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TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO; GESTÃO DE DESEMPENHO; ADMINISTRAÇÃO, SALÁRIOS E BENEFÍCIOS; EDUCAÇÃO CORPORATIVA; GESTÃO DO CONHECIMENTO .

Por:   •  23/11/2018  •  8.194 Palavras (33 Páginas)  •  315 Visualizações

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em sal" - forma primária de pagamento oferecida aos soldados do Império Romano), os incentivos salariais, que são os programas de recompensa que levam em consideração o bom desempenho do funcionário e os benefícios, que são certas vantagens concedidas pelas empresas, como um pagamento adicional dos salários. Pode ainda ser classificada em recompensas financeiras e recompensas não financeiras, das quais fazem parte o orgulho, a autoestima, o reconhecimento, a segurança no emprego etc., e estão relacionadas com a satisfação dos empregados.

Chiavenato (1999) afirma que a construção do plano de remuneração requer cuidados, pois provoca um forte impacto nas pessoas e no desempenho da organização pelos seus defeitos e consequências. O desenho do sistema de remuneração oferece dois desafios principais: de um lado, deve capacitar a organização para alcançar os seus objetivos estratégicos e, de outro lado, deve ser moldado e ajustado às características únicas da organização e do ambiente externo que a envolve. Existem nove critérios a definir na construção de um plano de remuneração:

1. Equilíbrio interno versus equilíbrio externo: a equidade interna obedece ao princípio da justiça distributiva, que fixa os salários de acordo com as contribuições ou insumos que os funcionários intercambiam com a organização. O modelo de justiça distributiva salienta que as pessoas estarão satisfeitas quando percebem que são pagas equitativamente em relação aos colegas com trabalho similar. Por outro lado, a equidade externa obedece ao modelo do mercado de trabalho, que fixa os salários conforme as ocupações similares de outras organizações do mesmo ramo de atividade.

2. Remuneração fixa ou remuneração variável: a remuneração pode ser paga em uma base fixa - através de salários mensais ou por hora - ou pode variar conforme critérios previamente definidos como metas e lucros da organização.

3. Desempenho ou tempo de casa: a remuneração pode enfatizar o desempenho e remunerá-lo de acordo com as contribuições individuais ou grupais ou pode enfatizar o tempo de casa do funcionário na organização.

4. Remuneração do cargo ou remuneração da pessoa: a compensação pode focalizar como um cargo contribui para os valores da organização ou como os conhecimentos e habilidades da pessoa contribuem para o cargo ou para a organização. O sistema tradicional privilegia o salário pela contribuição do cargo e não pelo desempenho do funcionário.

5. Igualitarismo ou elitismo: a remuneração pode incluir o maior número possível de funcionários sob o mesmo sistema de remuneração (igualitarismo) ou pode estabelecer diferentes planos conforme os níveis hierárquicos ou grupos de funcionários (elitismo).

6. Remuneração abaixo do mercado ou acima do mercado: os funcionários podem ser remunerados em um nível porcentual abaixo ou acima do mercado. Esta escolha afeta os custos da organização e a satisfação dos funcionários.

7. Prêmios monetários ou prêmios não monetários: o plano de remuneração pode enfatizar funcionários motivados através de recompensas monetárias, como salários e prêmios salariais, ou pode enfatizar recompensas não monetárias como cargos mais interessantes ou segurança no emprego. Os prêmios monetários são dados em dinheiro e reforçam a responsabilidade e o alcance individual de objetivos, enquanto os não monetários reforçam o comprometimento com a organização.

8. Remuneração aberta ou remuneração confidencial: os funcionários podem ter acesso aberto à informação sobre a remuneração de outros funcionários e sobre como as decisões salariais são tomadas (remuneração aberta), ou esse conhecimento é evitado entre os funcionários (remuneração confidencial).

9. Centralização ou descentralização das decisões salariais: as decisões sobre remuneração podem ser controladas em um órgão central ou podem ser delegadas aos gerentes das unidades organizacionais. No sistema centralizado, as decisões são tomadas e controladas em um órgão central, normalmente o DRH. No sistema descentralizado, as decisões são delegadas aos gerentes de linha.

Milkovich (2006) conclui que os objetivos dos sistemas de remuneração são motivar comportamentos produtivos e controlar os custos trabalhistas, ao mesmo tempo em que busca a satisfação das necessidades e do sentimento de justiça dos empregados.

Tipos de remuneração mais comuns

Remuneração funcional: é um dos mais tradicionais, sendo também chamado de Plano de Cargos e Salários. O sistema de remuneração funcional é composto pelas seguintes informações: descrição de cargo, avaliação de cargos, faixas salariais, política para administração dos salários e pesquisa salarial.

Remuneração por habilidades: é oferecida em função do conhecimento ou das habilidades certificadas pelo contratado, por exemplo: uma pessoa que frequenta um curso de liderança certamente vai adquirir conhecimentos sobre o assunto, mas isso não garante que se tornará um líder nato. É necessário que o profissional tenha aptidão pessoal para a função, passando a receber uma remuneração condizente a sua habilidade.

Remuneração por competências: Mais conhecida no universo gerencial de uma empresa, a remuneração por competências passou a ser interessante por conta de fatores como: crescimento do setor de serviços na economia, aumento da demanda de profissionais qualificados, necessidade de conhecimento intensivo nas empresas em geral, e outras características que agregam valor as competências de cada colaborador.

Remuneração variável: é o conjunto de diversas formas de recompensa oferecidas aos colaboradores, a fim de complementar o seu salário fixo. Dois exemplos desse tipo de remuneração são: a remuneração por resultados e participação acionária, ambas atreladas ao desempenho dos funcionários.

Participação acionária: Este tipo de remuneração é um dos mais complexos e sofisticados do conjunto de remuneração estratégica. Os colaboradores passam a ser como proprietários da empresa, passando a ter um maior senso de identidade, comprometimento e orientação para resultados. Entretanto, é fundamental que exista um planejamento muito bem elaborado para a implantação de um plano de participação acionária, já que essa estratégia pode apresentar futuras desvantagens aos reais proprietários da empresa.

Alternativas criativas: São maneiras de remuneração que promovem um vínculo imediato entre empresa e empregado. O reconhecimento, o feedback e a orientação, são muito importantes para este modelo, pois existe uma relação grande entre a motivação, recompensa e desempenho. Existem

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