Mercado de opções

No mercado de opções, negocia-se o direito de comprar ou de vender um bem (mercadoria ou ativo financeiro) por um preço fixo numa data futura. Quem adquirir o direito deve pagar um prêmio ao vendedor tal como num acordo de seguro.

Mercado de swap

No mercado de swap, negocia-se a troca de rentabilidade entre dois bens (mercadorias ou ativos financeiros). Pode-se definir o contrato de swap como um acordo, entre duas partes, que estabelecem a troca de fluxo de caixa tendo como base a comparação da rentabilidade entre dois bens. Por exemplo: swap de ouro x taxa prefixada. Se, no vencimento do contrato, a valorização do ouro for inferior à taxa prefixada negociada entre as partes, receberá a diferença a parte que comprou taxa prefixada e vendeu ouro. Se a rentabilidade do ouro for superior à taxa prefixada, receberá a diferença a parte que comprou ouro e vendeu taxa prefixada. Você deve observar que a operação de swap é muito semelhante à operação a termo, uma vez que sua liquidação ocorre integralmente no vencimento.

Swap significa troca. Essa é justamente a principal diferença entre o mercado de swap e os outros derivativos. O contrato consiste, segundo o Folheto Série Introdutória: Mercados Derivativos, elaborado pela BM&FBovespa, em um "acordo entre duas partes para troca de risco de uma posição ativa (credora) ou passiva (devedora), em data futura, conforme critérios preestabelecidos." Os swaps mais comuns são os de taxas de juro, câmbio e commodities. Os contratos são negociados em balcão e não são padronizados não havendo a possibilidade de transferência a outro participante nem antecipação do vencimento.

O swap é um instrumento muito importante para o mercado financeiro porque pode ser combinado com a emissão de um título e, dessa forma, viabilizar a troca da natureza da obrigação do tomador de empréstimos. Por isso é uma estratégia adotada pela tesouraria de grandes companhias, instituições

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